BEVELLY
Com uma lanterna acesa para iluminar o breu escuro que estava o quarto que tinha todas as luzes apagadas, estávamos em cima da cama de Griselda com o livro aberto e algumas páginas já lidas. A capa era de dois jovens olhando um para o outro e o título logo abaixo. Não posso negar que o livro já havia me prendido, nada de nudez ou coisa do tipo tinha sido mencionado ainda. O livro falava sobre uma garota que se mudou para uma cidade com os pais e o vizinho era muito atraente. Os dois se odiavam, mas depois passaram a se gostar e ficaram apaixonados. Na parte que estou agora, os dois estão assistindo televisão. Ela mentiu para os pais dizendo que ia dormir na casa da melhor amiga, mas foi para a casa dele, já que seus pais haviam ido viajar e a casa estaria livre. O filme que estavam assistindo era um de romance e eles estavam abraçados em baixo de uma coberta. A autora escreveu que a mão dele estava no quadril dela e foi descendo até estar entre as coxas e... Meu Deus! Ele vai... As mãos dele entraram na calcinha dela e... Minha nossa! Ele começou a acariciar a intimidade dela e ela estava gostando. — coloquei as mãos sobre os lábios, chocada com o que estava lendo — Ele começou a fazer movimentos mais ousados e ela gemia o nome dele e pedia por mais, mais, mais, mais e mais...
— Chega, Griselda! — decretei, em um tom baixo, mas bem enfático — Lemos o restante depois. É informação demais para uma noite.
Estava extasiada com tudo aquilo, não podia negar, mas me sinto tão suja por ler isso que nem sei como explicar exatamente.
— Tudo bem, vamos ler devagar. — ela estava rindo — Esse livro é bom demais para não ser apreciado com calma.
— Ele é muito pesado, muito antiquado. — critiquei.
— Então vai me dizer que não quer mais ler? — questionou a mim, usando uma cara bem escarnecida.
— Eu já comecei, agora vou terminar. — rebati, usando uma desculpa aceitável.
Não vou negar que esse livro causa um efeito desregulado nas minhas emoções e gosto de livros assim, mesmo que as emoções que ele desregula seja de outro tipo.
— Admite que gostou... — insistiu, usando um olhar bem travesso para me fazer confessar.
— Bom, tirando as partes inadequadas, ele é um excelente livro. — confessei, mas não por completo.
— Acho melhor irmos dormir. — aconselhou — Está ficando mais do que tarde.
— É, você tem razão. — concordei.
JACKSON
Minha língua estava dentro da boca de uma garota, o nome dela era... Bom, não me lembro bem como era o nome dela, mas tinha um rostinho encantador e curvas extremamente notáveis. Estava prensando o seu corpo na parede do banheiro masculino da escola. Qualquer cara veria um semblante de um anjo no rosto dela, mas consegui ver além disso e se tinha uma coisa que ela não era, era um anjo, talvez na aparência somente. Pedi para alguns dos meus amigos vigiarem a porta e não deixar ninguém entrar. Aproveitaria o tempo até a aula começar da melhor maneira possível.
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Um Romance Nos Anos 80
RomanceA ousadia é só para quem pode.|| Bevelly Brige vive em uma pacata cidade, na qual a moral e os velhos costumes são tradicionalmente valorizados pelos moradores. Uma época onde qualquer comportamento fora dos padrões é motivo de fofocas e olhares cur...