POV. Skylar
Isso era melhor do que qualquer sonho. Eu juro, eu nunca imaginei que correr tanto atrás do Justin Bieber me resultaria em uma situação como essas. Se eu tivesse certeza que hoje, eu estaria desse modo com ele, eu já teria corrido atrás desde o dia em que ele saiu da porta daquele salão quando eu o vi pela primeira vez.
O meu único medo era o meu pai ver todas aquelas fotos minhas e do Justin no Starbucks estampadas em todos os noticiários do mundo inteiro.
Bufei impaciente quando vi que 90% das manchetes tinha o seguinte titulo:
''Quem é a garota misteriosa ao lado de Bieber?''
Alguns tinham informações fortes dizendo o meu próprio nome, Skylar. Outros, já sabiam até que eu era uma belieber.
É sério, esses noticiários são muito rápidos.
Eu tentei de todas as formas fazer com que o meu pai não ligasse pra mim e arranjasse mais pretexto pra poder me xingar, então, mesmo sabendo que as 16horas o Justin iria vir me buscar pra me ensinar a andar de carro, eu fui pra faculdade.
Juro que tentei de todas as formas fazer com que aquela linda população de futuros médicos e/ou médicos não me olhassem, mas depois do acontecimento do Justin Bieber ter ido na minha faculdade me procurar, é obvio que eu me tornei alvo de cochichos nos corredores da Universidade de Medicina de Los Angeles.
E piorou quando eu entrei na sala e lá estava o Taylor, rindo de alguma coisa junto com um grupo de pessoas também da minha sala, mas assim que notaram a minha presença, fecharam a cara.
Sentei no meu lugar ao lado da Izzie e a ouvi resmungar alguma coisa. Ela estava brava assim como eu. Tentei me concentrar a aula toda no professor e ignorar o Taylor falando pra milhares de pessoas ao seu lado:
- Olha, saiu mais um noticiário dela com o viadinho.
Respire fundo, Skylar! Eles só querem te tirar do sério.
Eu tento entender qual é desse povo toda vez que eles encham a boca pra falar mal do Justin Bieber. Por que se incomodam tanto com o garoto? Parece que a sociedade criou uma imagem diferente dele, o oposto do que ele é. E nunca vai adiantar eu abrir a minha boca pra falar o quanto bom o artista ele é, o quanto ele doou pra uma instituição, porque cuspir em fãs - sendo que isso é mentira -, fumar maconha e pichar muros é algo ainda pior.
Como se não estivesse pessoas piores que um garoto de 20 anos que faz isso tudo. Eles dão atenção para o Justin e esquecem que tem menino de 15 que mata, rouba e estupra. E ninguém se importa.
Porque é claro, é mais interessante se importar com o artista teen. Até porque o sucesso incomoda.
Tentei me manter concentrada na aula e no que vinha mais tarde: ver o Justin. E ignorei todos os cochichos e sussurros do meu lado.
Não vou dizer que passar por uma situação dessa é fácil, porque não é. Mas conviver com o Justin Bieber, apesar de ser algo pouco e raro, era algo que recompensava qualquer brincadeirinha de mal gosto vindo dos outros. Até porque eles são os outros, e eu conhecia o meu ídolo o suficiente pra saber o quão coração bom ele é.
Eu fiquei até a penúltima aula que acabou as 15 horas. As 16 horas o Justin passaria em casa e eu não poderia me atrasar.
- Você já vai? - Izzie perguntou enquanto eu pegava a minha bolsa. Me aproximei dela.
- Sim. - Disse, olhando para os lados e depois a fitando. Continuei, agora, sussurrando: - O Justin vai passar em casa as 16 horas.
- ESTÁ BRINCANDO?
- Não. - Ri fraco. - Ele vai me ensinar a dirigir.
- SKYLAR! Não acredito.
- Nem eu. - Mordi meus lábios.
- E se o seu pai souber?
- Não tem o que fazer. O Justin está fazendo bem pra mim. Eu não estou faltando da faculdade, nem nada.
- É, realmente. Mas cuidado.
- Pode deixar. Você vai embora agora?
- Não. - Ela respondeu. - Vou ficar pra aula de Antropologia. - Ela revirou os olhos.
É uma matéria muito chata.
- Tudo bem, depois você me passa o que o professor deixou.
- Pode deixar. - Ela sorriu, se levantando e me abraçando. - Juizo, quando voltar me liga. - Ela sussurrou no meu ouvido.
- Ok. - Disse, abrindo um sorriso.
Me distanciei dela e dei um sorriso, saindo em direção a porta da sala. Andei pelos corredores em direção a saída da faculdade e chamei o primeiro táxi que passou, pedindo que me levasse a destino de casa.
Eu fui o caminho todo vendo pela janela daquele carro milhares de automóveis passarem ao meu lado, prédios, pessoas se movimentando em passos rápidos, casais atravessando a rua, velhinhos sentados em bancos das praças. Incrível, mas tudo me parecia tão bonito.
Sorri de canto só de me dar conta desse pensamento.
Eu só acordei pra realidade quando o taxista me chamou dizendo que havia chegado. Lhe entreguei a quantia de dinheiro e lhe agradeci, saindo do automóvel. Assim que eu bati a porta do seu carro, levei um susto quando vi a famosa Ferrari com estampa de oncinha estacionada na frente de casa.
Juro que se fosse qualquer Ferrari normal, eu teria minhas duvidas em ser o Justin, mas com aquela estampa um tanto quanto chamativa e gay, não precisava nem falar.
Fui andando até a porta de motorista da Ferrari que estava com aquele vidro preto fechado. Vi o meu reflexo ali e ele foi sumindo quando o vidro começou a ser abaixado, e, em seguida, tive a visão completa do Justin dentro daquele automóvel. Com aquele sorriso estampado no rosto.
Ele usava um óculos de sol, seu cabelo estava alinhado de forma perfeita em um topete. Eu juro, seus fios dourados até brilhavam. Mesmo ele usando aquele óculos eu tinha certeza que ele estava olhando pra mim, já que ele assim como eu, não tirava se quer aquele maldito sorriso maravilhoso do rosto.
Até o final dessa vida eu ainda morro com esse sorriso.
- Oi Skylar. - Ele me cumprimentou ainda dentro do carro, apenas com o vidro aberto e me fitando.
- Oi Justin. - Falei, também com um sorriso nos lábios.
Ele riu fraco e passou, preguiçosamente, a língua em seus próprios lábios, molhando-os.
Eu juro que vi essa cena em câmera lenta e eu queria dar reply mil vezes, tão lindo e sedutor que ele estava.
- Sentiu saudades? - Ele perguntou, mordendo seus lábios em seguida.
- Vou mentir se dizer que senti. - Brinquei.
- Ah, só porque eu iria dizer que senti, mas agora não posso mostrar o fraco da relação.
Fraco da relação.
- Então, tudo bem, eu confesso, senti. - Falei e ele riu, assentindo.
- Ótimo, porque eu também senti saudade. - Ele confessou e eu senti meu coração disparar ainda mais.
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Daylight - Justin Bieber
FanfictionSinopse: Seja mais calma e paciente, não desista assim tão fácil. Sua voz ecoava no meio das diversas outras que gritavam pelo meu nome na frente de um hotel ou na plateia de um show, mas você foi a única que teve a oportunidade de me fazer mudar...