Capítulo 14

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Daniel levantou e ficou surpreso com a reação de Henrique, tentou de todas maneiras dizer que era inocente mas o senhorzinho não aceitava, dizia que Daniel foi o primeiro a ver a cena do crime e estava com a roupa suja de sangue também. No fim das contas ele só queria alguém para descontar a raiva que ele sentia.
Daniel então, implorou para Henrique dar lhe uma chance, e ele respondeu o seguinte:
- Você tem uma semana para descobrir quem matou o meu pai com provas reais ou você vai pagar com a sua vida porque o único estranho que entrou nas nossas vidas foi você.
Daniel, sem escolhas aceitou a proposta e pediu sigilo ao senhor Henrique para que o culpado não atrapalhasse a investigação. Henrique apenas virou as costas e se retirou. Daniel montou em seu cavalo e partiu para o pé de gameleira ao qual tinha marcado o encontro com a jovem Carlota.
- Você demorou, achei que nem viria, já estava indo embora. Disse Carlota.
- Preciso de sua ajuda para descobrir quem matou o Barão ou então o senhor Henrique irá me matar. Disse apressadamente Daniel.
- Como? Isso é muito arriscado, mas vou te ajudar, eu conheço vários fazendeiros e donos de posses e posso descobrir se foi algum deles facilmente.
- Obrigado, não sei como te agradecer Carlota. Agradeceu Daniel.
Daniel e Carlota se despediram e foram cada qual para o seu caminho.
Na Fazenda Lajedo, Daniel tratou de ir atrás da adaga, a arma do crime poderia ser sua principal prova e que logo após tirarem do corpo foi guardada dentro de um livro com fundo falso da biblioteca do escritório, era uma arma  milenar pontiaguda de ouro e com uma caveira de rubi no punho,  estava na família do barão há séculos. Ao abrir o livro Daniel se surpreende com ele vazio, a adaga havia sumido. Pensativo, ele parou e tentou analisar, quem haveria de ter pegado aquele objeto de dentro do livro? Somente as pessoas da família e amigos íntimos teriam acesso ao livro e principalmente ao escritório do barão ou seria um furto estrategicamente pensado para acontecer durante o velório?. Era agora um círculo muito grande de pessoas a serem analisadas pois durante o velório centenas de pessoas participaram da cerimônia. Mas um detalhe lhe chamou a atenção, o broche de esmeralda da bisavó do barão ainda estava no livro, que ladrão roubaria apenas a adaga que vale muito menos que o broche. Era nítido agora que não se tratava de um ladrão e sim de uma pessoa intencionada em dar sumiço à arma do crime, mas por qual motivo uma pessoa iria querer esconder uma arma sendo que mesmo com ela não poderia saber quem assassinou pois naquela época ainda não existiam tecnologias para diferenciar cada pessoa que tocou na adaga.
Foi ai que Daniel percebeu que alguém queria que todos pensasse que a suposta arma do crime seria a adaga e que esta teria sumido e assim ninguém iria desconfiar que a arma usada poderia ser outra e nem iriam procurá-la, todos iam achar "natural" uma arma de um crime suspeito desaparecer e iriam procurar por essa ao invés de outra. Xeque-mate, agora ele só teria que descobrir onde estava o verdadeiro objeto pontiagudo que assassinou o Barão.

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