Krist acordou assustado após ter um terrível sonho, não lembrava muito dos detalhes, mas o aperto no seu coração e as lágrimas que caíam em suas bochechas representavam que não tinha sido um sonho bom. Estava mais para pesadelo.
Ainda era 6h30, mas Krist não conseguia mais dormir. Estava com medo de ter outro pesadelo e também porque a ansiedade o consumia, porque daqui a algumas horas, ele iria fazer a sua primeira entrevista de emprego em uma cidade nova, onde não conhecia quase ninguém, apenas alguns amigos.
Esse seria um novo começo para a sua vida, pois a partir do momento que ele mudou de cidade e deixou tudo para trás, Krist havia decidido que iria começar sua vida do zero e ia tentar o seu melhor para superar tudo o que tinha acontecido no passado, não havia como de fato superar, porque a dor era imensa e ele tinha certeza que se lembraria disso para sempre, mas ele estava disposto a seguir em frente e a tentar lidar melhor com as coisas.
Seus anos anteriores haviam sido uma completa desordem e escuridão, ele mal sabe como conseguiu se manter até o presente momento.
Após divagar sobre alguns pensamentos que passava em sua mente, Krist foi tomar banho e se preparar para sua entrevista, fez um café da manhã reforçado e logo depois pegou os seus papéis e foi em direção à escola, onde seria a entrevista.
Chegando lá, Perawat estava mais calmo, pelo menos era o que deixava transparecer, mas só ele sabia o quanto estava nervoso e com medo das coisas darem errado mais uma vez.
Na sala de espera, havia umas cinco pessoas na sua frente esperando serem chamadas, pelo jeito, ele iria ser o último dali a fazer a entrevista, o que deixava ele ainda mais ansioso. Após duas horas de espera ㅡ que para Krist foram super entediantes, mas que de certa forma o ajudou a se acalmar e focar na entrevista ㅡ, ele foi chamado pela secretária do diretor.
Na entrevista ocorreu tudo bem e Krist amou o diretor, adoraria trabalhar com uma pessoa assim, pois o Sr. Atthaphan foi super espontâneo e realmente parecia interessado no bem-estar de suas crianças, como ele mesmo chamava os alunos que frequentavam a escola, parecia ser um bom lugar para trabalhar e Krist queria muito esse emprego. Quando a entrevista finalizou, ele foi para casa e o diretor disse que entraria em contato com ele nos próximos dias.
Se passou um, dois, três dias e Krist ainda não havia recebido a ligação da escola, já estava começando a achar que não conseguiria aquele emprego. Apesar de estar esperando essa ligação, ele tinha feito outras entrevistas, não podia correr o risco de passar mais um ano desempregado com a sua mãe o ajudando financeiramente.
Neste momento ele estava deitado no sofá, encarando o teto de sua sala enquanto sua mente era preenchida por diversos pensamentos, pensamentos estes que Krist queria que fossem embora a todo custo, mas estava difícil fazer eles irem embora, até que seu celular toca e ele quase caí do sofá ao ver de quem era a ligação.
"Alô? Sr. Perawat?" ㅡ Era a secretária do Sr. Atthaphan.
"Oi, sim. É ele mesmo." ㅡ Krist estava literalmente pulando de alegria, mas fingia estar normal.
"Então, estou ligando para lhe informar que o senhor foi contratado e que precisa passar na escola uma semana antes para verificar qual será a sua sala e organizá-la, além de assinar os papéis do seu contrato." ㅡ Ela falava com uma voz calma e suave.
"Sério? Oh, ok! Obrigado." ㅡ Ele estava tão feliz que queria sair dançando e cantando pelas ruas de Bangkok.
"De nada, tenha um bom dia." ㅡ Disse de forma educada.
"Você também. Bye." ㅡ Krist desligou e pôde finalmente surtar por ter conseguido o emprego.
Após ter tido o seu pequeno surto, Krist ligou para os seus amigos e os mesmos lhe chamaram para comemorar em um restaurante novo que tinha aberto no centro. Ele não estava muito afim de sair, porém achava que merecia comemorar, que merecia se sentir feliz ou qualquer coisa que fosse, pelo menos uma vez.
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Forever You (KrisSing // SingtoKrist) - REVISÃO
FanficEm 1984, Arthit e Kongpob se conheceram e se apaixonaram, mas não puderam viver seu amor. No entanto, depois de 36 anos, seus caminhos se cruzam novamente e o que havia se perdido, retorna mais forte e intenso. O fio vermelho não se rompeu, apenas a...