IX - Famosa Lucy

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Lucy

- Podias ter-me ligado, eu tinha-te ido buscar. – Contou André ao dar-me espaço para poder entrar no seu predio.

O moreno tinha-me convidado para passar 3 dias com ele antes de ter de voltar para a cidade alemã, os meus melhores amigos ficaram felizes por tal ato alegando que isso era bom para espairecer a cabeça depois do que tinha passado.

Os dois rapazes tinham-me obrigado a fazer a mala no dia anterior aquele, dizendo que como só teria aulas de manhã por conta do comunicado do Presidente da República devido ao enceramento das escolas dar-me-ia tempo para fazer a viagem para a cidade alemã.

- Vim de carro. – Informei o mesmo apontando para o veículo estacionado e olhei para Hope que estava ao meu lado. – Era o melhor para esta bola de pelo!

- Oi pequeno. – Cumprimentou o moreno abaixando-se para poder fazer festas a Hope que ladrou feliz.

Uma das desculpas que tinha dado ao moreno era sobre o meu animal de estimação, como passei uma semana no hospital sem estar perto dele não queria "abandoná-lo" mais tempo mesmo que fosse apenas um fim de semana. André disse-me para trazer o mesmo e que tal coisa não seria um problema.

O jogador caminhou para o elevador com a minha pequena mala de viagem na mão, carregou no botão do 6 andar e encostou-se as paredes metálicas daquele espaço olhando para mim.

- Como estas? – Perguntou.

- Bem. – Menti.

Os médicos tinham ligado para a minha mãe no dia em que tinha tido alta hospitalar em vez de ligarem para os meus tios, a mulher loira tinha-me ligado alegando que já me tinha dito que para a mesma eu tinha morrido naquele dia tambem.

- Não és boa mentirosa! – Resmungou depois de suspirar.

- Nunca foi. – Relevei e sorri.

- É bom saber isso Francesinha!

- Para de me chamar isso. – Resmunguei cruzando os braços. – Só me fazes pensar em comida!

- Quando é que não estas a pensar em comida? – Brincou o mesmo.

Um pensamento veio a minha cabeça, mas eu não o poderia dizer em voz alta sem estragar o bom ambiente que estávamos, o pensamento era mórbido e aterrador, mas ao mesmo tempo tudo o que mais desejava na vida.

Foi tirada de desejos relacionados com a minha morte quando o elevador se abriu André caminhou para a frente da porta de um apartamento bem na frente do elevador abriu a mesma e sorriu.

- Fica a vontade. – Contou com um sorriso no rosto assim que entrei no mesmo.

Do corredor dava para ver quatro portas o que calculava serem os quartos e a cozinha ou até mesmo a casa de banho, o apartamento parecia grande e espaçoso decorado com pormenores masculinos e algumas fotografias. Hope assim que foi libertado da trela tratou de cheirar todo aquele espaço e explorar o apartamento.

- Desculpa por ele. – Pedi depois de ter chamado o cão que correu para o meu lado.

- Não te preocupes com isso já tive um tambem. – Relembrou o mesmo sorrindo. – Vou mostrar-te o quarto deves de estar cansada!

André caminhou a minha frente abriu a porta de um quarto o qual calculei ser de visitas deixou-me entrar sorriu e fechou a porta para me dar espaço para descansar.

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Farta de dar voltas e mais voltas na cama suspirei e olhei o teto escuro daquele quarto, estava sozinha naquele espaço fazia uma hora que tentava descansar mas era em vão. Hope que normalmente estava sempre ao meu lado quando dormia preferiu ficar com o moreno na sala do mesmo.

Rescue Me || André SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora