A Prostituta Indomável.

22

Estou a 4 horas sem gozar e ja não sinto forças nos braços.

Não resisti e gozei por um instante, mas minha punição foi ter cinco orgasmos adiados.

— Chega — digo, exausta.

Minha pele está vermelha com marcas visíveis, e estou frustrada e cansada. Meus tornozelos e punhos estão irritados de tanto esforço, e já não aguento mais ficar assim.

Minha surpresa é imensa ao vê-lo tirar a roupa completamente.

— É uma pena você não se lembrar do que fazíamos — ouço seu sussurro.

Ele é perfeito.

Ele se aproxima e se posiciona entre minhas pernas.

— Está preparada? — pergunta enquanto beija meu pescoço.

— Estou cansada de esperar — repondo, ainda chateada pelo que passei.

Sem aviso, ele me invade de forma tão rápida que solto um gemido alto, sem tempo para raciocinar. As estocadas são firmes e intensas.

Fecho os olhos.

Minhas pernas são soltas, mas as coloco em volta de sua cintura com o pouco de força que me resta.

Nem preciso pedir que vá mais rápido, ele sabe exatamente o que fazer.

— Você vai parar de sair com o Theo — não era um pedido, mas uma ordem.

— Não vou, não — desafio, recebendo uma investida ainda mais brusca em resposta.

Mas eu gosto.

— As escolhas são suas, Larissa. Ou você se afasta dele, ou teremos problemas sérios.

— Que tipo de problemas?

— Você vai descobrir. Mas por enquanto, vamos terminar isso.

Seus movimentos aceleram, enquanto suas mãos encontram meus seios.

Ele solta minhas pernas, mas, mesmo cansada, continuo envolvendo sua cintura.

Até que, finalmente, sou levada ao êxtase.

Mas ele não para.

— Estou cansada — murmuro, ainda assim aceitando mais um round.

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— Quero mais provocações. Me dê mais — digo, olhando para meu mascarado.

— Você não merece nem os meus toques, Larissa.

— Por favor... Eu imploro pelos seus toques...

Toc,toc.

Acordo com batidas na porta.

— Larissa — é a voz de Lurdes.

— Sim? — percebo que estou coberta pelo lençol.

— Vem tomar café — já deve ser tarde.

— Já estou indo.

No criado-mudo, encontro um cartão com o número do mascarado e uma mensagem escrita: "Aqui está meu número. Se sentir necessidade de me ver, conversaremos sobre o pacote".

Que ousadia.

Tudo que aconteceu ontem foi maravilhoso, mas não vai se repetir.
Não vou dar esse gostinho a ele.

Levanto, me arrumo e saio do quarto.
É claro que levo o cartão comigo, escondido no sutiã.

Desço para a cozinhar pego minha bolsa, que Lurdes guardou para mim no balcão do bar na noite passada.

Sento-me à mesa com as outras meninas.

— E então? Como foi? — Lurdes pergunta, mas não vou contar nada.

— Normal — respondo seca.

O que aconteceu foi íntimo demais para sair falando, nem mesmo para Fernanda.

— Nada de novo? — insiste Lurdes.

— Lurdes, eu não vou contar nada do que aconteceu ontem. Respeite minha decisão. Eu também não saio perguntando como foi a noite de sexo das outras pessoas.

— Ele deixou algum recado? — pergunto, quase sem querer.

— Não, saiu cedo.

Era óbvio que ele acordaria antes de mim.

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À tarde, vou ao restaurante.

Estou distraída, batendo a caneta no balcão, perdida em pensamentos.

— Está tudo bem, amiga? — Fernanda aparece a minha frente.

— Claro, por quê? — paro de bater a caneta e olho para ela.

Passei boa parte do dia sentada, devido as minhas pernas doloridas.

— Você está com essa carinha pensativa, a boca entreaberta e batendo a caneta, completamente longe daqui — comenta.

— Estou bem — insisto.

— Você está muito calada.

— Vou sair mais cedo hoje.

— Pode deixar que eu fecho para você.

Fernanda sai, e eu volto a olhar para o nada.

Decido sair.

Pego minha mochila e meu capacete e vou embora.

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Mais tarde, estou sentada na areia, de frente para o mar, confusa.

Theo diz que temos um passado juntos, mas não posso estar com alguém que não entende meu trabalho. Também não posso me envolver com Gael ou Alex, por mais tentador que isso seja. E agora surge esse mascarado.

Preciso de um sinal.

O que aconteceu ontem não foi brincadeira.

Eu gostei de tudo, porque adoro esse tipo de provocação.

Mas pareceu tão planejado...

Aquele homem sabe muito sobre mim. E, de alguma forma, preciso descobrir por quê.