MARCOS
Uma semana se passou e estamos voltando para casa. Era uma noite enluarada, perfeita para o amor. Não aguentava mais dormir com Luiza sem poder tocá-la de maneira mais íntima. Fazer amor com ela é o que mais quero nesse momento. Mas sou paciente. Para quem já há um ano nem sequer havia beijado uma mulher, posso esperar mais um pouco pela única que quero. Afinal, foi ela que fez essa parte minha reviver.
Minha mãe tinha ido nos buscar. E agora, Luiza está com sua cabeça pousada em meu ombro, agarrada em meu braço.
Ao chegarmos em casa, minha mãe me ajuda a sair primeiro e então, ajuda Luiza a ir até o elevador. Agora, teriam dois para usá-lo. Luiza e eu. Levamos Luiza até o quarto dela. Minha mãe pergunta a ela se precisa de algo, ela diz que não e agradece sua preocupação. Então, minha mãe nos deixa a sós.
— Você está bem mesmo? Não precisa de nada? — pergunto a ela.
— Estou sim.
— Bem, vou deixá-la descansar, então…
— Não! Fique aqui comigo, Marcos. Não me deixe.
Vejo em seu olhar que Luiza sente falta do mesmo que eu. Dos carinhos íntimos, dos momentos de amor, em que viramos um só.
Esforço-me para deitar ao seu lado na cama e inicio as carícias e beijos.
— Fiquei sabendo que terá um baile mês que vem.
— De novo com essa história? Esquece isso, meu bem… — e tento fazê-la esquecer com beijos no pescoço.
— Hum… sei bem o que está tentando fazer… safadinho! — ela me dá um tapinha no braço e sorri. Um sorriso iluminado, que me deixa maravilhado. — Mas não vou deixar. Quero te mostrar que você pode fazer de tudo. Tudo o que quiser.
— Hum… isso você pode me mostrar agora mesmo…
Ela ri e eu a acompanho.
— Não somente nesse sentido — ela fala, ainda rindo.
— Ok. Entendi. Convença-me.
— Olha que sou bem persuasiva… — ela diz, iniciando uma trilha de beijos pelo meu pescoço.
— Estou sabendo. E adoro essa sua persuasão…
Rimos a valer.
— Ok, você venceu — ela sentencia e segue com seus beijos pelo meu peito, conforme abre minha camisa.
— Não. Você venceu. Venceu-me por completo — sussurro em meio ao delírio.
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De Volta à Vida
Short StoryEle, um cadeirante revoltado e isolado. Ela, vem para "balançar seu mundo". Juntos, viverão uma história de amor e superação.