Quando chegamos na porta – após eu avisar para minha mãe que iria levar o Andrew embora – ele logo me para.
— Eu posso ir sozinho.
— Não pode não. Eu não sou nem um pouco louca de deixar com que você ande por aí sozinho! Você pode passar mal e... – Paro de falar quando o vejo sorrindo para mim.
— Não precisa se preocupar, eu estou bem agora.
— Sem chance, eu vou com você e ponto final.
Quando saímos do prédio sinto o vento frio bater em meu rosto.
Caminhamos lentamente. Talvez até lento demais.
Possivelmente eu não tenha vontade de deixá-lo ir.
Talvez eu não queira que isso acabe e, por isso, tenha insistido tanto em acompanhá-lo.
Durante todo o caminho – que poderia ser feito em pouquíssimos minutos, mas durou muito mais do que isso – eu tentava falar com ele, mas sempre desistia.
Agora mais do que nunca eu queria parar de omitir as coisas dele. Eu queria lhe contar toda a verdade, sem omitir nada. Eu queria dizer que nunca deixei de amá-lo, nem por um milésimo de segundo sequer.
Mas, por qual motivo eu não consigo?
Medo?
Talvez.
Eu tenho pavor só de pensar no que o pai do Andrew poderia fazer para prejudicar o meu filho. Também temo que o Andrew reaja de forma negativa, mas esse seria o preço que eu teria que pagar por tudo, não é? Afinal, foi escolha minha voltar para a Inglaterra, foi escolha minha esconder a existencia do nosso filho.
Andrew para de andar repentinamente e se vira, o que me faz levar um leve susto por estar totalmente imersa em meus pensamentos.
— Bom, é aqui que me despeço. – Ele sorri. – Obrigado por ter cuidado muito bem de mim e por ter me ajudado, Alexis!
Eu fico toda boba o olhando sorrir.
— Por nada. – Eu sorrio em resposta.
Ele se aproxima de mim e me abraça pela cintura.
— Foi um prazer conhecê -la.
— Igualmente.
— Espero poder vê-la novamente. – Ele se afasta um pouco.
Eu também, eu também...
— É... tchau! – Ele acena antes de se virar e seguir o seu caminho.
Eu fico ali. Parada. Vendo-o se distanciar cada vez mais de mim. Em um ato de total loucura eu ando em sua direção e, logo, já estou correndo.
— Andrew!
No mesmo instante, ele para de andar e se vira lentamente.
Ele estava surpreso.
Paro em sua frente um pouco ofegante.
— Eu... – Começo a falar, mas sou interrompida pela sua aproximação.
Com apenas um passo, Andrew conseguiu se colocar há pouquíssimos centímetros de distância de mim. Minha respiração chegou a falhar.
— Eu não sinto muito...
— O quê? – Eu estava confusa.
Ele contornou suas mãos pelo meu rosto.
— Eu não sinto muito por ter te beijado.
Com a ponta da língua ele umideceu os seus lábios e chegou o seu rosto perto do meu, encostando sua testa na minha.
— Eu ainda tenho vontade de beijá-la. É como se voce fosse um imã e estivesse me puxando cada vez mais para perto.
Com isso, ele tomou os meu lábios em um beijo lento e profundo.
Eu me forço a sair das nuvens e voltar para a realidade. Com as mãos em seu tórax, eu o afasto de mim.
Eu estava decidida.
Finalmente iria contar tudo para ele.
— Andrew... Eu tenho que te contar uma coisa.
É agora ou nunca!
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Os próximos dois capítulos, devem sair na semana que vem!
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A Força do Amor
RomansaContinuação de Protegendo o Príncipe Agora com seus vinte e nove anos, Alexis Cooper é uma mulher feita e bem sucedida. Sua vida está correndo nas mil maravilhas. Ela trabalha no hospital mais famoso de Londres e mora em uma cobertura de um dos melh...