11= Eve

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     Os dias passavam bem calmo aqui no castelo. Os novatos estavam se adaptando bem. Lycans e Vampiros treinavam juntos e trabalhavam juntos.

    Minha mãe e David estavam se aproximando ainda mais, na verdade, eles faziam quase tudo juntos agora. Mas eu ficava preocupada com essa aproximação.

    David é apaixonado pela minha mãe a alguns anos e isso ainda não mudou, mas meu medo é que ela nunca possa retribuir esse amor e isso acabe magoado ele. Mas o que eu posso fazer no momento é apoia-los.

    Sonya ainda estava inconsciente, mas os médicos não davam mais remédio para mantê-la em coma, agora era questão de tempo para ela acordar.

    Alex não saia do lado da mãe para quase nada, ele ficava esperando ela acordar.

    --Alex. Alex. -eu disse acordando ele que dormia na poltrona ao lado da mãe

    --Aconteceu alguma coisa? -ele logo olha para a mãe.

   --Não ela ainda está dormindo. -eu disse para ele.- Mas estão te esperando na área de treino, precisam de você para alguma coisa.

   --Esta bem, eu vou lá. -ele se levantou e foi dar um beijo na testa da mãe.

    --Qualquer novidade eu chamo você, juro. -eu disse e ele me abraçou.

    --Obrigado por está do meu lado nesse momento.

    --É para isso que as namoradas servem e não apenas dar uns pegas.

    Ele sorriu do meu comentário e saiu do quarto. A Sonya é uma mulher muito bonita, dá para entender porque o Lucian se apaixonou por ela.

    Peguei a poltrona onde o Alex estava dormindo e puxei para mais perto da cama.

    --Você não imagina o quanto seu filho é especial. -falei mais para mim do que para ela.

    --Na verdade eu imagino sim. -eu levantei a cabeça e a Sonya olhava para mim.

    --A senhora acordou, vou chamar o Alex, ele vai ficar tão feliz. -eu me levantei, mas ela segurou minha mão.

    --Não chama ele, não. -ela disse e eu voltei a sentar.- Estou acordada já faz um tempo, estava olhando ele dormir, então você entrou e percebi que ele tem trabalho. Daqui a pouco você chama ele.

    --Como a Senhora desejar. -eu respondi.

    --Que lugar é esse?

   --A enfermaria do castelo do Clã do Leste. --sua feição mudou de passiva para assustada

   --Eu tenho que sair daqui. -ela tentou levantar, mas ainda estava fraca.- Viktor não pode me pegar.

    --Senhora fica calma. -eu disse para acalma-la.- Viktor não pode te fazer mal, ele já morreu. Todos os anciões morreram.

     Ao ouvir aquilo ela parou de tentar fugir de mim e finalmente se acalmou.

     --Quem é você? -ela perguntou.

     --Eve Corvin. -eu respondi.

    --E é namorada do meu filho? -ela perguntou e eu respondi que sim.- Porque precisam do meu filho na área de treinamento.

    --Especificamente eu não sei, mas se chamaram ele é para tomar alguma decisão importante.

    --Por que?

     --São seis séculos de história, mas em um resumo, depois da morte dos Anciões as coisas começaram a mudar e hoje o castelo do Leste abriga tanto vampiros quanto Lycans.

     --Mas ainda não entendi porque precisam do meu filhos.

      --Ele é o líder dos Lycans aqui, está no lugar do meu pai.

      --Entendi, mas por direito a liderança não é sua?

      --Seria, mas sou a general dos vampiros e a segunda na linha de liderança de todos os vampiros.

      --Espera um minuto, você é Lycan e lidera os vampiros?

      --Não. -eu sorri.- Eu sou híbrida como seu filho. -mostrei meus olhos para ela.- Meu pai era líder dos Lycans e minha mãe é anciã dos vampiros. Então como eu não poderia assumir os Lycans, meu pai escolheu o Alex como seu sucessor.

     --Agora entendi. -ela disse.- E também entendo porque meu filho gosta de você.

     --Eve. Onde você está? -escutei minha mãe me chamando.

     --No quarto da Sonya. -eu respondi e um minuto depois ela apareceu.- Ela acordou.

     --Ainda bem. -minha mãe disse sorrindo.

    --Sonya essa é minha mãe Selene, primeira anciã. -eu disse para ela.- E mãe acho que não preciso apresentá-la

    --Não filha. -minha mãe foi para o outro lado da cama da Sonya.- É um prazer conhecê-la. Bem vinda ao clã do leste.

    --Acho que eu devo agradecer por ter cuidado de mim e do meu filho.

     --Não é necessário, Alex é um de nós e você também, é muito bem vinda.

    --Vocês sabem o que aconteceu com o Lucian? -ela perguntou do nada.

    --Ele morreu. Sinto muito. -minha mãe disse e percebi que ela estava se lembrando do meu pai.- Queria ter conhecido ele.

    --Pode me contar como ele morreu? -Sonya chorava.

     --Claro. -minha mãe respondeu.

     --Vou deixar vocês conversarem, enquanto isso vou buscar o Alex, prometi chamá-lo.

     --Okay filha. Ele está na floresta ajudando o David.

     Eu saí do quarto e fui chamá-lo.

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