XVII - Estou gravida!

402 9 6
                                    

Lucy

Não acreditava no resultado do teste que tinha nas mãos era impossível, não podia estar a acontecer. O meu coração batia rápido, não estava pronta para aquilo nem sabia se André estaria pronto para aquele resultado. Nós fazíamos 3 meses naquele dia, o moreno provavelmente nao demoraria chegava depois de uma viagem que tinha feito por causa de um jogo em Bremen onde a equipa do André tinha ganho por 3-0 onde o jogador número 33 tinha marcado o primeiro golo.

- E então? – Perguntou Lucas do outro lado da linha.

- Podes dizer que vou ser tio ou não? – Perguntou impaciente o meu primo.

As minhas mãos tremiam. Mesmo com a minha estabilidade emocional no último mês devido as consultas com o psicólogo e o apoio do meu namorado não sabia se conseguia ter estabilidade para ter um filho naquele momento para não falar que nunca falamos dessa possibilidade.

- Sim, estou Gravida! – Respondi nervosa, ouvi os meus melhores amigos a festejar e a porta da frente abrir.

Hope correu para cumprimentar o "Pai" enquanto que eu me levantei da cama, eu estava feliz, assustada, mas feliz o nervosismo que sentia era por saber a reação do mesmo. Escondi o terceiro teste positivo que tinha feito dentro da minha mala e segui para a porta de entrada. Hope saltava feliz nas pernas no moreno e este sorria para ele.

- O meu campeão chegou. – Falei com um sorriso no rosto. – Oi amor.

- Cada vez gosto mais de chegar a casa. – Contou puxando-me e beijando os meus lábios. – Oi amor como estas?

- Bem. – Sorri para ele.

🏵🏵🏵

- André? – Chamei o mesmo da porta da sala, o moreno jogava um jogo com os primos.

- Sim pequena. – Perguntou olhando-me rapidamente.

- Esquece. – Falei perdendo a coragem de lhe dizer.

- Eu já vos ligo. – Informou o mesmo desligando a chamada com os primos depois de ganhar o jogo. – O que é que se passa?

- Não é nada deixa estar!

- Lucy eu conheço-te alguma coisa não esta bem o que se passa? – Insistiu levantando-se. – O que é que tens?

- Tive a pensar a algum tempo. – Comecei. – Nunca me contaste se gostavas de ser pai!

O seu sorriso foi uma resposta incrível e o medo que senti desapareceu naquele momento.

- Um mini nós a correr pela casa? Era incrível amor! – Aproximou-se e beijou-me. – Amava ter um filho contigo pequena, podíamos tratar disso agora não consigo esperar para te ver gravida anjo!

- Agora não André. – Contei-lhe com uma ideia em mente. – Tenho de ir comprar uma coisa para uma apresentação!

- Tens mesmo de ir agora? – Perguntou manhoso. – Estou com saudades da minha namorada.

André beijou o meu pescoço e foi muito difícil resistir ao desejo pelo mesmo mas com muita dificuldade consegui sair de casa em direção a uma loja de roupa de bebé no inicio do mês de julho as lojas, cafés e restaurantes já podiam abrir.

Entrei na loja do Frankfurt não havia muita gente, peguei no telemóvel e liguei para os meus melhores amigos numa tentativa de que estes me ajudassem a escolher o que comprar para a surpresa do moreno.

- Já lhe disseste? – Perguntou Hugo do outro lado da linha.

- Não mas falei com ele sobre a possibilidade de termos filhos! – Informei o mesmo. – Ele disse que podíamos começar a tentar!

- Coitado nem sabe que vai ter um e já quer fazer outro. – Brincou Lucas com a situação.

- Onde estas? – Questionou o meu primo.

- Pensei em fazer uma surpresa ao André. – Contei-lhes. – Estou na loja do Frankfurt.

- Compra o equipamento e metes o nome como Baby Silva! – Deu a ideia Lucas.

- Eles não têm camisolas para recém-nascidos. – Informei. – Só têm a partir do um ano de idade!

- Compras para um ano. – Disse o meu primo feliz. – Vou fazer o mesmo com equipamento do glorioso!

- O meu filho não vai vestir essa merda. – Resmunguei para ele.

- Não te preocupes Lucy eu queimo aquele equipamento e dou-lhe um do porto. – Brincou Lucas fazendo-me rir.

- Vou comprar isto e já vos ligo. – Informei desligando a chamada.

Mesmo tendo a camisola do moreno tinha tido a ideia de comprar três camisolas com o numero do mesmo, uma XS outra L e ainda uma de um ano pedi a empregada para por na XS a palavra "Mommy", na L "Daddy" e na ultima "Baby Silva" e embrulhar tudo separado.

As minhas mãos suavam quando cheguei a casa, o meu coração batia rápido. Hope apareceu elétrico saltando nas minhas pernas e ladrando, André apareceu logo depois olhou o grande saco do club de futebol que jogava e olhou-me com as sobrancelhas juntas.

- O que é isso? – Questionou curioso.

- Deixa-me tomar banho que já vez. – Contei-lhe com um sorriso no rosto.

- Posso ir tambem? – Pediu manhoso.

- André! – Resmunguei para ele. – Vai continuar o jogo consigo ouvir daqui o Filipe a gritar.

O moreno revirou os olhos e voltou para a sala, deixando-me tomar banho descansada. Peguei no saco e levei o mesmo para a sala ganhando a atenção de todos os que estavam na chamada.

- Oi Lucy. – Cumprimentaram todos.

- Oi malta. – Cumprimentei de volta e olhei o moreno. – Podemos falar?

- Já vos ligo! – Disse preparando-se para desligar.

- Não é preciso! – Alertei. – Eles vão saber de qualquer maneira.

- Porque é que estas com a camisola do Frankfurt vestida? – Questionou-me Hugo.

Eu tinha a camisola número do jogador a minha frente pela primeira vez sem o seu nome nas costas e a palavra "Mommy" escrita na mesma. Peguei na camisola do mesmo e entreguei-lhe.

- Lucy sabes que tenho as camisolas que quiser! – Resmungou o mesmo pegando na camisola. – Mas obrigada.

- Vira. – Pedi ao mesmo.

O meu coração acelerou estava com medo da sua reação quando ele leu o nome que havia atrás da camisola olhou-me confuso pegou o embrulho das minhas mãos quando lhe entreguei o mesmo e mandou um salto do sofá ao ler o nome que estava escrito.

- Isto é a sério? – Perguntou-me radiante assenti. – Mesmo a serio?

- Sim! – Ri-me da felicidade do mesmo.

André abraçou-me fortemente e rodopiou-me no ar.

- Alguém pode dizer o que é a sério? – Perguntou Afonso impaciente.

- Vou ser pai! – Gritou o mesmo para a sua família que gritaram junto dele. – Foi por isso que me perguntas-te aquilo.

- Sim!

- Porra eu amo-te tanto. – Contou beijando-me.

- Não traumatizem o meu sobrinho! – Gritou Afonso. – Tadinho vai sofrer nas vossas mãos!

- Calou Fonsinho. – Ralhei fazendo todos rir.

- Vamos mesmo ser pais? – Perguntou-me a noite quando estávamos os dois deitados na cama a sua mão por cima da minha barriga e o sorriso no seu rosto.

- Sim. – Ri-me dele.

- Fazes-me o homem mais feliz do mundo pequena. – Contou subindo para cima de mim beijando-me. – Eu amo-te tanto Lucy!

- Obrigada por tudo André, e por me fazeres a mulher que sou agora! – Agradeci. – Por não abaixares os braços e estares ao meu lado em tudo.

- Para sempre anjo.

Rescue Me || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora