Separo uma roupa para o Nicholas vestir.
— Eu quero dormir mais, mamãe! – O pequeno disse enquanto boceja.
— Meu bem, é só hoje, eu prometo! – Arrumo a sua cama.
Ele se espreguiça, esticando os seus pequenos braços.
— Mas você fala isso todos os dias, mamãe! – Ele tira o seu pijama e eu pego a blusa para colocar nele. — Não precisa, mamãe! Eu já sou bem grandinho e já sei me vestir sozinho!
Ele pega a blusa da minha mão e a veste de um jeito desengonçado.
— Tudo bem, meu senhor grandinho! – Eu rio.
Nicholas termina de vestir toda a roupa que separei.
Eu abaixo um pouco e dou um beijo em sua testa.
— Estou te esperando lá em baixo.
Saio do quarto dele e me pego sorrindo que nem uma boba.
Meu pequenino está crescendo!
Pego a minha bolsa, que está sobre o sofá, e pego meu celular dentro dela, para conferir as horas.
São 7:50 agora.
Tenho tempo o suficiente para sair do apartamento e chegar na portaria. Não demorou muito para que Nicholas descesse.
Assim que saímos do prédio, pude avistar o Andrew do outro lado da rua. Seguro a mão do meu filho para atravessarmos a rua. Nicholas logo tratou de correr em direção ao seu pai.
— Tio Andrew! – Parece que agora ele não está mais com sono.
Andrew o pega no colo e lhe presenteia com um grande abraço. Nick logo tratou de retribuir o abraço na mesma intensidade.
Me encontro agora observando essa cena pensando que, se eu não tivesse fugido, eu não me encontraria nessa situação. Meu filho teria o pai por perto em toda a sua vida.
Eu me sinto péssima.
Estou escondendo uma coisa tão importante dos dois.
Saio do meu transe quando o Andrew volta a colocar meu filho no chão.
— Oi. – Ele abriu um sorriso de lado.
Tenho certeza que ele passou todos esses dias se perguntando sobre o que eu queria falar com ele.
— Oi. Eu tive que trazê-lo, minha mãe tinha um compromisso e não podia ficar com ele.
— Não se preocupe.
O Nicholas pega em minha mão e vejo que também pega na mão do Andrew.
O pequeno estava muito feliz.
Saltitava que nem pipoca. Eu e Andrew apenas nos contentamos em rir dele.
Tenho certeza de que as pessoas que passavam por nós pensavam que éramos uma família perfeita. Mas, nenhuma delas sabia realmente o que estava acontecendo, ou melhor, o que estava para acontecer mais tarde.
Tenho que confessar que nem eu mesma sabia. Ou talvez, sim...
Não muito tempo depois, chegamos na lanchonete. Nos sentamos em uma mesa que fica logo na janela, assim poderíamos ver o movimento da rua enquanto tomamos o nosso café.
Havia um cardápio na mesa, Andrew o pegou.
Eu sou uma pessoa que, desde quando era adolescente fui diagnosticada com transtorno de ansiedade. Cada segundo que se passava, eu ficava ainda mais ansiosa. Algumas pessoas tendem até a deixar de se alimentar por causa disso, mas eu não faço parte dessas pessoas. Quando estou ansiosa eu como tudo o que eu ver pela minha frente, mesmo não estando pm fome alguma. Por isso, eu pedi um café da manhã – digamos que – reforçado. E com certeza com muito chá de camomila, é claro!
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A Força do Amor
RomanceContinuação de Protegendo o Príncipe Agora com seus vinte e nove anos, Alexis Cooper é uma mulher feita e bem sucedida. Sua vida está correndo nas mil maravilhas. Ela trabalha no hospital mais famoso de Londres e mora em uma cobertura de um dos melh...