V - O jogador?

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Lucy

Acordamos os dois com o despertador do meu telemóvel a tocar, nós tínhamos adormecido no dia anterior após o segundo filme. A minha perna direita estava por cima da sua cintura, a minha cabeça estava no seu peito enquanto a sua estava apoiada na minha. O problema daquela posição era o completo conforto que sentia e acreditem eu pensei se não devia por mais 5 min no despertador só para a poder aproveitar, mas o latido de Hope trouxe-me de volta a realidade.

- Tenho de o ir levar a rua. – Contei envergonhada assim que me soltei do moreno.

- Eu também tenho de ir ou a minha mãe pensa que me raptaram. – Brincou André com um sorriso nos lábios levantando-se do sofá.

- Desculpa por isto. – Pedi referindo-me a forma como estávamos.

- Não te preocupes com isso. – Acalmou-me o mesmo.

- Queres comer alguma coisa antes de ires? – Perguntei. – Ou tomar banho?

Ele pareceu pensar numa resposta antes de falar:

- Talvez um banho se não te importares.

Levei-o para o "quarto" de Lucas, quando os meus pais me compraram o apartamento pensaram nos meus melhores amigos, a verdade é que os dois rapazes passavam mais tempo em minha casa que nas suas casas para me poderem controlar e me impedirem de me cortar. Eu vivia num apartamento gigante demais para uma só pessoa, ele tinha quatro quartos com casa de banho um para cada um dos meus amigos e o ultimo seria dos meus pais quando estes vinham a Strasbourg o que nunca mais aconteceu desde a sua morte e por vezes eu ainda lá ia para poder sentir ao menos um pouco do seu cheiro que desapareceria com o tempo.

Os meus pais tinham comprado o apartamento com o dinheiro que a França me deu como abono durante 18 anos eles queriam guardar o dinheiro para a minha faculdade, como decidi ficar em França e não existem propinas para pagar eles compraram aquele imóvel perto da Faculdade para um dia alugassem caso me fosse embora daquela cidade.

Tomei um duche rápido com Hope deitado de frente para o boxe do chuveiro, vesti uma roupa qualquer que fosse confortável já que teria o exame de duas horas dentro de pouco tempo. O tempo frio também não ajudava nada com uma escolha estilosa de roupa já que nos encontrávamos em pleno inverno. Já na cozinha acabei por fazer torradas e um sumo de laranja natural eu não conseguia comer de manhã tudo o que ingeria vomitava pouco tempo depois como tal com os anos comecei a decidir beber algum tipo de batido de frutas já que me dava algumas vitaminas que iria precisar para o resto do dia.

- Cheira bem. – Elogiou o moreno assim que entrou na cozinha.

- Só fiz torradas.

- Adoro o cheiro de torradas. – Contou aproximando-se da bancada onde pegou uma. – Não comes.

- Não consigo comer de manhã. – Respondi-lhe, logo levantando o copo do somo. – Só beber.

- Isso faz bem?

- O nutricionista diz que desde que eu almoce em condições não importa se como o não de manhã. – Tranquilizei. – É uma forma de dieta!

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Máxime, um rapaz francês da minha turma convidou-me para sair com ele pela terceira vez em menos de uma semana por muito que lhe desse com os pés ele não desistia e isso chateava-me a paciência. Lucas que estava no mesmo curso que eu salvou-me do moreno puxando-me para longe deste.

- Porque é que sempre que eu te vejo estas com aquele filho da puta! – Resmungou o meu melhor amigo.

- Bom dia também para ti Luc. – Cumprimentei irónica ao qual tive um olhar de raiva em troca.

Rescue Me || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora