A Prostituta Indomável.

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1 Mês

Hoje faz exatamente um mês que estou aqui. Cada dia tem sido mais difícil, mas consegui escapar de todas as investidas de Antony.

Uma das situações mais nojentas foi quando ele me esperou no quarto completamente nu. Fingi pânico e medo, demonstrando estar assustada.

Não saí mais escondida depois da segunda semana. Ele espalhou câmeras por toda a casa. Não me surpreenderia se tivesse colocado até no banheiro.

Mas não sou boba. Revirei cada canto do banheiro, do mais óbvio ao mais improvável, e não encontrei nada. Para minha sorte, havia uma tomada ali, e passei a carregar a escuta nesse local.

Cortei a comunicação direta com Gabriel. Agora nós falamos apenas pela escuta.

Tudo o que eu planejei está acontecendo. Este mês foi marcado pelo desespero de Antony. Ele perdeu aliados e agora só conta com os seguranças que permanecem na casa.

No entanto, ainda não consegui tudo o que quero. Ele vai pagar por cada atrocidade que cometeu, não só comigo, mas também com outras mulheres.

Hoje é meu último dia aqui. Antony está tão ocupado tentando recuperar o controle que esqueceu de mim. Aproveitei para descer e tomar café sozinha.

Tenho certeza de que engordei, porque comi muito durante esse tempo. Antony foi generoso com a comida, mas sempre temi que pudesse ter algo nela. Para garantir, passei a chamar os outros para comer comigo e esperava ele se servir antes de mim.

Por mais que ele desconfie, tenho fingido muito bem. Fizemos programas típicos de casais, e por um momento, percebi como ele poderia ter um lado bom. Claro, sei que pode ser uma armadilha.

Terminei meu café. Fiquei em silêncio absoluto desde ontem, o que talvez tenha sido um erro.

- Senhora, Antony quer falar com você. - Um dos seguranças entrou na cozinha, me entregando o celular.

- Oi - atendi, me levantando da mesa.

- O que houve? Tivemos dias incríveis e, agora, faz três dias que você não fala comigo.

- Você anda ocupado, não quis atrapalhar. Estava esperando o melhor momento para conversarmos.

- Para com isso. Você não atrapalha. Assim que terminar as coisas aqui, vamos fazer algo diferente.

Mal ele sabe que, quando voltar, eu já não estarei mais aqui.

Consegui que Gabriel organizasse um grupo de mulheres para denunciar Antony e todo o abuso que sofremos. Vou informar a localização dele à polícia e garantir que ele seja preso.

Enquanto isso, vou proteger todos que ele poderia usar para me chantagear: Lurdes, Fernanda, meus pais, Berenice e o próprio Gabriel. Meu pai pode causar confusão, mas vou garantir que todos fiquem seguros, independentemente de sua opinião.

Agora, estou no quarto organizando minhas coisas. Fui ao escritório de Antony e peguei a arma tranquilizante. Antes de sair, verifiquei pelo computador a localização de cada segurança.

Tampei a câmera do escritório antes de entrar e quebrei as câmeras restantes uma a uma.

Eliminando os seguranças:

O primeiro, na entrada, já foi.

O segundo, nos fundos, também.

O terceiro subiu ao meu quarto. Esperei o momento certo e o neutralizei.

O quarto estava no heliponto. Esperei o momento de distração e finalizei.

O quinto veio correndo quando gritei por ajuda. Posicionei a arma e o neutralizei.

Peguei o celular do último segurança e liguei para Antony, fingindo desespero:

- ANTONY, SOCORRO!
- O que houve?
- Estão tentando me levar! Homens de preto! Estou escondida. Por favor, me ajuda!

Fingi soluços e desespero. Ele acreditou, claro.

Saída:

Antes de fugir, despejei gasolina pela casa. Não deixei nada que pudesse ser usado contra mim. Joguei o fósforo e saí dali, com tudo o que era importante.

Antony perderá tudo. É assim que ele vai entender o que senti quando ele tirou tudo de mim.