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Estou dançando provocativamente no palco do Poly Dance.


Ninguém sabe que eu sou a Estrela, escondida por essa fantasia.

Os homens que já me conhecem nem imaginam que sou eu dançando ali.

Adoro poder dançar.

Eles me chamam e colocam o dinheiro no meu decote.

Meu cabelo, normalmente cacheado, agora está liso.

Estou usando um salto que chamo de "salto boneca" — nem muito baixo, nem muito alto.

Visto uma meia-calça com desenhos que enfeitam minhas pernas, combinada com uma cinta-liga ousada. Sinto-me bem assim, sem mostrar mais do que quero.

Os homens assobiam quando me viro de costas e desço até o chão. Eles gritam elogios de todos os tipos.

Quando meu show termina, sigo para o fundo do palco enquanto as cortinas se fecham atrás de mim.

Vou para o camarim, onde tiro minha máscara e troco de roupa.

Não gosto de usar algo muito chamativo fora do palco. Geralmente, coloco um vestido curto de alças finas e um salto alto. Às vezes, uso um shorts e uma camiseta provocante.

É essa combinação que os atrai. Minha beleza quase angelical. Como se eu fosse uma jovem inocente que precisa ser guiada.

Após trocar de roupa, vou procurar por Lurdes, que disse querer falar comigo.

A encontro bebendo e conversando com uma moça no balcão. Aproximo-me dela.

— Já está na ativa? — brinco.

— Sempre — ela me pisca.

— Qual a novidade?

— Você sabe que tenho outros clubes em outras cidades. Um deles está com alguns problemas e preciso de alguém de confiança para ir até lá. Quero que seja você — eu já esperava por algo assim.

Não consigo recusar um pedido de Lurdes. Ela sempre me ajudou.

— Eu vou — respondo, pedindo uma bebida. — Escuta, Lurdes, você poderia me contar mais sobre aquelas suas palavras enigmáticas? Sinto que você sabe algo sobre o meu passado e não me conta.

— Menina, já disse que, no momento certo, você encontrará as respostas. Vai perceber que, às vezes, os esforços são em vão — mais uma de suas frases significativas.

Preciso juntar as peças desse quebra-cabeça.

— Imagino que vai precisar de alguém para te acompanhar, então já providenciei um segurança — diz ela.

Tomara que seja alguém confiável e... bonito, para deixar a viagem mais interessante.

— Venha, querido — escuto Lurdes chamá-lo.

Quando olho na direção, meu coração para. Não pode ser.

Que inferno.

A Prostituta Indomável.Onde histórias criam vida. Descubra agora