Capítulo 04

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JACKSON

Já estava de noite e eu ainda queria encontrar com o pessoal no Johnie's, mas meu pai foi bastante claro quando disse que não poderia sair e quando ele fala dessa maneira, dificilmente retrocede em sua decisão. Tudo isso devido a uma prova idiota, como se uma simples prova fosse definir a minha inteligência.
   Eu não ia deixar de comparecer ao Johnie's essa noite, não mesmo. Por mais que seja errado, vou fugir pela janela. É o melhor a se fazer em situações como essa, quando o pai julga o filho por uma simples prova em branco. Já estava vestido para a ocasião e antes de começar a descer pela janela, coloquei alguns travesseiros em baixo da coberta. O difícil de morar em uma casa com dois andares é que complica um pouco fugir, mas dou conta. Depois de sair pela janela, pisei no telhado do andar de baixo, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Mas não creio que terei problemas enquanto à isso porque meu pai já deve ter adormecido enquanto assisti ao programa das dez e a minha mãe deve estar lendo um livro e a concentração que ela usa é difícil de se desprender. Segurei com as mãos na beirada no telhado e desci para o chão. Estava livre para fazer o que quiser, finalmente.
    O bom de se morar em uma cidade pequena é que tudo fica perto. No máximo, uma meia hora nos lugares mais distantes, mas Johnie's ficava perto de tudo e era o melhor lugar para os encontros noturnos. Os pais não proibiam os filhos de irem lá.

Quando cheguei, o lugar já estava cheio. Os caras guardaram uma mesa para nós, bem eficientes. Me juntei a eles, que estavam empolgados para aproveitar a noite.

— Pensei que não viria mais. — Tony ressaltou, reclamando da minha demora.

— A diretora ligou para o meu pai e falou sobre a prova, daí ele me proibiu de sair à noite. — expliquei o motivo do meu atraso.

— Então você fugiu? — Fredy perguntou, abismado.

— Não bobo, imagina. Esse aqui é o gêmeo dele. O Jackson de verdade ainda está dormindo em casa. — Tayler caçoou.

— Você é um chato. — Fredy fez bico.

BEVELLY

Usando a mesma tática das luzes apagadas e a lanterna, Griselda e eu continuamos a ler o livro. Os assuntos inadequados não voltaram a aparecer o que me deixava certa de que estaria próximo. O nome da menina era Bella e o garoto se chamava Danca. Os dois estavam em um belo clima de romance. Ele a convidou para tomar um banho de piscina em sua casa e ela aceitou. Os dois nadaram um pouco e ficaram conversando em um assunto sadio, mas um clima surgiu entre eles e os dois se beijaram, apenas se beijaram. Mas Danca pediu para ver os seios dela. Caramba! Lá vem cena inadequada. Com muita delicadeza, Bella desamarrou a sua parte de cima da roupa de banho e Danca ajudou a tirar o resto e ela ficou exposta para ele, com os seios totalmente de fora e ele os admirou. Gente! Ele levou a boca até eles e começou a passar a língua — senti um arrepio no corpo só de ler isso — Começou a chupá-los igual sem vergonha alguma — Lá estava eu outra vez colocando a mão sobre os lábios e ficando chocada de novo. — Ler esse tipo de livro me faz sentir umas coisas estranhas.

— Acho que já está bom. Podemos parar por aqui. — decidi, falando bem baixinho.

— Você tem razão. Não quero ler rápido, quero consumir cada palavra de pouco em pouco. — Griselda estava fascinada pelo livro. Guardamos ele dentro de uma pasta verde e colocamos dentro da mochila dela.

— Será que todos os casais fazem essas coisas? — acabei introduzindo o meu pensamento em uma pergunta a ela.

— Os que sabem o que é prazer de verdade, com certeza. — ela estava pensante também — Bevelly, você sente alguma coisa estranha quando ler esse livro? — perguntou, interessada na resposta.

Um Romance Nos Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora