Tr i n t a

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Hanna.

       Abri meus olhos porém minhas pálpebras pareciam secas e doeu muito me obrigando a fechá-los. Pisquei algumas vezes buscando lágrimas para molhá-los e quando finalmente elas apareceram eu consegui abri-los sem doer tanto. Olhei ao redor e logo notei se tratar de um leite de hospital, eu tinha uma bolsa de sangue sendo infundida em mim, e vários aparelhos de monitorização,  porém não estava entubada como da última vez, talvez seja um bom sinal.

         Tentei me movimentar e todos os meus membros responderam, um pouco dolorida más estava bem. Senti meu corpo mais leve e de repente o sangramento no meu apartamento se tornou uma lembrança presente e eu mais que de pressa foquei meus olhos em minha barriga, o que me fez gritar em desespero, minha barriga estava murcha, como se eu nunca tivesse ficado grávida e de gêmeos,  onde estão meus bebês?!

         - Hanna, você está com dor? Aí meu Deus o que eu faço? Vou chamar a enfermeira, não saia daí!!! - Olhei para a pessoa assustada no sofá que eu nem tinha reparado que tinha ao lado da minha cama e era Ivy, seus cabelos estavam bagunçados e ela tinha olheiras enormes. Ela nem esperou a minha resposta e saiu em disparada para fora do quarto, voltando logo em seguida com a enfermeira.

         - Boa tarde Hanna, que bom que acordou, como está se sentindo?
         - Onde está meus filhos?! - Gritei tentando me levantar, porém estava fraca o bastante para não conseguir sair do lugar.
         - Se acalme, eles estão com seu esposo e a avó, estão fazendo o teste da orelhinha e os demais teste, eles estão bem. - Assim que ouvi a resposta da enfermeira meu alívio foi visível,  eu não tinha matado meus filhos, eles estavam vivos!

         Demorou mais longos 20 minutos até que Allan e Alicia entraram na enfermaria trazendo em seu colo meus meninos. Assim que viram que eu estava acordada se apressaram em trazê -los para me conhecer.

        - Oi mamãe, eu sou o Zack! - Allan se aproximou trazendo consigo um garotinho rechonchudo carequinha de olhinhos fechados.
        - E eu sou o Theodor! - Alicia se aproximou trazendo outro meninho,  um pouco mais magro que Zack, porém com a mesma aparência dele, eram gêmeos idênticos! Com muito cuidado eles me ajudaram a segurar os meninos de uma só vez, nem preciso falar que eu já chorava litros nesse momento, e o que mais me emocionou foi olhar para Allan e ver que ele também chorava!

        - São tão lindos, os bebês mais lindos que eu já vi. - Beijei seus rostinhos e isso foi suficiente para despertá-los e eles iniciarem um choro. Com ajuda de Allan e uma enfermeira consegui colocar meus meninos para mamar em meus seios pela primeira vez, era a sensação mais esquisita que eu já tinha sentido, doía um pouco e eu espero de verdade que isso melhore com o tempo.

    
      ***

            - Ufa! Nem acredito que eles finalmente dormiram. - O dia na maternidade tinha sido um tanto agitada, recebi visita de Margô, Jimmy, Maddie  e Brayn e até a pequena Lavinea veio conhecer os priminhos. Agora finalmente estavam apenas eu, Allan e nossos filhos que finalmente tinham dormido.

        - Você está se saindo muito bem. - Afirmei, Allan Estava mesmo se saindo muito bem, ele era tão paciente com os meninos que eu até estranhava.

       - Vamos ser ótimos pais Hanna, seremos uma família incrível! - Allan acariciou meu rosto e não respondi ao seu comentário, apenas me deixei levar pelo cansaço e dormi.

                      

    ****

      

  
       - Allan, que fique claro que eu só estou aqui porque o quarto dos meninos já estão todo arrumado aqui, e eu não tive tempo de preparar meu apartamento para recebê -los. - Falei quando chegamos na mansão de Allan depois que saímos da maternidade.

Allan DelyonOnde histórias criam vida. Descubra agora