Chapter Fourteen

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Me encontrei no paraíso por alguns segundos enquanto te tocava, agora... Tenho que viver no inferno por mais alguns segundos, até te encontrar novamente."

{...}

Algum tempo depois...

Setembro passou devagar...
Eu não queria notar naqueles dias o quanto o Harvey e a Lia estavam distantes, não digo de nós e nem... Nada na amizade deles.
Eles pareciam pensar em tudo menos naquele momento.
Só que eu percebi algumas coisas diferentes, a Lia ficava com mais sono agora, logo após tomar os remédios, fora que as cápsulas mudaram, agora estão em um formato diferente e não tinha mais a cápsula amarela redonda que a Lia costumava pensar que era um smile.
Não queria ser invasivo, então apenas observei e fiquei quieto, não tentei invadir o espaço dela. Se ela tinha algo e não queria contar, era sua escolha.

E eu conhecia aquela expressão...
A que ela fazia quando estava incomodada, ela fazia uma expressão confusa e sempre coloca o dedo entre as sobrancelhas, uma vez ela me disse que sentia os nervos tremerem pela ansiedade, e assim a mesma dizia que se acalmava mais.

- Você tá bem? -Digo e beijo sua mão.

A garota concorda com a cabeça e sorri fraco, deitando o corpo na mesinha da escola, mexo em seus cabelos fazendo um cafuné e sorrio.

- Podemos conversar depois da aula? Pode ser na cafeteria... -Ela fala baixo e um pouco abafado.

- Claro.

Alguém normal teria medo desse pedido.
"Ela vai terminar com você."
Na verdade eu não me importava com isso agora...
Essa garota era uma das melhores pessoas que eu já conheci, eu a amava por inteiro, em tão pouco tempo... Que uma vez me disseram que era só paixão, mas não era só essa linha...
Tinha uma linha da amizade, uma linha do conhecimento mútuo, e outra da paixão...
Todas elas juntas me fizeram amar aquela pessoa por inteiro, ela me fazia sentir isso.

E era apenas um Bullock que eu conheci que marcaria minha vida inteira.

[...]

Meus pais me emprestaram o carro aquela semana, pra ajudar a Lia, Harvey me falou que ela não poderia fazer muito esforço, não se aprofundou muito e eu não seria a pessoa chata que perguntaria o porquê.
Então a levei ela até a cafeteira... Fazia tanto tempo que não íamos lá.
Entro com a garota no local e vemos a senhora Smith nos cumprimentar com um sorriso largo.

- Pensei que não voltariam nunca! -Ela sorri animada e vem até nós e nos abraça.

- Sentimos falta da Senhora. -Lia diz e se separa da mulher mais velha.

- Vocês estão com sorte, tem rosquinhas... Com aquele chocolate amargo de você adora Ruel. -Ela fala me fazendo sorrir.

- Pode colocar duas pra nós dois? Vamos comer aqui... -Digo.

- Pode deixar, fiquem a vontade, volto daqui a alguns minutos.

Acompanho a garota até uma mesa e olho pra janela, o dia estava lindo...

- Eu... Queria te contar uma coisa... -Ela fala me fazendo voltar o olhar pra mesma.

- Estou aqui pra te ouvir... -Seguro a mão dela que estava na mesa.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora