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Chegamos ao restaurante e fiquei encantada com a beleza do lugar. É lindo, tanto por fora quanto por dentro. O nome do lugar é Fogo de Chão Brazilian Steakhouse.

Eu pedi purê de batata, salada de folhas misturadas, salada de maçã e salada de batata. Theo pediu o mesmo.

Enquanto esperamos, saboreamos um vinho que acabou de se tornar meu preferido.

- Eu quero te fazer uma pergunta - digo, achando que não há problema.

- Pergunte o que você quiser.

Ainda estou pensando se já vi o Theo no passado e nada mais simples do que perguntar a ele; acho que ele não vai mentir para mim. A única peça que não se encaixa é que o Theo não fazia parte dos negócios do meu pai. Se tivesse participado, Jonas certamente me contaria algo no dia em que liguei para ele.

Na verdade, agora estou confusa. Inspiro e expiro.

- Você já me conhecia? - vou direto ao ponto.

- Só de vista - ele responde enquanto bebo outro gole do meu vinho.

Anoto mentalmente que, quando chegar em casa, vou pegar meu notebook para procurar algumas informações.

- Não brinca? Sério? E o que você fazia no mesmo ambiente que eu?

- Negócios dos nossos pais - ele diz, e estou curiosa para saber que tipo de negócios minha família teria com a dele.

Isso não faz sentido.

Quando nossos pratos chegam, comemos em silêncio, e, depois da sobremesa, decidimos ir embora.

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Estou agora diante do Theo, em meio às suas pernas, enquanto ele está sentado no capô do seu carro.

- Então, você gosta de motos? - pergunto.

- Sempre foi meu sonho ter uma. E você, não gosta?

- Tenho uma parecida com a sua.

- Eu adoraria dar uma volta nela um dia com você - digo, imaginando isso acontecendo.

Preciso ir devagar; minha vida já é uma grande bagunça, e minha família não permite que eu tenha uma amizade amorosa com um homem. Vou precisar manter o Theo em segredo também, na verdade, não exatamente em segredo, já que todo mundo o conhece, mas vou ter que manter essa amizade oculta.

- Na próxima vez, venho te buscar de moto.

- Combinado.

Ficamos em silêncio, um olhando nos olhos do outro, até que seu rosto se aproxima do meu e sua mão toca meu rosto.

- Como foi a noite para você?

- Perfeita! Me senti confortável e nós conversamos bastante. Peço desculpas por ter repetido isso diversas vezes - rimos juntos.

- Deixa de bobeira! Que bom que gostou - ele diz, depositando um beijo na minha bochecha, depois na outra, até parar, olhando para a minha boca.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora