Maleficium || Livro Um - Potentia

Capítulo Sete - Zane

Nota da autora linda que vos fala:

Não tecnicamente linda, mas estou me valorizando nesse domingo, pois acordei de bom humor. UHAHUHUAHUA Enfim, vamos lá.

Hoje tem capítulo bônus e lindinho que escrevi diretamente para o Wattpad. Decidi acrescentar dois capítulos importantes por aqui, pra apresentar relações entre personagens. Não apenas entre Zane e o oposto dele, mas num geral... Quando terminei de escrever Maleficium, notei que tinha tanta ação e drama, que achei interessante acrescentar momentos amenos.

A gente vai ver um pouco desse príncipe lindo, bissexual, africado, tudo pra mim... Adoro o Zane, pois ele parece ser um clássico personagem de personalidade X, sem graça, etc... Mas, aos poucos, ele vai se revelar alguém bastante intenso e que esconde MUITA COISA. Então, se preparem para o que vem por aí.

Espero que gostem desse capítulo, ele vai pra todo mundo que tá apoiando essa história de alguma forma, viu? Cs são incríveis demais!

Beijinhos de luz!

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Capítulo Sete – Zane

Diffidentiae

 Wantroue.  

 Desconfiança.

 Acho que era a melhor palavra para definir a vida de um jovem preto... Feiticeiro... E bissexual. O fato de que eu fazia parte de uma família mágica renomada na África do Sul não interferia naquela sensação. Talvez até mesmo a agravasse, ao que eu me encontrava sempre alarmado, mesmo em lugares totalmente reconfortantes, como a casa dos Drago. Era como se, a qualquer momento, alguma bomba fosse explodir... E que quantas viessem, todas elas, absolutamente todas, iriam ser direcionadas para mim.

 Eu não queria direcioná-las para outro ponto, eu só queria... Só necessitava saber quando elas precisamente chegariam. Não ver Sam, toda a dor que causaria em nosso pequeno grupo, era fazer com que se alastrasse todo o meu temor sobre o que aqueles dias trariam. Naturalmente alarmado, eu pensava em ser o próximo alvo... Não sei, poderia ser loucura, mas era a sensação que sempre havia carregado comigo, desde o primeiro instante em que entendi como o mundo funcionava para pessoas como eu. Ás vezes, nem o dinheiro, nem o status, tecnicamente seriam eficazes para segurar uma irremediável catástrofe.

 Se Sam, sempre discreto, sempre longe de assuntos mágicos, havia sido um alvo... E certeiro demais. Eu, minha família que sempre havia lutado na linha de frente contra qualquer importunação mágica como aquela, éramos a ameaça perfeita para aquelas pessoas. Não iria cair sem lutar, claro... Mas algo me dizia que Sam sequer havia tido a oportunidade de enfrentar o que o derrubou tão facilmente.

 E era isso que eu não conseguia afastar de minha mente, toda santa vez que encarava Mae.

 A garota estava acomodada em uma das enormes poltronas da sala, com Chiara sentada ao chão, diante de si, as duas segurando livros gigantescos... Os cabelos vermelhos seriam sempre alarmantes, dos quais eu não conseguia tirar os olhos, agora que sabíamos toda a verdade. E era inevitável não me sentir o feiticeiro mais burro de todo o Reino Mágico, quando as pistas estavam bem diante dos nossos olhos. Não só pela cor dos fios ligeiramente ondulados, mas... Droga, todos os episódios que Sam haviam contados eram mais do que um alarmar! Era basicamente uma sirene ecoando, que sequer conseguíamos escutar!

 Um dia depois, desde que acordou, Mae ainda estava apática... E ainda encontrava forças para responder a todas as perguntas que lhe eram questionadas, sempre muito paciente... Sempre descobrindo algo de diferente ou alarmando-se, por saber que estava próxima de executar feitiços sempre muito intensos, sem que sequer percebesse. A garota de cabelos vermelhos que, para mim, incomodava meu senso de preocupação total nos últimos dias... Quase como se ela o disparasse como nunca, uma vez livre de todos os filtros mágicos que a cercavam.