Chapter Eleven

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Lia Bullock
Point of view

"Um dia eu olhei ao meu redor, e pensei quantos pensamentos das pessoas presentes ali eu poderia adivinhar, apenas os olhando. Eu nunca saberei a resposta, mesmo que eles me digam, porque na realidade... Não conhecemos uns aos outros."

{...}

Dia 04 de setembro...

Sinceramente, eu gosto de aniversários, gosto mesmo.
Acho uma boa ideia de se comemorar a vida, mesmo que signifique que você irá apagar um ano dela.
Mas quando se tem um prazo de vida com uma bula de remédios, você entende o real sentido daquelas festas bobas, onde a maioria só vai pra comer de graça.
Hoje é uma quarta, ontem... Dentro do meu armário tinha um buquê de rosas e uma carta da Riley, tinha alguns doces e uma moeda de vinte e cinco centavos, parece idiota mas tinha um significado...
Aquela moeda era um lembrete físico de quando a Sarah e eu bebemos nossa primeira cerveja, foi logo depois que meu pai faleceu...

Eu admito, quando eu vi aquela moeda eu chorei um pouco.

Tudo aquilo era fofo, até meu irmão receber um jantar repleto de milho, ele odeia milho.
Eu nem entendo isso, mas tudo bem.
Um dos presentes mais especiais que eu recebi foi o que a Jade me deu, ela me entregou uma foto onde eu sorria.
Eu sabia sobre minhas inseguranças todas que eu escondia em um potinho em meu coração. Eles sabiam a maioria dessas inseguranças, e eu me sentia confortável em falar sobre.

Eu tenho oficialmente dezessete anos, meu corpo não me agrada inteiramente, ao me olhar no espelho eu vejo muitas coisas que me deixam insegura ao ponto de ficar em casa por ter medo de receber olhares.
Parece uma besteira completa... Mas aquelas pequenas coisas que não precisavam de um: "Mas você é linda."
Ajudavam minha alma a se libertar pouco a pouco.

Meu quarto tinham balões por todo lugar; as meninas acharam uma boa ideia trazer balões com um café da manhã pra mim e para meu irmão, o café estava incrível e a ideia dos balões foi fofa.
Eu amava a forma que elas mostravam que se importavam, mesmo Sarah e a Jade não gostando muito de aniversários, na verdade elas diziam que não gostavam do aniversário delas, as duas faziam questão que eu me sentisse especial.

Saio do meu quarto e desço as escadas, me aproximo do sofá na sala que meu irmão estava deitado.
Ele havia dito que no aniversário dele, ele iria dormir o dia inteiro, mas ele não parava quieto.
Me sento e olho pra ele.

- Feliz aniversário. -Digo sorrindo.

- Feliz aniversário! -Ele fala animado e me abraça.

- Temos dezessete anos, eu não... Tô pronta pra ir pro último ano! -Falo ainda abraçada a ele.

- Nem eu... -Ele se separa de mim e eu passo minha mão pelos fios de cabelo dele.

- Seu cabelo tá bonito.

- Eu usei seu shampoo. -Ele boceja ao falar.

- Isso explica porquê acabou.

- Eu acabei derramando um pouco, desculpa.

- Tudo bem.

- Sabe o que nossos amigos estão aprontando?

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora