Chapter Twelve

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Ruel Van Dijk
Point of view

"As pessoas fazem coisas horríveis pra sentir um pouco da liberdade, eu queria saber o que se passa na cabeça dessas pessoas... Eu realmente não entendo."

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Meus pais gritavam no andar de baixo, nessas noites assim eu sentia ainda mais saudade das minhas irmãs.
Eu odiava toda aquela merda, era uma noite de sábado e o meu estômago gritava por comida nas eu realmente não queria ver eles, ouço o barulho do meu celular e vejo uma mensagem "Lilly", sorrio ao ver a mensagem dela.

"Oi, desculpa te incomodar essa hora, mas tá afim de sair comigo?"

Era 20:00, e os meus pais estavam brigando mais uma vez, então não se importariam se eu saísse por algumas horas, pelo menos eu acho.

"Chego em 10 minutos."

Pego meu casaco e minha mochila com um pouco da minha sobrevivência pra aquela noite. Saio pela porta da frente da casa, eles realmente nem perceberam.
Ao chegar um pouco antes da casa dela, eu percebi que aqueles minutos andando deixaram minha mente livre pela primeira vez naquele dia.

- Pensei que não vinha. -Lia se levanta da escada e vem até mim.

- Precisei juntar algumas coisas. -Sorrio pra ela.

- Você já pode sair da janela Harvey! -Ela olha pra trás.

- Cuida dela poste. -Ouço a voz do irmão dela.

- Ele ainda tem algo contra mim.

- Ele só está sendo chato. -Ela usava minha jaqueta, ficava mais bonita nela.

- Então... Pra onde quer ir?

- Já que esses dias você me levou pra sair, hoje é a minha vez.

- O que você tá pensando? -Sorrio pra ela e começo a andar.

- O Harvey me emprestou o carro, e nós vamos em um karaokê. -Ela sorri e vai até um carro preto que estava na frente da garagem da casa lilás.

- Você sabe dirigir? -Pergunto.

- Você vai dirigir. -Ela joga as chaves pra mim.

Era o item número cinco e eu não havia planejado nada, o caminho até o restaurante foi animado as conversas aleatórias me deixavam confortável.
E mesmo que eu estivesse com vergonha de cantar ali, Lia parecia feliz apenas esperando a comida e olhando as pessoas cantarem.

- Agora é sua vez. -Ela diz me puxando.

- Mas eu... -Ela me interrompe.

- Para de graça, você canta bem. Agora vai lá, eu deixo um pouco de batatas pra você. -Ela me entrega o microfone e volta pra mesa.

Merda, minhas mãos suavam e eu estava morrendo, mas tudo bem, não tem como algo dar errado né?
247, esse é o número da minha música favorita naquele karaokê.

Lia me olhava sorrindo enquanto comia algumas batatas e a batida da música me deixava ainda mais nervoso.

- No more lazy mornings with you lying next to me
No more late night talking before we lay our heads to sleep
No more looking in the mirror with you stepping on my feet
Without your arms around my shoulders, I've lost the strength to be
Come and set me free -Ao ler a letra o meu coração começou a ficar mais calmo e eu percebi o quanto eu amava fazer aquilo.

𝐒𝐓𝐎𝐍𝐄, 𝒓𝒖𝒆𝒍Onde histórias criam vida. Descubra agora