Merecimento

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POV Grindelwald

Eu tentava permanecer atento à conversa com Remus acerca do paradeiro do desprovido de caráter do Rabicho, mas presenciar Sirius com tão bom humor logo no café da manhã era irritante demais pra ignorar. Desde que eu dissera que não gostava de uma certa aluna, ele tem agido de uma forma mais vivaz do que o de costume, e isso não podia ser coincidência. 

Grindelwald- Não acho que o Pedro esteja longe, Remus. Mas só podemos afirmar com certeza que ele não está em Hogwarts, no mapa não há nenhum sinal dele rastejando por aqui. 

Remus- Por que acha que ele não está longe? Assim que Sirius saiu de Azkaban ele deve ter quisto manter a maior distância possível da gente... Rabicho não é burro a ponto de cruzar nosso caminho depois de sabermos a verdade. 

Grindelwald- Você só se esqueceu de que ele é dominado pelo medo, sabe bem o porquê dele ter entrado pros Marotos, queria unicamente a proteção que a gente oferecia. Agora não é diferente, deve estar procurando outro que o possa proteger, e não é difícil pensar em um bruxo que consiga ampará-lo dos dementadores, do Ministério, de Dumbledore ou de um de nós... seja o que viria primeiro.

Remus- Não pode estar falando sério, Gellert! Acha que o Pedro está procurando Voldemort? -disse num sussurro para que os outros professores não se assustassem com a menção do bruxo

Grindelwald- Se é que já não o achou. Não seria a primeira vez que ele se volta para o lado das Trevas. 

Remus- Sim, faz sentido. Mas então por que ele estaria por perto?

Grindelwald- Pense Remus, de quem Voldemort está atrás? E onde está essa pessoa? 

Olhamos na direção de Potter que agora saía do Salão Principal junto com o Weasley, e me arrependi amargamente de tal ato, porque ali na mesa da Grifinória, vi Madeleine e a Granger observarem Sirius com interesse. 

Por cima do ombro de Remus, avistei o homem enfeitiçando o mingau esquecido do nosso amigo e depois fingir alheamento. Madeleine parecia se entreter com a visão, o que eu também faria, se não tivesse incomodado por ela não olhar para nenhuma outra pessoa, nem mesmo para mim. Não esperava que ela me esquecesse tão rápido e talvez seja esse o cerne do meu desconforto, mas uma voz me dizia que depois de ontem, se eu fosse ela, também não olharia para mim com entusiasmo.

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Estava indo dar a última aula do dia sem muito prazer pois sabia que ao final teria que avisar Madeleine sobre o cancelamento das detenções. Era necessário que eu mantivesse uma certa distânciao máximo possívelmas ainda não queria voltar atrás com a minha palavra de dar as aulas particularesentão pelo menos isso permaneceria igualo que  era um grande confortoafinal desde quando cheguei à essa escola que meus planos e pensamentos saem do controle e as situações tomam um rumo desgovernado

O novo professor de Defesa Contra As Artes das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora