10=Alex

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      A viagem tinha sido muito cansativa. Uma semana procurando Lycans ou Vampiros que quisessem se juntar a nós contra o exercito do Marius. Mas apesar de todo o cansaço tínhamos conseguido 40 novos Lycans e 20 novos Vampiros.

    Quando chegamos finalmente em casa Khan levou os novatos para conhecer o castelo, os responsáveis pelos treinamentos e divisão de trabalhos.

    Eu e Eve subimos para o nosso quarto (sim estamos dividindo um quarto agora), para tomar um banho e depois ir conversar com a Selene sobre os acontecimentos de nossa viagem e as novidades também.

    Andamos por aquele castelo por uns vinte minutos até que descobrimos que a Selene estava junto com o David na enfermaria. Mas por que eles estavam lá? Será que alguém estava doente ou tinha se machucado?

   Só tinha um jeito de descobrir, indo até a enfermaria.

   --Mãe. -Eve a chamou assim que viu a Selene quando chegamos na enfermaria.

    --Eve finalmente vocês voltaram. -Selene falou abraçando a filha.- Alex tudo bem?

    --Tudo na mais perfeita ordem. -eu disse para ela.- David aconteceu alguma coisa, você está me olhando estranho?

   --É mãe. Por que vocês estão na enfermaria? -Eve perguntou com um tom preocupado.- Alguém está doente ou se machucou?

    --Mais ou menos isso mesmo Eve. -David falou um tanto quanto misterioso.

    --Será que alguém pode me dizer o que é que está acontecendo? -eu perguntei começando a ficar preocupado.- Não me diga que alguém morreu? Foi alguém dos Lycans?

    --Pode ficar calmo Alex ninguém morreu, está doente ou se machucou. -Selene me acalmou.- Na verdade alguém que pensávamos que estava morto, não estava.

    --Mãe você não está sendo clara. -Eve falou olhando para mim.

    --Há dois dias Jared e Jensen estavam fazendo a ronda do lado de fora dos muros, naquela parte que estava sedendo. -David explicou.- A terra cedeu e o Jensen caiu em um buraco.

   --Ele está bem? -Eve perguntou.

    --Esta ótimo. -Selene respondeu, mas ainda parecia nervosa.- Mas ele encontrou um caixão enterrado ali e tinha uma pessoa que estava dessecada lá dentro.

    --Então essa pessoa estava cumprindo um crime terrível para receber esse tipo de castigo. -eu disse para ela.- Mas ainda não entendo isso, na época em que eu nasci isso era supernormal. Por que vocês estão nesse estado?

    --Porque acreditamos que essa pessoa não cometeu nenhum crime que merecesse tal punição. -Selene nós explicou. 

    --Esta querendo me dizer que essa pessoa está a anos enterrada viva e não mereceu isso? -Eve perguntou indignada.

     --Sim é isso que nós estamos dizendo. -Selene respondeu a filha.

     --Mas vocês sabem quem é essa pessoa? Ou o porquê dela ter sido condenada? -eu perguntei para eles.

    --Nós sabemos Alex. -David disse e olhou para a Selene como se pedisse ajuda para me contar.- Você é o responsável pela condenação dela.

   --Como é que é? -eu perguntei sem entender nada.- Como isso seria possível?

    --Porque é a sua mãe, Alex. É a Sônia. -quando a Selene disse aquelas palavras eu fiquei completamente tonto com a informação.- Ela não morreu, ela foi enterrada viva.

   Nesse momento tudo ficou preto e eu caí de joelhos no chão com lágrimas no olhos.

    Minha mãe passou 6 séculos enterrada porque eu sou híbrido. Porque sou filho de um lycan.

   --Como ela esta? -eu perguntei depois que finalmente parei de chorar.

    --Esta bem. -David respondeu.- Mas para que ela se recupere bem os médicos a colocaram em coma. Você quer vê-la?

    --Quero. -eles me deixaram passar e eu entrei na porta que estava atrás deles.

    Ela estava deitada na cama como se fosse a branca de neve ou bela adormecida só a espera do seu príncipe encantando para acorda-la com um beijo.

    Fui até a cama dela e me sentei ao seu lado. Peguei sua mãe e me lembrei das vezes que ela fazia carinho em mim com aquelas mesmas mãos tão fortes, mas ao mesmo tempo tão delicadas. E eu lembrei de todas as vezes em que senti a sua falta e em todas as vezes em que chorei pela sua morte.

    --Mamãe. Ah minha linda mãe como eu senti a sua falta. -então eu caí no choro de vez.- Por favor me perdoe. Me perdoe por toda a dor quer te causei.

   Ela apertou a minha mãe como se indicasse que estava me ouvindo e foi aí que cai nas lágrimas de novo e deitei minha cabeça em seu colo.

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