Capítulo 7

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Antes que eu respondesse a porta é aberta e entra Rosie, uma enfermeira.

- Olá Doutora Cooper!

- Oi Rosie!

Ela me entregou um papel e vejo ser a receita.

- Essas são todos os suplementos que você deverá tomar. Os dois devem ser tomados a cada seis horas.

Ela me entregou mais um papel.

- Essa é a lista de alimentos que você deve consumir.

Espinafre
Tomate
Beterraba
Ovo
Carne vermelha
Pão integral
Manteiga de amendoim
Nozes
Mel...

- É recomendável que você faça combinações de dois alimentos a cada refeição, todas elas.

- Sim, obrigada.

- O Taylor já assinou a sua alta, então você já está liberada.

Visto uma roupa que minha mãe trouxe para mim e fomos até a lanchonete do hospital para que eu coma algo. Depois de ser obrigada pela minha mãe a comer bastante, saímos do hospital. Ela não me deixou dirigir o carro, pois disse que eu estava muito fraca para isso.

- Vamos passar no mercado agora e depois vamos na farmácia comprar os suplementos.

Estávamos jantando. Mamãe fez para mim ovo cozido, carne de boi e uma salada de tomate e repolho. De sobremesa, geleia de morango com gelatina.

- Ah, estava até esquecendo. - Comentou minha mãe enquanto lavamos as vasilhas.

- O quê?

- O Taylor me ligou assim que vocês chegaram no hospital. Assim que cheguei na recepção do hospital eu vi um homem conversando com uma das recepcionistas. Ele estava perguntando sobre você. Quando eu cheguei mais perto dele e me identifiquei dizendo que era a sua mãe, ele simplesmente saiu apressado, eu nem pude ver o rosto dele, pois ele usava um moletom com capuz.

- Isso é estranho... - Comento.

Depois de terminamos de lavar a louça e vou para o meu quarto tomar banho. Enquanto levo meu cabelo eu penso no desconhecido de capuz. Quem deve ser ele? Será que eu o conheço?

Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha. Quando saio do banheiro, totalmente agasalhada por conta do frio, encontro Nicholas deitado na minha cama.

- Posso dormir aqui hoje? - Ele perguntou.

- Sim, é claro. - Dou um sorriso largo, apago as luzes e me deito na cama, ao seu lado.

Eu estendo um de meus braços e Nicholas deita sobre ele. Uma de suas mãozinhas foi até a minha cintura e ele me abraçou.

Quando acordo vejo que Nicholas ainda dorme ao meu lado. Estico a mão até a mesinha ao lado da cama e pego meu celular. Ainda é muito cedo então decido ficar mais um tempo na cama. E então, mais uma vez, o homem misterioso de capuz me vem à mente. A curiosidade está me matando! Quem é ele?

Depois de procurar por toda a minha mente alguém que provavelmente seja o homem estranho e desisto. Meu celular começa a vibrar e eu o pego. Era um lembrete.

Ir ao Hope às 19hrs!!!

Merda!

Eu tinha me esquecido! Hoje é dia 24!

Me levanto dá cama com cuidado para que Nicholas não acorde. Vou ao banheiro e troco de roupa rapidamente. Vou até a cozinha e vejo minha mãe à mesa comendo.

- Que cara é essa Alexis?

- Hoje é dia 24! Eu me esqueci completamente! Eu vou ter que correr para comprar as coisas. Era para eu ter comprado tudo anteontem.

Pego a caixa de leite e despejo o líquido no copo. Tomo tudo rapidamente. Pego algumas torradas integrais que estavam na mesa e as como. Na geladeira pego uma maçã.

- Eu volto assim que eu terminar de comprar tudo.

Saio da cozinha e pego meu casaco e bolsa que estão no sofá. Pego o elevador e logo estou no estacionamento. Entro dentro do carro e parto ao meu destino. Estaciono o carro no estacionamento do shopping e sigo até a minha loja de brinquedos favorita. Assim que entro vejo Poppy minha amiga que trabalha na loja. Vou até ela.

- Alexis! - Ela me abraça. - Você demorou! Achei que viria no dia 22. Aconteceu algo?

- É uma longa história, vou te contar enquanto você me ajuda a escolher os brinquedos, certo?

- Sim.

Primeiro fomos à procura de brinquedos para crianças menores de 7 anos.

- São quantos?

- Se não me engano são três meninas e cinco meninos.

Decido pegar dois brinquedos para cada. Depois seguimos para os maiores de 7 anos. No fim, peguei tantos brinquedos.

- Como assim ele se declarou para você? Ainda não consigo acreditar. - Ela estava perplexa.

Estávamos no caixa.

- Pois é... Nem eu.

Ela terminou de embalar todos os presentes e os colocou distribuídos em dois carrinhos completamente lotados.

- Vou chamar o Bob para te ajudar a levar os brinquedos, pois tenho que atender outros clientes. Feliz Natal!

- Para você também!

Ela sai da minha vista e logo um homem aparece, deve ser o Bob. Ele pegou o carrinho que estava mais pesado e fomos ao estacionamento.

Quando chego em casa vejo que é meio-dia, minha mãe está fazendo o almoço.

- Conseguiu comprar tudo?

- Sim, deu tudo certinho. Esse ano as coisas estão mais baratas, comparado aos anos anteriores. Onde está o Nick?

- Está no quarto desenhando.

- Eu vou mexer com ele, daqui a pouco eu desço.

Subo as escadas e vou até o quarto do meu filho. A porta está entreaberta então, resolvo bater antes de entrar.

- Pode entrar.

Eu entro no quarto e vejo que meu pequeno está muito concentrado no desenho que está fazendo. Eu me sento ao seu lado e o observo por um tempo. Lembranças desse mesmo dia, só que seis anos atrás me vem à mente. Foi naquela noite que o meu filho foi concebido. Foi naquela noite que eu me entreguei de corpo e alma para o homem que eu mais amava. Foi naquela noite em que foi plantada dentro de mim a nossa sementinha, fruto do nosso amor.

Céus! Por que Nicholas tinha que ser tão parecido com Andrew?

Apesar de não ter as covinhas do pai, o sorriso dos dois são totalmente iguais. Eu estico a minha mão até a sua cabeça e acaricio os seu cabelos lisos. Suas bochechas gordinhas estão um pouco rosadas por conta do frio.

- Mamãe? Onde está o meu papai?

Eu congelo.

- O seu pai?

- Sim. Todos os meu amigos da escola tem o papai deles por perto, fora a Paty, mas o papai dela virou estrelinha. Por que o meu papai não está aqui com a gente? Ele é estrelinha igual ao papai da Katy?

A Força do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora