C i n c o

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Pov. Allan Delyon.

Algumas horas antes na 10ak Club.

    - Me explica mais uma vez porque não podemos simplesmente deixar seu pai contar a verdade pra garota e nos casar o quanto antes?- Perguntei enquanto rodava de um lado ao outro numa sala privativa do Clube, Bryan  estava com as mãos na cintura de Maddie de forma protetora.
       - Eu achei que fosse ser mais fácil, más não é,  eu passei a amá-la e a aceitei como irmã mais velha, não posso fazer isso com ela.
        - Se você não quer fazê-la sofrer, sinto lhe informar que o único jeito de você fazer isso é levando ela de volta para sua vida no Brasil e aceitando o fato de que será minha esposa.
       - Eu faria isso, juro que pela Hanna  eu faria esse sacrifício,  más infelizmente eu não posso mais ajudá-la.
        - Por que? Droga! -Exclamei já sem paciência.
        - Maddie está grávida Allan, grávida de um filho meu. -Bryan quem respondeu e eu finalmente entendi a situação.  Tentei me acalmar.

        - Sabe que ela vai descobrir a verdade um dia, e isso a magoara quando ela descobrir, mentir vai ser pior.
         - Você pode mudar isso Allan, você não precisa a obrigar a se casar com você.
         - E  o que você pretende que eu faça pra isso não acontecer?
        - Conquiste -a,  faça ela se apaixonar por você.
        - Isso tem pouquíssimas chances de acontecer, você sabe não é ?
        - Me prometa que vai tentar,  Hanna merece isso, ela merece se apaixonar,  merece conhecer o amor, ela não tem ninguém por ela a não ser você agora Allan, faça ela feliz.

        - E se eu não conseguir?
        - Se você não conseguir, em 3 meses, conte a verdade e se case com ela. Más me prometa que vai tentar!

       - Isso é loucura, tenho apenas um ano pra ter um herdeiro e você me pede mais 3 meses!
        - Confia em mim Allan, há 3 anos atrás eu te prometi que daria um jeito de nos livrar desse casamento,  e eu cumpri, nao será mais obrigado a se casar com a mulher do seu irmão, confie em mim só mais dessa vez.

         - E o seu pai?
        -  Ele já sabe do combinado, ele não contará nada pra Hanna antes dos 3 meses, e se nosso plano der certo ele jamais contará a verdade a ela, pois essa foi uma promessa que ele fez pra mãe de Hanna.
       

         ***********************

P

    Estava em frente ao West Side,  sentei em um banco e estava esperando ela sair. Tirei um cigarro da carteira e comecei a fumar, eu quase nunca fumava,  só o fazia quando estava extremamente nervoso, e era o meu caso agora.

     Vi quando ela saiu da estação,  parecia desnorteada,  se encolheu em seu sobretudo e ficou parada por um tempo,  por incrível que pareça ela se aproximou do banco e se sentou ao meu lado, um pouco afastada. Ela chorava baixinho e isso só tornava as coisas mais difíceis para mim.

       - Eu sempre achei que a minha vida era uma droga, más hoje eu tive certeza disso!- Ela começou a desabafar, acho que pensou que eu não entenderia seu idioma.
  
Esperei ela contar como tinha sido deixada ali para finalmente falar.

       - Eu sinto muito. -Ela me olhou um pouco assustada quando a respondi em seu idioma.
        - Você fala o português!
        - Não tão bem quanto você,  más sim, eu falo.
       - Me desculpe o desabafo, achei que você não estivesse entendendo nada, se bem que você poderia me avisar que estava entendendo!

        - Primeiro não precisa se desculpar,  segundo, você chegou despejando tudo, não me deu nem tempo de te falar nada.
       - Você está certo, deve me achar uma idiota né?
      - E porque eu acharia?
      - Não sei, eu estou me sentindo uma idiota agora.
     - Você não é idiota, a propósito,  sou Allan. -Estendi minha mão,  eu já tinha apagado o cigarro, assim que ela começou o desabafo.
       - Hanna. -Ela aceitou minha mão e sua mão estava gelada,ela deveria estar com muito frio.
      - O que você pretende fazer?
     - Vou ficar aqui esperando a estação abrir por 2 horas e pegar um metrô para o hotel,  buscar minhas coisas e voltar pra casa.

Allan DelyonOnde histórias criam vida. Descubra agora