Capitulo 37

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— Alexis, de coração, eu peço que me perdoe por tudo o que fiz. Eu errei bastante, eu sei. Eu fiz coisas horríveis, das quais não me orgulho. Provavelmente, eu não sou merecedor do seu perdão, e eu entendo perfeitamente. Mas eu tenho total ciência de que você merece um pedido de desculpas infindas.

Eu respiro fundo.

Eu o perdoo?

Eu deveria perdoá-lo?

Sim, mas não por ele e sim por mim, pelo meu filho.

Aprendi desde os meus primeiros anos de vida que, guardar rancor de alguém que me ofendeu não vai me fazer bem, não vai fazer com que eu me sinta bem. Muito pelo contrário, isso vai apenas fazer mal a mim, somente a mim.

E como disse Shakespeare, "guardar rancor é como beber veneno e esperar que a outra pessoa sofra."

Nós perdoamos para nos sentirmos bem com nós mesmos. Sei que muitas vezes é tão complicado e doloroso perdoar alguém, mas é preciso.

Perdoar é preciso, para poder viver bem, viver em paz.

— O seu pedido de desculpas não vai apagar nada do que aconteceu, não vai fazer com que toda a dor que eu senti simplesmente desapareça de uma hora para outra. Isso não vai fazer com que todas as lágrimas que eu derramei sumirão. Mas, eu te perdoo. – Eu me seguro para não chorar. — Não sei se eu e deveria, mas eu perdoo. Só que, eu apenas faço isso por mim, não por você. Isso é para acabar de vez com a minha dor. Sendo assim, isso não significa que eu vou simplesmente me esquecer de tudo o que aconteceu em um estalar de dedos. Eu posso até estar te perdoando, mas ainda lembro de todos os seus atos.

Eu não não fico por mais um segundo naquele quarto.

Me afasto do Andrew e vou até o primeiro cômodo vazio que eu encontrei.

Fecho a porta atrás de mim e me apoio nela. Eu consegui dizer tudo o que estava entalado na minha garganta por anos. Deslizo as minhas costas na porta até chegar no chão. As lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Eu choro baixo, tentando ao máximo não fazer barulho.

— Alexis, está tudo bem? – Andrew indaga, do outro lado da porta.

— Está... está sim. – Pego a barra da minha camiseta e começo a enxugar meu rosto com ela.

Levanto apressadamente e me distanciou um pouco da porta.

— Você sabe que não precisa mentir para mim, não é?

— Sei.

Ele abre a porta vagarosamente.

— Então por qual motivo está mentindo? Por que está dizendo para mim dizendo que está bem, sendo que não está? Você não precisa ser forte o tempo todo. Você não tem que colocar sempre um sorriso no rosto quando, na verdade, está quebrada por dentro. – Ele se aproximou e me abraçou. —Nem sempre você vai estar bem, mas está tudo bem não estar bem! Não precisa esconder como realmente se sente. Eu sempre estarei aqui, por você e com você.

Ele desfez o abraço. As suas mãos emolduram o meu rosto.

Com a cabeça levemente inclinada em minha direção, ele roça os seus lábios nos meus e logo os toma em um beijo apaixonado.

Meu coração batia aceleradamente. Contorno o seu pescoço com os meus braços e o puxo para mais perto. Quando o ar se tornou necessário, paramos de nós beijar.

— Eu te amo, Alexis! – Ele sorriu contra os meus lábios.

— Eu te amo! – Eu o beijo.

— Sei que pode não ser o melhor momento, mas eu não sei se seria capaz de esperar.

Ele pegou as minhas mãos e se ajoelhou diante de mim.

— Você aceita se casar comigo?

A Força do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora