Bom Finalzinho de tarde a todos... Capítulo sem Revisão
Hanna
Olhar meus filhos dormindo tranquilamente na cama era reconfortante, a cena macabra de duas semanas atrás não saia da minha cabeça, e pensar que hoje eu poderia não tê-los mais aqui por ganância e maldade dos outros, era de cortar o coração, eu não me via mais sem ele, ainda não sabia bem como resolver as coisas da minha vida conturbada, más eu tinha uma certeza, eu não sairia de perto dos meus filhos de forma nenhuma.
- Até que é confortável o seu apartamento, eu poderia me acostumar. - Olhei na direção da porta e Allan estava ali, usava uma camisa social, calça e tinha o cabelo perfeitamente alinhado, nem parecia que acabava de chegarde um longo dia de serviço. Depois do ocorrido fatídico na mansão dele, decidi que não ficaria naquela casa nem que me obrigasse, então ele me seguiu até o meu apartamento, eu não conseguia esquecer aquele dia mesmo longe, imagina se eu continuasse a entrar naquele quarto dos bebês, toda vez que eu olhasse pro chão eu veria o corpo de Marko ensanguentado ali.
- Também gosto daqui, é aconchegante.
- Vamos tomar um banho? - Allan perguntou se aproximando de mim, por mais que ele já tenha me ferido muito, eu não podia negar o quanto sua presença mechia comigo.
O acompanheo no banho e por sorte nenhum dos meninos acordaram durante o processo.
- Eu te trouxe um presente. - Ele apontou para a cama e nela tinha um embrulho que antes eu nãotinha reparado.
- O que é? - Perguntei receosa, ele nunca tinha me dado presentes antes e a essa hora da minha vida eu esperava por tudo de muito bom ou muito ruim.
Porém, ao abrir o embrulho me deparei com algo inesperado, sobre a caixa aveludada estava um lindo vestido, mesmo sem entender o tirei delicadamente da caixa, era rosê de um tecido delicado e brilhoso, seu formato era justo ao corpo com um decote avantajado e finas alças, acompanhado de um rachado longo que ia até o meio da cocha, era de longe o vestido mais lindo que eu já tinha visto, deveria ter custado uma fortuna.
- Allan... é lindo e eu não sei nem o que dizer, más...
- Só diga sim, diga que aceita ir jantar comigo hoje. - Antes mesmo de eu terminar minha fala ele me interrompeu me pegando de surpresa com sua proposta, um jantar?!
- Não dá, nem tem como deixar os meninos aqui sozinhos e eles não nos dariam trégua. - Margô e Alícia tinha voltado para a fazendo, pois meu apartamento era pequeno demais para todos.
- Só me diz que sim que eu dou um jeito em tudo, por favor. - Olhei em seus lindos olhos azuis suplicantes e o que dizer?!
- Eu... Não posso Allan, não vamos complicar as coisas.
- É só um jantar, eu sei que você está com fome, será bom ter um tempo só pra gente, você vai ver. - Meneei a cabeça Ainda insegura em responder o contrário.
- Por favor, você quer que eu ajoelha?! - Ainda de toalha ele fez menção em ajoelhar, porém eu o impedi.
- Não precisa, é só um jantar certo? - Ele concordou que sim com a cabeça. - Então eu vou, porém gostaria muito de saber o que faremos com nossos anjinhos!
- Obrigada, só confia em mim, eu já cuidei de tudo, vou deixar o quarto pra você se arrumar, irei me trocar na sala. - Allan saiu ainda enrolado na toalha e eu o segui com os olhos desconfiada.- Sem paranóias Hanna, o que pode dar errado? É só um jantar! - Tentei convencer a mim mesma assim que estive a sós no quarto, se os bebês estivessem acordado, certamente pensariam que a mãe deles era louca, e talvez ainda estivessem certos.
Me olhei no espelho e apaixonei pela mulher refletida nele, apesar de tudo que eu já tinha passado, todas as mentiras que me contaram, todas as vezes que pessoas tentaram me humilhar, eu continuava ali, em pé, cansada porém plena, firme e pronta pra enfrentar tudo de novo se fosse preciso e de cabeça erguida. Eu sou Marabilhosa pra caralho! - Não consegui evitar esse pensamento, más era assim que eu me sentia. O vestido com a cor delicada me fazia parecer mais jovem, enquanto os detalhes picantes me faziam se sentir sexy e poderosa. Com esse pensamento decidi caprichar na maquiagem. E no final eu amei ainda mais o meu resultado, deixei meus cabelos soltos atrás da orelha para destacar a maquiagem do rosto, e a sandália prata me dava ainda mais confiança.
- Eu sou incrível! - Sorri para meu reflexo no espelho e quando finalmente sai do quarto eu sabia que eu estava maravilhosa, não seria preciso elogio de um homem para que eu me sentisse assim, por poucas vezes em anos, eu me arrumei para mim, e o que mais me encantava era que eu estava completamente apaixonada pela mulher que eu era.
Na sala, para minha surpresa ao invés de Allan, estava Alícia e Margô conversando no sofá, sorri ao saber que elas quem ficariam com meus pequenos, uma preocupação a menos.
- Você está incrível querida. - Margô se levantou me abraçando, eu não seria capaz de odiá-la nunca.
- Obrigada, senti sua falta.
- Você é uma mulher incrível, e o cara que perder você irá se arrepender eternamente. - Alícia comentou e não pude deixar de gargalhar concordando com ela.
- Obrigada por virem, estou mais aliviada agora que sei que vocês quem ficarão com os meninos. - Nos sentamos e eu me perguntei se Allan estaria terminando de se arrumar no quarto de hóspedes onde dormíamos. Porém antes de eu perguntar, a campainha tocou, olhei para Alícia e Margô porém elas pareciam alheia ao meu olhar desconfiado, eu não estava esperando visitas, quem poderia ser.
- Vocês estão esperando alguém? - Questionei e elas fizeram que não com a cabeça. Caminhei até a porta e tentei ver quem era pelo olho mágico, porém só consegui ver flores??? Mesmo receosa eu abri a porta.Minha boca se abriu em um sorriso assim que descobri quem era, por trás de um imenso buquê de rosas vermelhas estava Allan, sob um terno devidamente alinhado que deixava destacado os músculos do seu corpo, ele estava maravilhoso, e o cheiro que vinha dele me fez ter vontade de jogar aquele buquê longe e o arrastar para o quarto, porém eu me contive. Acompanhei seu olhar pelo meu corpo e apenas o olhar dele já acendia as chamas em mim. "Essa noite será longa" pensei.
- Nossa, eu estou sem palavras, sei que você sabe o quanto é maravilhosa, más irei repetir, você está Maravilhosa e eu me sinto honrado por te levar para jantar essa noite. - Pela primeira vez eu via o Allan Delyon aparentemente nervoso, ele que era sempre confiante, parecia um adolescente no seu primeiro encontro. Sorrindo o dei passagem para entrar, porém ele pediu apenas que eu guardasse o buquê e voltasse para irmos, e assim eu fiz, coloquei o buquê em um jarro com água e me despedi dos bebês que já estavam no colo da avó e da Bisa.
Eu não deveria ter ficado surpresa quando em frente ao meu apartamento estava um limusine preta nos esperando, porém eu fiquei. E quando o veículo parou em frente ao restaurante The Palm eu agradeci mentalmente por estar tão maravilhosa, era o restaurante das celebridade, um dos lugares mais requintado de Nova York.
A reserva no nome do senhor Delyon era para um lugar fora do salão proncipal, passamos pelos cliente chiques no salão e o gerente nos guiou pelo elevador até a cobertura do prédio, assim que o elevador abriu as portas revelando a cobertura, eu soube que aquilo estava longe ser apenas um jantar, como Allan havia dito.
A cobertura estava toda sofisticadamente decorada, com luzes vermelhas e rosas que deixavam o ambiente romântico, tinha sofás espalhados pelo ambiente e no centro uma mesa posta com duas cadeiras.
- Você gosta de jantar em silêncio ou aceita uma música senhorita? - Tirei meus olhos de encantamento do lugar e encarei o gerente que falava comigo.
- Uma boa música seria ótimo. - Respondi imaginando que ele ligaria um som, porém ele fez sinal com as mãos para um canto afastado que eu nem tinha reparado e lá estavam alguns músicos com violino e violão celo que começaram a entoar uma suave melodia.
Allan me guiou até a mesa e puxou a cadeira para mim sendo um completo cavalheiro.
- Obrigada. - Esperei ele se sentar para o encarar atordoada, eu não sabia o que pensar, não estava preparada para uma noite daquelas, confesso que nunca imaginei o vendo preparar uma noite assim para mim.
- Espero que você esteja gostando da surpresa, caso contrário eu não sei o que fazer. - Ele estava com as mãos trêmulas e eu quis rir dele, só não o fiz pois eu estava tão trêmula quanto ele.
- Você realmente conseguiu me surpreender!
- Isso é bom?
- Espero que sim... - Respondi sincera, eu realmente não sabia o que esperar mais...
Allan fez um sinal com as mãos e logo alguns garçom começaram a nos servir, não prestei muita atenção nos pratos, eu estava nervosa o bastante para mal conseguir sentir o sabor de algo.- Hanna, eu sei que eu já fiz muita coisa que te machucou desde que nos conhecemos. - Allan iniciou assim que os garçom retiraram nossos pratos, eu estava mais que satisfeita, engoli em seco para o que ele começou a dizer, eu não sabia onde aquela conversa chegaria, não seria o que eu imaginava seria? !
- Sei também que não bastará um esforço meu em uma noite como essa para eu fazer com que você esqueça tudo que eu te fiz, e nem peço que esqueça, a única coisa que eu te peço é uma chance de mostrar a você, dia após dia que eu me arrependi de tudo e que estou disposto a qualquer coisa para te reconquistar, construir nossa família do seu lado e poder te fazer sorrir mil vezes, eu prometo que para cada lágrima que eu já te fiz chorar, darei mil motivos para você sorrir...
- Serei paciente com seu coração, esperarei o momento certo pra você me perdoar de verdade, eu só não quero te perder, não posso te perder, não consigo mais ver a minha vida sem você, por favor, me dê uma chance de te provar que eu te amo e que sou louco por você...O que vocês acham que a Hanna deve fazer diante desse declaração de Allan? Vocês dariam uma chance a ele? Comentem...
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Allan Delyon
FanfictionAllan Delyon, 29 ano, CEO da "Delyon Association", pelo menos assim era como a mídia o conhecia, escondendo segredos perigosos da Família que faziam da sua empresa de Advogados renomados apenas uma fachada para o verdadeiro negócio de família. Os...