JACKSON
A festinha no Johnie's estava ótima. A música estava boa, assim como a comida. Não perdi tempo e troquei ideia com uma garota que era muito linda, quando digo linda, não é exagero. Ela já flertava comigo, tem algum tempo, mas ficava muito na defensiva quando me aproximava, era a típica "Santa" que finge não querer nada, mas, no fundo sabe que quer. A árvore que ficava ali perto era a minha parceira para esses momentos. Encostei ela contra a árvore e a beijei e se não estivéssemos em um local de tão fácil acesso a qualquer um, isso não teria continuado apenas em beijos. Ela não era inexperiente, seu beijo era ousado e quente, as suas mãos astutas e audaciosas não negavam até onde seriam capazes de ir.
— Você é maravilhoso. — ela disse enquanto eu beijava o pescoço dela, maluco para ir além.
— Você também é, Zoe. — murmurei com os lábios em seu pescoço.
De repente, ela me empurrou de perto dela e parecia ter ficado furiosa.
— Zoe? Meu nome é Nicole! — a raiva em seu olhar era de assustar.
— Foi o que eu quis dizer. É que Zoe e Nicole tem o mesmo som, não é? — tentei levá-la na lábia marota que quase sempre dá certo. Voltei a me aproximar, mas a tal Zoe... Quer dizer, Nicole, não deixou. Droga. Zoe foi a garota de hoje de manhã.
— Então isso não tem o menor significado para você? — a Zoe, quer dizer, Nicole, colocou a mão na cintura e me encarou.
— Gata, uns amassos não tem que ter nenhum significado. Você sabe que comigo, é assim. — a expliquei, mesmo sabendo que todas as garotas sabem disso.
— É, eu já ouvi isso das outras, mas pensava que você era um cara mais sensato. — criticou e em seguida se afastou e voltou para dentro do Johnie's.
Esqueci da regra mais absoluta de todas: nunca dizer nenhum nome durante o processo. São tantos nomes que nem consigo lembrar com tanta clareza. Algumas mulheres são muito complicadas, o que tem demais errar o nome? É só um nome.
Já está ficando tarde. Não posso ficar até tarde, tenho prova de matemática amanhã e ela é uma prova muito importante para conseguir ter a mínima possibilidade de não repetir o ano. Antes de ir embora, vou entrar e avisar os caras que estou de saída. Comecei a caminhar e de repente, ouvi alguns cochichos, parecia alguém conversando atrás do Johnie's. Não deveria escutar, mas cara, sou de Massburgys, a curiosidade corre nas minhas veias.
Me aproximei com bastante cuidado para não ser visto ou ouvido por quem quer que seja que estivesse ali. Eram duas pessoas. Uma voz parecia feminina e a outra era masculina.— Você mexe comigo, você sabe que sou louco por você e mesmo assim parece não se importar. — essa voz era a de Josh.
Josh?
— Eu me importo com você, eu só não quero um relacionamento sério agora. — era a voz de uma mulher. Eu conhecia essa voz de algum lugar.
— É claro, para poder se agarrar com os outros caras. — Josh parecia sofrer com isso. Quem seria a garota? Juro que conheço essa voz.
— Eles são meus amigos, Josh! — a garota se irritou — É por isso que não estamos juntos. Você é ciumento demais e muito imaturo. Sinceramente. — o repreendeu.
— Você não tinha o direito de me fazer amar você daquela maneira. Olha o que você está fazendo comigo! — tinha sofrimento em sua fala.
— Não me culpe pela sua auto sabotagem! Você que está fazendo isso consigo mesmo. Josh, eu nunca fiquei com outro garoto de corpo e alma como já fiquei com você. Eu me entreguei para você, mesmo sabendo que não ficaríamos juntos por causa da sua imaturidade e da sua obsessividade. — pela maneira que ela falava, essa garota parecia amar ele.
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Um Romance Nos Anos 80
Roman d'amourA ousadia é só para quem pode.|| Bevelly Brige vive em uma pacata cidade, na qual a moral e os velhos costumes são tradicionalmente valorizados pelos moradores. Uma época onde qualquer comportamento fora dos padrões é motivo de fofocas e olhares cur...