Você é meu tchan.

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#EstranhoHeroi

JIMIN

Às vezes as decisões que tomamos podem melhorar nossa forma de viver, e às vezes podem piorar. Minhas decisões já não vêm dando bons resultados como de costume, isso me faz questionar todas as noites sobre o porquê. No fim eu entendi. Eu não deveria mais ir contra aquilo o que eu quero.

E é por isso que hoje eu acredito na lei de Murphy.

Um mês atrás

Chicago, refeitório da escola

Passei noite anterior acordado com a imagem daquele garoto brigando uma senhorinha rodando em minha cabeça. Quantas senhoras aquele garoto idiota já confundiu com assaltantes por aí? O mínimo que seus pais deveriam fazer, seria colocá-lo em consultas com um psicólogo.

Eu estava preocupado com algo irrelevante para mim naquele momento. Os Strangers discutiam sobre o tão esperado show com Panic! At the disco. Nosso sonho estava se realizando aos poucos, e todos nós estávamos felizes.

O clima na banda não estava um dos melhores com o termino meu e do Ezra, ele não parecia estar abalado, mas eu... eu queria socar a cara dele até meus anéis quebrarem.

Brincadeira.

A única coisa que me incomoda é ele não ter dito o porquê do término, mas eu já tinha uma ideia. E isso deixou tudo pior.

— Vou comprar algo 'pra beber, vocês querem? — Ezra perguntou e todos negaram com a cabeça.

— E tem gente na nossa mesa... — Taehyung disse, sorrindo e esfregando suas mãos. — É o gatinho. Vamos.

Antes mesmo de ele prosseguir, segurei seu braço e o virei para mim. Era outro idiota, mas ainda assim é meu melhor amigo. Eu não lhe disse nada, apenas o puxei para trás e olhei para nossa mesa.

O garoto Min Yoongi estava ali, desviando o olhar de nós a todo instante, à sua frente estava outro garoto com muito cabelo e atacando o próprio prato de comida. Estranhei, ele não parecia ser da caridade.

Caminhei com passos lentos até a mesa junto ao Taehyung e pousei logo atrás do cabeludo. Eu podia, sim, me sentar ao seu lado e chamar meus amigos, mas eu não queria, não estava afim.

— Esse lugar é nosso.

Ele parou e soltou sua refeição com tanta paciência que pude sentir inveja. Em seguida riu soprado, levantou-se e virou-se para mim.

Antes de qualquer coisa eu o olhei bem, cada traço de seu rosto, e fiquei assustado. Seu nariz, olhos e boca pareciam familiares. Por mais que eu sentisse que o conhecia, eu não conseguia lembrar de onde.

Seu sarcasmo e ignorância me tirou dos devaneios em segundos. Cada palavra que ele proferia me causava vontade de atormentá-lo, sua voz era irritante, suas expressões eram irritantes, ele era um idiota.

Depois disso, fiquei confuso, de todas as formas. Ele me irritava, mas eu não queria brigar. Ele me irritava, mas ainda assim era bonito.

Com o tempo eu fui prestando atenção em sua voz, ela não me parecia estranha.

Sai daquele lugar quando Ezra resolveu se mostrar, entrando em mais uma briga, tudo aquilo me irritava.

As horas se passaram e fui para o meu armário com minha guitarra em mãos, eu precisava pegar uma coisa lá dentro, só que ele não queria abrir. A tranca emperrou e os números do cadeado não rodavam de forma alguma. Tentei encostar a guitarra na parede, mas ela sempre tombava para o lado. Eu surtaria se ela caísse e quebrasse.

Golden Spider • jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora