Capítulo Dez - Pietro

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Nota da autora que vos fala:

E SEGUIMOS COM DRAMA.

Mentira, acho que esse capítulo é um pouquinho mais calmo e tem até uns momentos engraçados, sem falar no amorzinho que começa a brotar. Um pouco exótico, claro, pois sabemos que Pietro segue sendo esse cara esquisitão. Gosto muito da dinâmica que acontece por aqui, sem falar que vamos ver um pouquinho como o Conselho começa a agir de formas mais do que suspeitas. 

De toda forma, esse é um capítulo IMPORTANTE. (todos são, mas adoro reforçar)

Vamos ter a introdução de uma personagem que é imprescindível para o Livro 1 e um tanto quanto detestável, por assim dizer. De toda forma, o rumo das coisas, uma vez que a verdade entre Pietro e Mae é revelada, começa a se tornar outro. Daqui para frente, é uma jornada de duas pessoas... Duas pessoas muito poderosas.

Espero que gostem e comentem, hein!

Beijinhos de luz!

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Capítulo Dez – Pietro

Veritas vos liberabit

Em uma escala de um a dez, eu havia deixado a minha vida em um estado cinco de pacificidade, calmaria e controle e a levado para um vinte e cinco com extrema facilidade com ascendente em caos, nas últimas vinte e quatro horas.

Para ser sincero, simplesmente ignorar e esperar uma reação de Mae, perante a tudo o que falei, e nos transportar diretamente para a entrada da casa dos Drago em Verona não havia sido um bom plano desesperador. A julgar pelo estado em que ela ainda se encontrava, tão atônica, que eu desejei saber algum feitiço temporal, apenas para refazer toda aquela explosão de palavras. Eu deveria ter a ignorado, nos levado para lá antes de falar qualquer coisa, mas... Quem eu queria enganar?

Uma hora ou outra, eu iria acabar falando.

Dizer em voz alta tornava tudo ainda mais real... E perigoso. Tanto para mim, quanto para ela... Seria ainda mais difícil esconder, não haveria mais necessidade, uma vez que as últimas horas ao lado dela haviam sido o suficiente para que eu provasse a mim mesmo que não era ilusão e que eu não poderia seguir os meus dias fingindo que não estava prestes a explodir toda maldita vez em que nos olhávamos. A conexão era forte demais para ignorar e tentar levar meus dias como se eu não sentisse toda a magia do universo percorrer meu corpo... Apenas por tocá-la.

Mae via isso. E não era apenas por eu perceber em como seus olhos escuros se acenderam, quando afirmei nossa verdade... Mas quando nós dois, juntos, incineramos aquele invasor, sem pensar nas consequências. Ou quando percebi que, apenas algumas poucas horas ao seu lado, eram o suficiente para que começássemos a soar como Dimitri e Zane. E sentir, saber, sem precisar ler sua mente, e entendê-la com uma facilidade que eu ainda bloqueava. Eu queria que fosse complicado, eu queria que fosse impossível, inclusive... Que eu estivesse confundindo as coisas e apenas a achasse bem parecida com a garota dos meus sonhos.

Mas Mae era ela, era até redundante prosseguir com tal afirmação, porém, eu ainda tentava arranjar alguma desculpa para o óbvio, para cada detalhe de Adams que morava em mim, antes mesmo de conhecê-la.

Em cada pequeno relampejo do que eu tanto vi, quando eu me obrigava a bloquear tais pensamentos, caso ela fosse capaz de lê-los... Ou ignorá-los, como quando ela ofegou, abalada pela súbita mudança de ares, ao que nos encontrávamos no jardim quente da mansão. Ou quando ela soltou minhas mãos e levou para os cabelos, afastando-os do rosto, ao que nem por um segundo pensava em parar de me olhar... Ou dava sinais de que o faria, pois Mae ainda lia minhas entrelinhas, ainda pescava todas as óbvias dicas da última semana. Ela não havia percebido de primeira, não como eu, por nunca ter visto opostos juntos... Mas eu sabia que não havia como fugir, no momento em que a encontrei naquela cozinha no dia em que tudo explodiu. Literalmente. 

Maleficium || Livro Um - PotentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora