Capitulo 24

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Andrew

- Me desculpe por isso tudo, Andrew... - Ela passa o dorso de suas mãos em seus olhos para secar as lágrimas.

- Charlotte... Eu quem devo me desculpar.

- Desde que eu fui estudar fora meus pai ficaram colocando na minha cabeça que nós dois deveríamos nos casar... Me desculpe mesmo... Então, aonde ela está?

- Eu... Não sei. - Me sento em um sofá.

- Como assim? - Charlotte se senta ao meu lado.

- Eu vou te contar algo, mas me promete que não vai fala para ninguém?

- Claro! - Ela cruza os dedos e os beija, assim como fazia quando éramos crianças.

- Há cerca 5 anos eu fui para os EUA, o motivo? Bem, eu não sei realmente. Meu pai disse que eu tinha ido para lá tirar umas férias. Mas eu sinto que tem algo, sei lá, errado, talvez...

- Como assim? - O seu semblante expressava que ela estava um tanto confusa.

- Eu acho que eles estão mentindo para mim.

- Sério? - Ela estava surpresa.

- Sim, eu sonho com coisas com as quais eu não me lembro e que eu sei que ocorreram durante o tempo que estive lá. Esses sonhos são tão realísticos que parecem ser lembranças, mas por algum motivo eu não consigo me lembrar de nada. Tem uma mulher. Eu nao sei explicar direito, eu sinto que a amo, mas eu nem me lembro do seu rosto. Eu não sei no que acreditar...

- Isso é... não sei nem o que dizer. É uma confusão.

- Eu sei.

- Mas qual seria o motivo para seus pais esconderem isso de você?

- Eu não sei. Não faço a mínima ideia. É algo tão estranho, Charlotte. E isso me mata... Eu tento que todos os jeitos me lembrar de algo, mas nada acontece.

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- Aonde você está indo? - Meu pai me parou.

- Vou lá fora.

- Mas querido, está nevando. - Foi a vez da minha mãe dizer.

- Eu não demoro.

Pego meu casaco e o visto sobre o terno. Saio do palácio e decido ir para o Hyde Park. Preciso espairecer um pouco.

Enquanto ando calmamente observando os flocos de neve caindo do céu, acabo me esbarrando em alguém. Uma mulher de pele branca como a neve, que caia sobre nós. O seu rosto estava coberto pelo casaco vermelho. Suas mãos se encontravam em meu tórax.

- Droga... - Praguejou a mulher. A sua voz me é conhecida.

Ela olhava para baixo.

- É... me desculpe.

Lentamente, ela levanta o rosto.

- A-Andrew?

- Ah, oi Alexis! - Eu sorrio.

- Oi. - Ela respondeu em um tom baixo.

- Bem, o que faz aqui nessa hora? - Indago.

- Eu vim para pensar um pouco. E você?

- Eu também.

Nenhum de nós dois disse algo durante longos segundos que pareciam minutos.

Eu a olhava, bem no fundo dos seus olhos. É como se eu tivesse sido hipnotizado por eles e não conseguisse sair desse transe.

Ela também me encarava, seus olhos continham um brilho inexplicável. Mas, além desse brilho, eu também via que seu olhar também estava um pouco triste.

Eu seguro o seu pulso para pará-la, ela estava se afastando de mim.

- Qual é o seu problema, Anthony? - Ela indagou nervosa enquanto se virava para ficar frente a frente comigo.

- Você... - Eu murmuro.

- O quê?

- Você Luna, você é o meu maldito problema! - Eu me aproximo mais dela.

- O que você... - Eu a vejo engolir a seco ao me ver cada vez mais perto. - Você está ficando louco, só pode!

Ela dá um passo para trás.

- Sim, acho que estou louco mesmo e você é a culpada disso!

- Tá, já chega! Vou sair agora, me desculpar com o cara das covinhas e fingir que você não... - Eu a prendo entre mim e a parede, deixando -a encurralada.

Eu me aproximo do seu rosto e digo as seguintes palavras:

- Desejo a tua boca na minha. - Meus lábios roçam nos dela. Sem esperar muito, eu a beijo. Um beijo lento e calmo, sem pressa.

- Luna... - Eu sussurro involuntariamente.

Eu sinto uma forte dor de cabeça e acabo por cambalear um pouco. Alexis logo me segura.

- V-você está bem?

- Eu... Ai! - Sinto uma fincada forte na cabeça.

A Força do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora