Capitulo 34

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A cada minuto que se passava eu ficava mais nervosa. Ao tentar segurar a xícara com o meu chá eu quase a deixo cair, minhas mãos estão trêmulas. Eu deixo a xícara sobre a mesa, mas não a solto. Respiro profundamente. Eu preciso ficar calma.

Andrew percebe o meu estado.

— Está tudo bem? – Ele pôs a sua mão sobre a minha.

Não, não está!

Eu apenas assenti que sim e retirei a minha mão da mesa.

Não demorou muito para estamos saciados. Saímos da lanchonete.

— Podemos ir para o Hyde Park?

— Sim.

Fomos até a Fonte Memorial. Aproveito que Nicholas se distrai com a neve e inicio a nossa conversa.

— Está lugar me trás paz. Eu gosto bastante daqui. Mas, não é por isso que estamos aqui, agora. Eu tenho uma coisa para te contar.

Ele apenas me escutava atentamente. Eu continuo.

— Sinceramente? Eu não sei por onde começar. – Eu rio de nervoso.

Eu me viro para ver o meu filho antes de continuar a falar. Quando tento me virar para o Andrew novamente, eu não consigo. Meus pés estão presos ao chão. Eu sei que, no fundo eu não queria olhar em seus olhos enquanto eu lhe contar tudo.

– Por que não começar do início, não é mesmo? Você se lembra da noite de Ano Novo? Quando você disse que sentia que me conhece? A resposta é sim, nós nos conhecemos há 7 anos.

Eu olho para trás. Ele dá um passo para trás. Eu o peguei de surpresa, eu sei.

— Nos Estados Unidos... – Ele sussurrou.

— Sim, isso mesmo.

Eu me coloquei ao seu lado, mas não mantive nenhum contato visual com ele.

— Eu fui para Harvard, logo no meu primeiro dia eu fui convidada pela minha colega de quarto, Brittany, para sair com alguns amigos dela. Relutante, eu aceitei. Afinal, eu tinha que me enturmar. Brad e Mark eram os amigos.

Meu coração se acelera ao lembrar do que aconteceu na noite do dia 31 de dezembro de 2006. Uma lágrima desce pelo meu rosto. O Andrew levanto um tiro...

— E tinha mais uma pessoa, Anthony o seu nome. Ele era colega de quarto do Brad. Eu sabia quem ele era afinal, eu estava ali por causa dele. Mais tarde, na mesma noite, todos nós fomos para o quarto do Mark. Eles resolveram jogar verdade ou desafio. Um aplicativo no celular do Mark decidiria o que iríamos fazer. Acabou que, por obra do destino, o aplicativo disse que o meu desafio seria jogar 7 minutos no céu com alguém. Esse alguém era o Andrew. Os 7 minutos foram o bastante para iniciarmos uma pequena briga. O engraçado é que, minutos depois, nós quase nos beijamos no elevador. Eu sinceramente não sei explicar o que aconteceu. Eu me senti atraída por ele e o mesmo também sentia -se atraído por mim.

— Alexis, eu não entendo... – Eu prossigo.

— No dia seguinte algo inusitado aconteceu. Até hoje me pergunto o que aconteceu. Como eu era novata, eu não sabia como chegar até o refeitório, mas tive uma ajuda. Park Taeyong, se não me engano. Anthony, ao me ver acompanhada do coreano ficou bastante incomodado. Saiu me puxando pelo braço para longe do refeitório. Depois de todo esse ataque que ele deu, nos beijamos. Mas aquilo não podia ter acontecido, eu não estava ali para beijá-lo e sim para proteger ele.

Percebo que ele agora me olhava, mas eu apenas continuei olhando para frente. Onde, agora está o meu pequeno.

— Proteger?

— Sim, eu não estava lá para estudar. Longe disso! Eu fui enviada até lá para proteger o Anthony. Eu trabalhava na K.C International naquela época. Voltando... Depois do beijo eu o ignorei por dias, mas acho que já era tarde demais. Mas, pelo meu bem, eu me mantive firme e contive todos os meus anseios. Na realidade, era o que eu pretendia fazer. O Natal chegou, os meus dias protegendo ele estavam quase no fim. Brittany me convenceu a sair. Fomos jantar em um restaurante, mal sabia eu que eu teria uma grande surpresa naquela noite. Ela disse que ia ao banheiro e não voltou mais. Na verdade, quem apareceu era o Anthony. Os dois amaram contra mim. Eu tentei fugir, mas quando ele se confessou para mim meu coração se acelerou. Eu sabia que deveria manter distância, mas eu não consegui resistir. Eu estava apaixonada. Meu pequeno conto de fadas havia acabado e começar. Nós
jantamos em uma floresta. Ele me levou para uma casa que ficava um pouco perto de onde estávamos. Foi ali, naquela noite em que, por descuido, uma criança foi concebida.

— Nicholas...– Ele provavelmente está começando a se lembrar das coisas.

— Ao voltarmos para a realidade eu percebi o quão errada eu estava. Eu estava com medo, queria contar tudo para ele mas eu não podia. Tinha que seguir as regras. O ano era 2006 e, em poucas horas seria 2007. Mark, Brittany, Brad, Anthony e eu fomos em uma festa fantasia. Eu não sabia que aquele seria um dos piores dias a minha vida. Por sorte, o meu superior suspeitava que algo poderia acontecer naquela noite.
   
   
   

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Próximo capítulo sai amanhã, meus amores!

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A Força do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora