𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍

Chapter Two

Ruel Van Dijk
Point of view

"Você me faz sentir borboletas no estômago, em cada toque e cada olhar seu em mim.."

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Meu próprio mundo era complicado, penso como seria o delas, provavelmente complicado demais pra dizer uma palavra.
E a garota em minha frente confirmava a teoria, ela se preocupava em ajudar todos a sua volta, mesmo que tudo em seu mundo também estivesse desmoronando.

- Se continuar me olhando com essa cara eu te dou um soco. -Ela diz baixo e noto um sorriso em seus lábios.

- Desculpa. -Balanço minha cabeça e vejo o professor de história passar perto de nós, noto o semblante preocupado da garota de cabelos pretos pra Riley.

O jeito desajeitado que ela mexia os dedos nos fios de seu cabelo me deixavam apreensivo mas eu não poderia de deixar de admirar tudo nela, os fios pretos com um fundo amarronzado como café, brilhavam perfeitamente na luz do sol.
Seus olhos castanhos eram expressivos, e eu podia saber que ela estava incomodada apenas por olhar eles agora.

Meu corpo entrava em combustão por ela apenas me olhar, e o meu desconforto abaixo do estômago não parecia tão nervoso, até porquê eu gostava da sensação, principalmente quando ela me tocava, me deixava esperançoso de ser algo bom pela primeira vez.

Eu não sabia o que estava acontecendo, parecia sério.
A pupila da Lia estava dilatada, ela batia sua caneta na mesa e se incomodava com o barulho feito pela própria caneta e da sala, das pessoas conversando.

- Você tá incomodada. -Digo e ela me olha.

- O que? -Ela pergunta confusa.

- Você tá incomodada com o barulho.

- Você virou um observador. -Ela sorri. - Grande evolução.

- Eu só percebi que você está incomodada com algo. -Sorrio e olho nos olhos dela.

- Como percebeu isso?

- Seus olhos, a pupila está dilatada, seus olhos são meio escuros e quase não deu pra perceber. -Olho pras minhas próprias mãos e percebo o que falei.

- Continua. -Ela deita sua cabeça em minha mesa.

- Você batia a caneta na mesa, você já fazia isso, geralmente em provas. Mas hoje foi diferente. -Passo a mão no cabelo dela. - Você se irritou com o próprio som emitido pela caneta na mesa.

- Avelã? -Ela diz e eu a olho confuso.

- Avelã! -Riley fala e se vira pra nós.

- Do que estão falando?

- Você vai entender depois da aula. -A loira diz pra mim.

- Sua casa ou a minha? -Lia fala e o sinal toca.

- A minha, meu pai vai fazer lasanha. -Riley pega suas coisas e eu guardo as minhas na minha mochila.

- Eu ligo pro Harvey. -Em seu dizer a Lia sorria animada.

Eu não estava entendendo caralho nenhum mas estava lá.
Eu adorava ficar com eles, gostava de poder falar sobre coisas aleatórias que seriam respondidas com ainda mais coisas aleatórias.
O pouco tempo que ficamos na sala, acabei descobrindo que o pai da Riley era legal, ele falava calmo e sempre coisas inteligentes, também era divertido, a Jade se dava bem com ele, eu também gostava da forma que ela falava.