Allan Delyon.
Aquele sem sombra de dúvidas era o pior Natal da minha vida.
Voltamos pra casa naquela mesma noite, e mesmo que fosse véspera de Natal minha mãe não insistiu que ficássemos, ela sabia que ninguém mais estava no clima para festejar.Hanna passou o caminho inteiro da viagem dormindo, ou apenas fingindo, para não ter que falar comigo, eu até entendia um pouco o que ela estava sentindo, más me incomodava esse silêncio, talvez mais do que deveria.
Quando chegamos em casa ela simplesmente agiu como se eu não existisse, pegou a mala de rodinhas do porta malas e seguiu para a porta, apenas me esperou abri -la e foi para o seu quarto.
Eu estava com fome, então fui na cozinha e preparei um sanduíche pra mim, não sabia se ela iria querer comer também, então comi e fui para o quarto.- Bom Dia! - Assim que cheguei na mesa no Dia seguinte, a cumprimentei, porém apenas recebi seu sorriso forçado em respostas, Marina, a empregada estava de férias e só voltaria após o dia 02, então seríamos apenas eu e Hanna o final de ano inteiro, e pelo jeito, seria os dias mais longos de nossas vidas.
E com certeza foi, eu estava a ponto de enlouquecer com Hanna, ela nunca esteve tão perto e ao mesmo tempo tão distante de mim desse jeito. Eu preferia que ela gritasse comigo, me xingasse, me batesse, pois assim eu saberia como agir, más ela estava sendo pior do que eu conseguia suportar, ela estava me ignorando, e eu nunca pensei que não receber a atenção de alguém pudesse ser tão ruim assim.
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Finalmente o dia 03 chegou, Marina já estava de volta em casa e eu poderia voltar à empresa, veria pessoas, me atolaria de novo no trabalho e talvez o desprezo de Hanna não me incomodasse mais tanto assim.
Quando cheguei na sala já pronto para ir ao trabalho, encontrei Hanna arrumada, ela estava linda, com um vestido justo azul marinho que reaçava a cor de seus olhos, seus cabelos estavam em um rabo de cavalo e pude ter uma visão incrível de sua face delicada, a pele rósea, a boca carnuda, ela estava radiante. Epa! porque eu estou reparando isso?!
- Bom Dia.
- Bom Dia. -Dessa vez ela me respondeu, e não sei se preferia seu silêncio ou sua resposta fria e indiferente como naquele momento.
- Vai sair? - Questionei, já que ela parecia estar esperando alguém.
- Sim, estou esperando um táxi.
- E para onde você vai?
- Não que isso seja da sua conta, más vou pro meu serviço. - Ela respondeu afiada.- Posso saber onde você trabalha?
- Na Delyon Association.
- Você não pode mais trabalhar lá, já ocuparam a sua vaga, e você está grávida de gêmeos, é melhor ficar apenas em casa.
- Você não entendeu uma coisa Allan, não estou te pedindo permissão para trabalhar lá, os donos da Delyon ainda são Jimmy e John e estou contratada por eles e continuarei trabalhando até que eu sinta a necessidade de me afastar por licença maternidade, e não se preocupe, trabalharei no andar mais distante de você possível, agora com licença, meu táxi chegou.Ela simplesmente desfilou até o táxi e eu não consegui falar nada, meu pai a tinha contratado e nem me avisou! Corri até meu carro o ligando e seguindo atrás do táxi, isso podia ser apenas um plano dela de fugir de novo. Más para minha surpresa ela realmente desceu do táxi na empresa.
- Ivy, quero ser informado em qual andar Hanna está trabalhando agora! - Berrei ao telefone, assim que cheguei ao meu andar e não encontrei Hanna ali.
- No andar de Kallik, por favor, não faça mais besteiras, respeite pelo menos a empresa. - E simplesmente desligou em minha cara, ela estava com raiva de mim, desde que eu agredi ao Kallik.
Respirei fundo e joguei um vaso que estava sobre a antiga mesa de Hanna, minha nova secretaria não tinha chegado ainda, eu estava muito irritado, não queria Hanna perto de Kallik, eu não tinha mais motivos para a querer só para mim, más ainda não conseguia evitar sentir ódio toda vez que imaginava ela com algum outro cara que não fosse eu.
Acho que eu precisava urgentemente transar com alguma garota, eu não tinha ficado com mais ninguém desde que fiquei com Hanna na fazenda dos meus pais, talvez fosse esse o motivo pelo qual eu não conseguia a tirar da minha cabeça.
Acompanhei o táxi de Hanna até minha casa após o expediente, apenas para me certificar de que ela estaria indo pra lá mesmo e segui para um bar.
Como já era de se esperar, assim que sentei em uma mesa, uma mulher bonita apareceu, ela era morena e não me importei em saber seu nome.
- Quer ir pra outro lugar? - Perguntei assim que ela puxou assunto comigo, eu era assim, gostava de ir direto ao ponto. Ela logo aceitou sorridente. Isso era um ponto positivo de ser solteiro e ser um Delyon, as mulheres estavam sempre a disposição, e mesmo que elas ficavam comigo pelo dinheiro eu não importava, eu também não transava com elas por amor, era sexo, apenas sexo. Como ela aceitou, tratei de a levar ao motel que eu sempre ia.
- Quer uma bebida? - Perguntei assim que entramos no quarto de motel, eu não levava mulheres para minha casa, a única mulher que eu tinha transado em minha cama era Hanna, Droga, eu não tinha que lembrar dela?!.
- A mais forte que tiver! - A morena que eu não lembrava o nome respondeu, nos servi de uísque e ela virou todo o seu de uma só vez. Ela se aproximou de mim e foi logo abrindo minha camisa social, a ajudei tirando todo o terno e camisa, ela arrancou o meu cinto e ajoelhou ficando de cara com meu pau, que ainda estava na calça e cueca, ela me olhou com seus olhos verde musgo e por um momento imaginei as lindas bolas azuis mar de Hanna, logo meu amigo se animou, ela abaixou a calça e a cueca, fazendo a típica cara de assustada que elas faziam quando viam meu coleguinha, fechei os olhos assim que ela começou a me chupar, eu não consegui evitar ver Hanna quando ela me deu o melhor boquete na fazenda.
- Isso Hanna! - Gemi alto e a mulher que estava comigo se afastou.
- Eu sou a Luíza! - Ela sorriu não se importando de eu errar seu nome e logo continuou a me chupar, porra, o que estava acontecendo comigo? Eu estava brochando?!? Eu queria Hanna ali, não a tal Luíza, e acho que meu coleguinha também preferia Hanna, já que ele simplesmente amoleceu. Me afastei da mulher que me olhava sem entender.- Foi mal Luíza, não vai rolar!. - Ela me olhou como se eu fosse louco.
- Posso fazer você esquecer ela, aposto que sou bem melhor do que essa tal Hanna!
- Você não chega nem aos pés da dela. - Na sei porque eu disse isso. Terminei de me vestir e sai deixando dinheiro pra pagar a conta. Que porra estava acontecendo comigo?! Eu nunca timha brochado, ainda mais enquanto recebia um boquete de uma mulher linda.Acabei indo para um outro bar e enchendo a cara, o suficiente para esquecer até meu nome, a única coisa que eu não esqueci foi de Hanna. Então fiz o que todo bêbado faria, liguei para ela. Não sei ao certo que horas era, más sua voz de sono mostrava que ela já estava dormindo quando me atendeu.
- Allan!
- Hanna, me perdoe por ser um idiota.
- Você está bêbado, eu vou desligar!
- Não Hanna, por favor, fica comigo, eu não sei o que eu vou fazer se você me abandonar!
- Allan, onde você está?
- Eu não sei, em algum bar de esquina!
- Pergunte o nome do bar para alguém!- Alguém sabe qual o nome desse bar? - Gritei completamente embriagado, pra que ela queria saber o nome?
- Dirty Glass! - Alguém gritou e acho que ela ouviu.- Ela desligou na minha cara! - Gritei, Acho que bebi de mais. Essa foi a última coisa que me lembro de dizer antes de apagar.
Acordei no dia seguinte com uma imensa dor de cabeça, não me lembro quando foi a última vez que tive uma ressaca tão infernal assim.
Forcei em abrir os olhos e quando finalmente consegui, encontrei dois comprimidos de aspirinas e um copo com água em cima do meu criado mudo. Como eu vim parar no meu quarto?!?
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Allan Delyon
FanfictionAllan Delyon, 29 ano, CEO da "Delyon Association", pelo menos assim era como a mídia o conhecia, escondendo segredos perigosos da Família que faziam da sua empresa de Advogados renomados apenas uma fachada para o verdadeiro negócio de família. Os...