Chapter Sixteen

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Meu peito queimava e eu sabia o que significava, eu só tenho medo de ser quebrar essa sua zona de conforto."

{...}

Eu nunca achei que existissem pessoas boas, mas a garota que falava com umas crianças e esquecia de tudo, me fazia ter esperança nela e nas outras pessoas.

- Eu preciso ir agora, prometo visitar vocês. -Ela beija a bochecha deles.

- A tia Jade também vem? -A garotinha abraça elas.

Pelo o que eu havia entendido, Jade era voluntária em um orfanato a dois anos. Isso era legal.

- Claro. -Jade sorri.

- Toca aqui. -Eles fazem um toque estranho com a Lia mas fofo.

Eu sentia falta dos meus antigos amigos, sei que muito antes da minha chegada esse grupo podia viver.
Mas eu gostava de cada parte dele, desde a Sarah que dormia o tempo todo e sempre dizia que estava com fome, até a Lia que... Na verdade eu não sabia como expressar ela, ela era tudo que alguém podia ver de melhor, ela era divertida, peculiar até demais e linda, mas não só por fora, ela falava coisas bonitas do interior do seu ser, eu amava isso.

E eles me traziam um conforto inexplicável, mesmo que meus pais estivessem finalmente se divorciando, eles me faziam esquecer um pouco os problemas que eu carregava.
E eu apenas queria agradecer por aquilo, eu nem acredito que passei aquela manhã procurando fontes na cidade, e na tarde meu plano era levá-la.

- Lia! -Digo sorrindo me aproximo dela que entrava no carro do irmão.

- Oi. -Ela sorri.

- Você pode sair hoje?

- É... Eu não sei. -Ela olha pro Harvey.

- Você está bem, tudo bem você ir, eu faço os bolinhos sozinho, aparece lá em casa Ruel. -Harvey diz e a irmã sorri. - E não deixa ela se esforçar muito, e toma os remédios por favor Lia.

- Eu cuido dela. -Sorrio.

- Você quer sair agora? -Ela me olha surpresa.

- Posso esperar se quiser, te busco mais tarde.

- Eu posso ir mãe? -A mulher de cabelos escuros de eu não me engano o seu nome era, Alice.

- Vai, não chega tarde. -Ela sorri e eu levo Lia até o carro dos meus pais

- Pra onde vai me levar? -Ajudo ela a entrar no carro.

- Tem algumas moedas aí? -Me sento no banco do motorista.

- Não sei. -Ela estava usando minha jaqueta... Como eu não havia percebido antes?

Eu achava ela a coisa mais bonita do mundo todo, mesmo que eu nunca tivesse provado de um romance de verdade... Mas porque eu tinha esperanças dela me notar assim? E porque eu pensava assim?

[...]

Aquele parque tinham crianças demais e ver a Lia olhando pra eles como se eles tivessem o mundo dentro de si, me deixava orgulhoso.
E uma simples foto dela destraída, era uma arte, ela é uma arte rara.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora