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Sinto como se estivesse queimando dentro de um forno.

— Qual é o seu nome? — Ele sabe quem eu sou, então não preciso dizer.

Já eu, não sei nada sobre ele.

— Sou obrigado a responder essa pergunta? — Ele não vai me responder, já sei.

— Não precisa dizer se não quiser, só acho que seria mais interessante se eu pudesse gozar gemendo seu nome.

— Você não vai gozar hoje.  — Arregalo os olhos, surpresa. — Mas pode me chamar do que quiser. Como você agrada os homens que vêm aqui? — Primeiro, acho um absurdo ele dizer que eu não vou gozar, e agora essa pergunta.

— Existem muitas formas de agradar um homem. Mas, se pensar bem, a maioria vê o sexo como uma forma de relaxar e se acalmar. — Não é difícil unir o útil ao agradável.

Eles querem sexo, e eu quero dinheiro.

— E quais são as suas formas? — O olhar dele me deixa nervosa.

— Tenho várias. Quer experimentar? — É minha segunda tentativa.

— Não. — Não entendo o que ele veio fazer aqui comigo senão quer sexo.

— Então, o que você veio fazer aqui, afinal?— Estou começando a perder tempo. Te ho a visão de um homem perfeito, mas sem aproveitar nada.

— Me divertir. — Isso não responde á minha pergunta de verdade.

A máscara dourada que ele usa me chama atenção.

— Com o trabalho que você tem, imagino que seja sempre você quem controla o que acontece nos quartos. Com outros homens, pelo menos. Faz sentido, já que são pessoas que você não conhece. É justo você ter total liberdade para escolher o que quer ou não fazer.

Ele parece preocupado que algum homem possa vir aqui com outras intenções machucar-me ou até me matar.

O fato de ele não ter usado a palavra "prostituta" me surpreende.

— Eu abro uma exceção para você. — Já entendi onde ele quer chegar.

Não tenho medo de ser dominada por uma noite, contanto que isso não vire um costume. Sou corajosa o suficiente para deixá-lo fazer o que quiser, mesmo sem saber se posso confiar nele.

— Então você pensou em ser dominada? — Ele me olha com um brilho malicioso.

— Por que que saber? — Ninguém precisa saber o que uma mulher pensa em fazer entre quatro paredes.

— Porque, está noite, serei eu quem decide. — Sua voz é grossa, clara e alta, carregada de um tom de convicção que me deixa excitada.

Não tenho palavras para isso.

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— Você está tão nervosaz meu amor. — Ele sobe beijos pela parte interna da minha coxa.

Agora, estou sentada na beira da cama, observando seus movimentos. Os olhos azuis dele não saem de mim por um segundo.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora