Hanna.
Abri os olhos e tentei me lembrar de onde eu estava. Não demorou muito até meu cérebro gritar um nome.
Allan! eu estava com ele, acho que acabei dormindo no carro. Mais que de pressa levantei e apalpei meu corpo, parecia intacto, meu vestido e o sobretudo continuavam ali, até mesmo as minhas botas, isso era um bom sinal, Allan era mesmo uma cara confiável, caso contrário eu teria sido violentada na noite anterior.
Eu estava em um quarto pequeno, porém confortável, tinha um cama box de casal pequena e uma mesa de cabeceira, um guarta roupa médio na mesma cor da cama e da mesinha, as paredes eram pintadas em um tom marfim que exalava riqueza. Notei uma portinha e a abri revelando um banheiro pequeno, porém ainda assim muito charmoso. Do lado da cama estava minha mala e bolsa, decidir tomar um banho e trocar de roupa antes de procurar por Allan.
Depois do banho me senti mais confortável, vesti uma jeans escura e uma blusinha soltinha, precisava dar um jeito na minha vida, más ainda não sabia por onde começar. Sai do quarto e me deparei com uma mansão incrível, Allan não era muito esperto por trazer uma completa estranha pra essa mansão.O encontrei sentado no sofá enquanto brincava com um controle em sua mão.
- Bom Dia!
- Bom Dia. - Ele pareceu se despertar de algum pensamento quando me aproximei, deu um leve sorriso que foi capaz de me fazer se sentir acolhida.- Desculpe por te dar tanto trabalho, podia ter me acordado ontem. - Ele dispensou minhas desculpas e se levantou do sofá, estava vestido apenas um xort jeans claro e uma regata branca, não deixei de notar o quão definido eram seus músculos, más o que me chamou mais a atenção foi que todo seu braço e as partes do pescoço que a camisa me permitia ver, eram cobertas por tatuagens, inclusive a parte de cima de seus dedos, ele parecia um maldito caderno de desenho sexy pra caralho!.
- Vamos tomar o café da manhã. - Ele me guiou pra uma sala de estar que já estava devidamente arrumada, e devo admitir que nunca vi tanta fartura em apenas um café da manhã.
Comi um pouco, não costumava sentir muita fome quando estava em situações estressantes, e aquela com certeza era uma situação estressante. Maddie tinha me abandonado em plena Nova Yorque.- Eu tenho um vôo hoje a tarde! - Acho que acabei assustando Allan, ele me olhou como se eu fosse maluca, porém continuei me explicando.
- Hoje voltariamos para o Brasil, Maddie tinha comprado nossas passagens para hoje a tarde! - Nem pedi licença, apenas sai da mesa e corri para onde minha mala estava, revirei minha bolsa, a mala e não encontrei nenhuma passagem, nem mesmo meu passaporte estava lá.
- Está tudo bem? - Allan apareceu na porta do quarto e me olhou com certa piedade.
- Eu preciso ir ao aeroporto, eles devem ter uma forma de puxar no sistema minha passagem.- Allan me olhou por mais um tempo, parecia absorver minhas palavras.- Hoje é domingo, meu dia de folga, posso te levar lá se quiser.
- Não se preocupe Allan, você já me ajudou muito, estou em dívidas eterna pelo que já fez por mim. - Droga! Eu não tinha dinheiro, nem cartão de crédito e nem sabia falar inglês, eu estava totalmente perdida. Me sentei na beira da cama e passei as mãos sobre meu rosto tentando espantar o medo que me assolava e me fazia querer chorar como uma criança que se perde dos pais em um super mercado. Espantei as lágrimas, chorar não resolveria nada.- Me deixe te ajudar, eu não queria mesmo passar o domingo em casa. - Eu não queria ser um peso para ele, más infelizmente eu precisava da sua ajuda.
- Obrigada! -O surpreendi com um abraço e ele permaneceu estático por um tempo, até que retribuiu, devo estar mesmo muito carente pois o calor dos abraços de Allan me fez se sentir "segura", como se nada de mal pudesse me acontecer quando ele estava por perto. Me afastei meio constrangida e esperei que ele fosse se trocar para me levar ao aeroporto.
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Allan Delyon
FanfictionAllan Delyon, 29 ano, CEO da "Delyon Association", pelo menos assim era como a mídia o conhecia, escondendo segredos perigosos da Família que faziam da sua empresa de Advogados renomados apenas uma fachada para o verdadeiro negócio de família. Os...