Chapter Ten

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Ruel Van Dijk
Point of view

"Você precisa que eu vá te buscar?", faz tempo que eu não vejo sua mensagem enquanto eu estava em uma festa qualquer."

{...}


Me pergunto o porquê de algumas matérias na escola, são inúteis pro que eu quero fazer da vida.
Minha cabeça doía só de pensar naquela prova, Lia tentava me explicar algo sobre alguma fórmula e eu só queria dormir.

- Você não está prestando atenção... -Ela bate a caneta na minha cabeça.

- Eu vou ser músico Lily, por favor não me julgue. -Digo e ela sorri.

- Então você vai ser músico?

- Eu gosto de cantar, me sinto bem. -Sorrio.

- Você tem uma voz bonita... Como aqueles cantores clichês de filmes antigos.

- Eu não entendo a maioria das suas definições, me desculpe. -Ela fecha o livro e pega o seu celular.

Alguns jogadores só time de basquete chegam na biblioteca fazendo barulho, com certeza incomodando o senhor que trabalhava ali.

- Babacas. -Sussurro.

- Eles realmente vem pra cá fingir que vão estudar só pra não ganhar advertência e sair do time?

- A pergunta é: "Eles realmente acham que alguém acredita?" -Ela ri alto atraindo a atenção deles e de algumas pessoas que estavam ali. - Eu gosto da sua risada, ela me faz querer rir junto.

Lia para e escreve algo em minha mão "Les enfants seuls savent ce qu’ils cherchent".
Francês eu acho... Mas eu não fazia a mínima ideia do que significava.

- Significa "Somente as crianças sabem o que estão procurando". Meu pai me deu um livro quando eu era criança... Eu tinha uns dez anos eu acho, eu li essa frase e eu achava que tinha a razão do mundo.

- Você é adorável. -Sorrio.

- Eu te daria um soco por isso. -Ela me olha "brava".

- Carinhosa. -Observo o braço da garota. - Suas tatuagens são legais.

- Obrigada. -O sinal toca e juntamos os materiais.

- Então, você pode ir pra minha casa pra estudar. -Ela se levanta, ela era tão baixa.

- Eu vou dormir a tarde e vou pular o jantar com meus pais pra comer lasanha requentada. -Me levanto e saío com ela da biblioteca da escola.

- Pode jantar comigo e o Harvey, podemos pedir pizza e chamar as meninas.

- Falando nas meninas. O que deu na Riley e na Jade? Elas estão falando apenas o básico, elas são tagarelas.

- Na verdade eu também não sei, com elas assim eu me sinto em uma série de TV. -Lia andava rápido ao meu lado naquele corredor vazio, provavelmente pela maioria das salas estarem ocupadas.

- Seríamos estadunidenses. -Olho pra ela. - Só em séries estadunidenses tem reviravoltas tão genéricas.

- Tipo minha melhor amiga que namorava o meu irmão gêmeo, deu um fora na minha outra melhor amiga lésbica, que deu um fora no meu irmão a alguns anos, isso parece Riverdale.

- Mas sem a parte do "sobrenatural" merda e jogos assassinos. -Digo e ela ri.

- Nunca pensei que você seria um bom amigo.

- Isso doeu! -Coloco a mão do peito e finjo estar triste.

- Desculpe, mas achei que só era um rosto bonito. -Sorrio pra ela ao ouvir sua voz.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora