Grammy

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Eu estava de frente para o espelho do meu quarto passando a mão no tecido do meu vestido verde escuro tomara-que-caia (o que me deixava um tanto quanto nervosa por ele ser desse modo já que eu estava ciente que eu era desastrada o suficiente pra deixa-lo cair, mas, eu torcia pra que isso não fosse acontecer em uma das noites mais esperadas da minha vida).

Meu cabelo estava solto, a cabeleireira havia feito um penteado onde ele ficaria apenas de um lado do meu rosto, caído no meu ombro esquerdo. A minha maquiagem não estava pesada, era bem delicada por conta de eu ter que parecer uma garota delicada, só o batom que era bem chamativo, uma tonalidade de vermelho sangue.

Uma parte de mim queria deitar na cama e dormir até o dia seguinte, e a outra parte dizia pra eu encarar a minha doce realidade e ir em frente que tudo ficaria bem.

Skylar, não fique com medo. Algo gritava na minha mente.

Eu realmente não deveria estar, porque eu estava ciente de que o Justin estaria comigo, ele não deixaria nada de ruim acontecer.

Eu sentia a minha mão soar de nervoso, eu encarava o espelho e mesmo eu estando realmente bonita, eu me sentia feia, eu me sentia insuficiente para um evento como aquele.

Ouvi duas batidas na porta do quarto.

- Ahm. - Resmunguei um tanto quanto alto, já que a pessoa do outro lado da porta mais conhecida como a minha mãe, respondeu:

- O Justin já chegou, querida.

Soltei um suspiro pesado e fechei meus olhos por alguns segundos, tentando me concentrar que tudo daria certo, que isso tudo estava acontecendo por escolhas minhas e que essa premiação era sim a primeira, porém, não a ultima.

Senti um pequeno sereno bater no meu rosto. Era o vento vindo da janela do meu quarto que estava aberta. Abri meus olhos e a fitei, vendo o sol baixo e quase se pondo.

Fitei o relógio dourado no criado-mudo do lado da minha cama e ele marcava 17 horas em ponto. O Red Carpet começaria as 17:15 horas e seria impossível de eu e do Justin chegarmos no horário marcado no Grammy, já que ele seria em Los Angeles e o transito deveria estar um caos.

Soltei mais um suspiro forte e tomei coragem de dar alguns passos em direção a porta do meu quarto, abrindo a porta e notando que não havia ninguém no andar de cima de casa.

Desci as escadas em passos calmos e quando tive a total visão da sala, avistei Justin de frente pra mim conversando com o meu pai que estava de costas.

Quando Justin notou a minha presença no ultimo degrau da escada, ele deu um passo para o lado e me olhou de cabeça aos pés, abrindo um grande sorriso.

Ele estava lindo! Oh, céus. Ele estava fodidamente lindo.

Ele vestia um terno vermelho de veludo onde estava dobrado na manga até o cotovelo, deixando à maioria das suas tatuagens do braço a mostra. O seu cabelo brilhava e estava alinhado de forma perfeita em um topete, e na sua blusa social branca que estava por baixo do seu terno vermelho estava pendurado um óculos de sol preto. No seu pulso tinha um relógio dourado que brilhava e nos seus pés, um sapato branco que provavelmente deve ter custado a mensalidade da minha faculdade.

Quando meu olhar voltou para o seu rosto, lá tinha um sorriso preso. Não era aquele sorriso forçado, entende? Era aquele sorriso sincero.

O meu sorriso favorito.

Por que ele faz isso? É sério! Isso é tão injusto. Eu duvido que ele passou horas procurando essa roupa, ele deve ter passado mais tempo ajeitando o seu topete na frente do espelho do que procurando ser perfeito, ele não fazia nenhum esforço pra conseguir isso e ainda conseguia.

Daylight - Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora