Damn you

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Era obvio que eu escolheria contar tudo a ele, eu nunca o deixaria pedir que o Justin entrasse naquele inferno por escolhas minhas, eu queria o proteger de toda aquela situação.

- Eu te conto tudo. - Falei e ele pareceu surpreso, me olhando com as sobrancelhas erguidas. - Mas com uma condição.

- Hum?

- Você vai ter que me soltar depois. - Disse e ele assentiu.

Ele puxou uma cadeira e se sentou. Do seu bolso ele tirou um gravador. É sério que ele faria isso? Que absurdo!

- Eu vou ter que te contar tudo enquanto estiver amarrada? Você não pode me soltar? - Perguntei fazendo uma careta. Os meus pulsos doíam por conta do aço das correntes e pareciam que eles iam rasgar a minha pele.

- Não vou te soltar, Skylar. - Ele disse friamente, como se nada daquilo tivesse tanta importância. - Pode começar, o gravador já se iniciou a contagem.

Engoli seco e assenti.

- Eu conheci o Justin na festa que o meu pai resolveu dar já que eu havia passado na faculdade de Medicina. Eu já o conhecia antes, é claro, eu sempre fui sua fã e aquilo provavelmente foi um presente que o meu pai havia me dado, e junto disso veio a noticia que ele produziria o novo cd do Bieber, uma surpresa enorme pra mim já que eu me mudaria pra Los Angeles dentro de alguns dias, então, ele e a minha família, incluindo a minha mãe e a minha irmã tiveram também que se mudar pra Los Angeles, já que ficaria mais fácil e tudo mais perto do Justin e do estúdio. - O pai do Fabrizio segurava o carregador em suas mãos enquanto me olhava, notando cada palavra saia da minha boca. Tentei me manter concentrada nelas pra não errar nenhuma parte e tentar esquecer-se da dor que eu sentia. - Eu acabei me aproximando de Justin.

- Como? - Ele perguntou, me cortando.

- Ele sabia que eu era sua fã, foi tudo por acaso, a gente conversou durante algumas horas no dia da festa e depois nos encontramos no condomínio enquanto eu estava andando com a minha irmã pra conhecer.

- Eu vi esse dia, foi na frente da casa dele?

- Sim. - Respondi, erguendo as sobrancelhas.

- Hum. - Ele revirou os olhos. - Continua.

- Naquele dia eu passei a noite com ele. - Quando eu disse isso, a sobrancelha do pai do Fabrizio ergueu. - Não, não digo de... sexo. Foi uma noite amigável, apenas. Ele me mostrou a mansão, e jantamos junto com a minha irmã.

- Rolou alguma coisa?

- Nada. - Respondi e ele assentiu. - Mas depois daquele dia começamos a passar mais dias juntos, fazer mais coisas juntos.

- Que coisas?

- Pichamos a sua pista de skate, ele me ensinou a andar de skate também, conheci suas salas de jogos, jantei em sua casa e assistimos filme.

- E quando foi que aconteceu algo entre vocês?

Mexi a corrente do meu braço, um pouco incomodada com todas aquelas perguntas.

- Nesse dia que assistimos o filme.

- Ele que te beijou?

- Isso faz diferença? - Perguntei.

- Faz! Se eu estou te perguntando, é porque faz. Não estou dizendo pra você me fazer perguntas, estou mandando você responder.

Assenti.

- Sim, ele que me beijou.

- Vocês transaram?

- Nunca.

Daylight - Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora