Chapter Twelve

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Eu poderia atravessar o inferno pra poder tocar, sentir ela perto de mim novamente. Mas infelizmente eu não posso... Não tem nada que possa ser feito."

{...}

Muitos garotos se iludem ao achar que viram uma pele por inteiro, mas eles nunca viram sonhos, medos, incertezas e muito menos sua alma.
Então nunca viram o real sentindo de despir... Apenas viram algo corporal... Algo... Carnal...
Eu me sentia lisonjeado ao ouvir ela conversar consigo mesma em voz alta, ela não esperava nem precisava de uma resposta minha.
Ela só gostava de ter alguém pra ouvir ela, pra que sua voz tenha uma força conjunta.
Com certeza, aquilo era tão especial quanto tocar ela, quanto beijar ela.

Eu gostava de beijar ela, tocar a sua nuca apenas pra fazê-la sorrir, porque ela tinha cócegas bem naquele lugar.
E ela amava beijar minha mandíbula, dizia que ela era bonita e era perfeitamente alinhada com meu pescoço...
Mas tínhamos nossos limites de onde podíamos tocar um ao outro, em uma noite qualquer estabelecermos esse limite após uma sessão longa de beijos. Me lembro que ela me falou que odiava as suas coxas, e preferia que eu segurasse sua cintura...

Também me contou o real motivo dela odiar tanto algumas coisas em seu corpo.
Agora eu desenhava com um marca texto suas estrias localizadas em sua coxa, que ela tanto odiava, mas não deveria...
Eu passava meus dedos por sua pele, enquanto ela estava deitada na minha cama, e assim eu coloria as estrias da garota com um marca texto azul claro .

- Isso faz cócegas sabia? -Ouço a voz dela e olho pro seu rosto.

- Quer que eu pare? -Digo e paro de cobrir.

- Não... É legal. -Ela sorri e volta a atenção pro celular.

Sua cintura tinham aquelas marcas também... Eram um pouco mais escuras, em um tom azulado eu acho...
Eu adorava elas... Deixavam ela ainda mais bonita, única, eu diria com um ênfase.
Deixo um beijo em sua cintura e continuo cobrindo as marcas com o marca texto.

- Qual é o significado do marca texto azul? -Pergunto e continuo desenhando.

- Ele só é bonitinho, mas acho que roubei esse do Harvey. -Ela diz e eu dou uma leve risada.

- Os outros... A Sarah me falou que o vermelho é pras coisas que vocês não entendem, o amarelo é pra coisas que vocês "entendem"... -Faço aspas com os dedos e sorrio fraco. - E o verde... -Pego o marca texto verde claro. - São pras coisas que vocês entendem mesmo.

- Agora já pode pegar as anotações da Riley de matemática. -Ela sorri e deixa o celular de lado.

- Eu adoraria. -Digo e passo a mão pela pela cintura dela, apertando de leve.

- Não vamos fazer de novo. -Ela nega com a cabeça e sorri.

- Eu não quero isso idiota. -Dou risada e me levanto da cama.

- Eu tô com fome.

- Eu posso cozinhar pra você, se quiser.

- Eu quero! -Ela sorri e se levanta arrumando o vestido que usava.

- Já tomou seus remédios? -Me aproximo dela e beijo sua testa.

- Não... -Ela comprime os lábios e eu coloco algumas mechas do seu cabelo atrás da orelha da mesma.

- Eu pego água pra você.

- Obrigada. -Ela sorri fraco e eu beijo sua bochecha.

- Não precisa agradecer, vamos sair daqui a pouco, se quiser tomar banho tem roupas suas aqui. -Aponto pra cômoda.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora