Chapter Eight

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Eu não queria estar triste e carregar essas coisas comigo, apenas queria esquecer cada coisa que me fez perder a coragem. "

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Conversando com alguns amigos antigos, eu percebi que eles achavam que a ansiedade era apenas ficar animado por algo que aconteceria. Mas quando eu soube o que realmente significava aquilo, eu me senti impotente, eu sentia meu pulmão queimar e o coração bater como se fosse explodir, geralmente eu não choro, eu apenas começo a sentir cada onda sonora como um avalanche desabando em minhas costas.

"Não se preocupe você irá ficar bem."
Mas quando essa sensação de fraqueza vai passar? Não é culpa só das brigas que eu ouço diariamente, na verdade talvez eu seja o culpado por isso.

- Porque não está comendo? -Lia pergunta baixo do meu lado.

- Não tô com fome. -Sorrio pra ela.

- Quem é você e o que fez com o Ruffles? -Riley diz e eu solto uma risada.

Íamos em uma praia perto da cidade e estavamos tomando o café da manhã na cafeteira da senhora Smith, Jade e Harvey tinham uma proximidade que me faz pensar que eles namoram, o que era estranho, já que eu imaginei várias vezes ela socando o rosto dele mas é o que eu penso.
Me levanto e vou até a senhora Smith que estava colocando doces em um recipiente.

- Quer ajuda? -Pergunto e ela sorri.

- Pode pegar algumas caixas que estão lá atrás? -Concordo com a cabeça e entro na cozinha. - Como estão os seus pais? -Ela pergunta apontando pra duas caixas que estavam no chão.

- Eles estão bem.

- O que te preocupa garoto? -Ela tinha uma voz desconfiada.

- Nada. -Sorrio pra ela e pego as caixas e as coloco no balcão.

- Garoto? Lembra do que me perguntou sobre o festival? -A senhora de cabelos grisalhos diz pegando um papel em sua bolsa.

- Sim, eu lembro.

- Será na próxima semana, chame alguém pra dançar. -Ela me entrega o papel e sorri pra mim.

- Eu já tenho alguém em mente.

- Ruel! -Sarah me chama.

- Eles já vão, tenha um bom dia Senhora Smith. -Digo e beijo a testa da senhora.

- Me chame de Diana Ruel! -Ela bagunça meus cabelos e eu saio.

Entro no carro dos meus pais junto a Lia e sigo o caminho até a praia.

- Eu ia te mandar uma mensagem mas eu percebi que eu não tinha seu número. -Ela olha pela janela enquanto fala.

- Você nunca pediu meu número.

- Não éramos próximos e eu estou pedindo agora. -Ela olha pra mim.

- Somos agora?

- Talvez. -Lia pega sua mochila e procura algo. - Sobre o que conversamos no aniversário da Jade, quando eu era criança eu tive alguns problemas.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora