Chapter Eight

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Durante muitas noites eu pensei que eu perderia você, eu pensava quando você me deixaria. E eu estava certo, mas não significa que você me deixou desamparado, pelo contrário, você me deu um lar."

{...}

Dia 24 de agosto...

Agora eu entendo sobre aquela reação química, eu gostaria de descrever bem o que eu estava sentindo agora.
Só que a realidade era que eu sentia meu coração quase explodir ao ver aquela garota, de personalidade peculiar o bastante para me fazer ficar simplesmente apaixonado.
E eu definitivamente não sabia reagir em palavras a ela, eu simplesmente estava afogado em meio aquilo.
Ela dançava uma música aleatória que eu não conhecia, embora ela estivesse bem em condições médicas, eu não conseguia parar de ficar preocupado com aquela garota que eu amava.

- Sério mesmo que vai ignorar isso? -Ela fala rindo e desliga a música que tocava em um pequeno aparelho, de som preto.

- Eu não sei dançar Lia. -Olho pra ela e abaixo a cabeça rindo.

- Nem eu, mas é legal. -Ela se aproxima e segura meu rosto. - Por favor...

- Tudo bem. -Digo sorrindo e dou um selinho nela.

- Tem alguma preferência de música? -Ela sorri animada e me puxa.

- Encontrei uma música um dia desses, o nome é fear of the water.

- É uma ótima música, se for a que eu estou pensando. -Ela move seus ombros suavemente arrumando sua postura ao falar.

A música era lenta o bastante para que ela dançasse junto a mim, minhas mãos em sua cintura em uma zona em que eu acho que não a faria ficar desconfortável, ela passava a mão pela minha nuca. Era como se... O mundo externo estivesse congelado, esperando que nós dois terminássemos aquela dança.

Perto do refrão da música, eu me afasto um pouco da garota segurando sua mão ao puxar ela mais pra perto, meu coração quase explodiu quando ela olhou pra mim.
Se eu dissesse que nós dois estávamos em sintonia, eu não estaria mentindo, geralmente eu chamava ela pra dançar. Mas hoje ela parecia com uma luz mais ardente, talvez isso seja só a visão de um apaixonado.
A dois dias atrás a mesma garota me deu um susto, ela havia passado a semana doente, eu vim visitá-la na quinta, ela disse que gostava das quintas.
Ela parou de respirar, eu nem sabia o que fazer naquele momento, quando eu gritei o nome do Harvey e ele veio ajudá-la, eu pensei o quanto ele já estava preparado para aquilo, eu estava em pânico, essa é a verdade.

- O que você está pensando Ruffles? -Ela fala e olha nos meus olhos.

- Você me deu um baita susto naquele dia. -Beijo sua testa e a puxo pra perto, a mesma apenas passa sua mão pelo meu braço, como se dissesse: "Eu entendo".

- Sinto muito, eu diria algo que faz sentido agora, mas eu nunca sei o que dizer quando alguém se preocupa.

- Eu senti meu peito queimar, como se um raio tivesse atingido ele. Eu pensei que eu ia te perder.

- Me desculpa. -Ela diz baixo e encosta sua cabeça em meu peito.

- Não peça desculpas, não é nosso controle.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora