André
Lucy dormia profundamente quando a peguei ao colo para a levar para o quarto, a morena tinha adormecido no sofá depois de voltarmos da rua para passear o pequeno Hope que dormia igualmente na cama que lhe tinha comprado. Os seus olhos azuis abriram ainda sonolentos e eu precisava de ajuda para não desejar acordar com eles todos os dias.
- Podes dormir Lucy. – Sussurrei deitando-a na cama, beijei a sua testa ao qual a mesma fechou de novo os olhos. – Até amanhã, Francesinha!
Caminhei para a porta, mas a sua voz fez-me olhar a mesma deitada na minha cama de visitas:
- André?
- Sim!
- Podes dormir aqui? – Pediu baixo.
- Queres que dorma contigo?
Não obtive resposta, em vez de me dizer alguma coisa a luso descendente deu-me espaço na cama para que me pudesse deitar junto do seu corpo assim que o fiz Lucy deitou a cabeça no meu peito.
- És confortável. – Confessou abraçando o meu corpo com um dos braços o que me fez rir. – Obrigada!
- De nada pequena! – Usei o apelido carinhoso pela segunda vez, sem obter resposta da parte dela.
Nunca tinha sido alguém que precisasse de dar apelidos carinhosos, muito menos era um namorado romântico como alguns dos meus primos o eram até mesmo Afonso era mais romântico que eu. A Sara sempre tinha discutido comigo por conta disso, por não expor a relação que tínhamos por ser raro quando falava dela e por não lhe dar atenção, coisas que em menos de um mês eu tinha feito por Lucy. A morena que dormia tranquilamente no meu peito tinha mudado algo no meu interior o qual eu naquele momento pensava que se me deixa-se eu iria ser um namorado romântico um namorado que ela realmente merecia.
Eu estava a dar em maluco, estava a pensar numa relação com alguém que tinha acabado de conhecer. Era a coisa mais estupida e mais acertada que me tinha passado pela cabeça, ela podia ser mais uma para mim, mas eu iria estar a mentir a mim mesmo se disse-se tal coisa. Não a queria perder, não conseguia perdê-la, tudo o que mais queria para o futuro era tela a dormir ao meu lado para o resto dos meus dias.
- Tu estás-me a deixar maluco Lucy. – Resmunguei num sussurro quase inaudível fazendo mimos no seu cabelo castanho.
🏵🏵🏵
- Bom dia. – Cumprimentou-me a morena assim que abri os olhos.
- Bom dia. – Cumprimentei de volta.
- Vais ter treino? – Perguntou preocupada.
- Estou de quarentena. – Contei-lhe.
- Vais ficar gordo então. – Brincou a mesma o que me levou a soltar uma gargalhada.
- Isso nunca gosto muito dos meus abdominais! – Brinquei tambem.
- Não me digas que com essa carinha não consegues conquistar as raparigas tem que ser pelo corpo? – Provocou ao levantar-se da cama.
Se ela soubesse que era apenas uma rapariga que queria conquistar muito provavelmente não falava aquilo.
- Estas a falar mal das minhas técnicas de sedução? – Perguntei-lhe ofendido seguindo-a para a casa de banho. – Isso é feio Francesinha!
- Gajo convencido! – Resmungou para ela mesma.
- Eu ouvi isso Francesinha.
- Como queiras Silvinha! – Revirou os olhos e olhou-me.
Como eu gostava que ela me chamasse aquilo! Caminhei para o lavatório ao lado da mesma que estava a lavar os dentes e fiz o mesmo já que tinha ali uma escova nova para que a morena pudesse usar.
- Tenho de manter a forma física para a volta do campeonato. – Contei-lhe alguns minutos depois. – O treinador mandou-nos exercícios para fazermos em casa!
- Isso é bom.
- Queres fazer comigo? – Provoquei a mesma que me olhou de lado.
- Não gosto de desporto!
- E vais-me deixar a fazer os exercícios sozinho?
- Sou sedentária Homem! – Relevou. – Se correr 2 min morro de cansaço!
- Exagerada! – Ri-me dela que revirou os olhos, Hope apareceu naquele momento, olhou-nos e esgravatou na porta. – Corrida matinal que me dizes?
- Claro, tu corres e eu fico a ver!
Foi um castigo, mas eu consegui fazer a mesma correr, Hope corria ao meu lado feliz por finalmente esticar as pernas enquanto a sua dona caminhava atrás de nós sem folego. Quando chegamos ao apartamento Lucy jugou-se no sofá e gritou:
- Não saiu mais daqui.
Ela tinha-me dado uma visão perfeita do seu rabo dentro das leggings que tinha trazido e usado para correr naquela manhã.
- Vamos comer para fazer os exercícios de manhã. – Chamei a mesma que me olhou.
- Eu não como de manhã por isso vai tu. – Relembrou.
- Vais-me fazer ficar sem companhia ao pequeno almoço?
- Tu é que me obrigaste a correr. – Lembrou. – Não sinto o corpo!
Ainda sem saber como consegui tirar a mesma do sofá, Lucy bebeu um batido de frutas enquanto que eu comi alguma coisa para me dar energia pouco tempo depois do pequeno almoço a mesma segui-me para o pequeno ginásio que tinha montado num dos quartos daquele apartamento. A morena olhava todos os exercícios que fazia atenta nem por um minuto tentou distrair-me do foco com que estava.
- Estás-me a dar fome. – Reclamou quando estava a fazer os abdominais.
- Já esta a acabar! – Informei a mesma que revirou os olhos.
- Estas a levantar os pés. – Contou. – Assim tambem eu!
- Queres-te sentar neles é? – Provoquei sentando-me no chão, talvez eu tivesse a fazer de propósito para que esta se sentasse nos meus pés para a poder apreciar a beleza daquela pequena mulher que em pouco tempo me tinha feito sentir algo impossível.
Mas a verdade é que não estava a espera que a mesma o fizesse, mas ela levantou-se e sentou-se nos meus pés. Tal como previ era impossível para mim daquele angulo com que a mesma estava de não a apreciar sempre que ia ao seu encontro. Ela parecia que tinha sido criada por deuses, parecia que tinha caído do céu e era boa demais para estar naquele mundo, era um anjo o meu pequeno anjo.
- Para de me olhar assim André! – Pediu com as bochechas rosadas, era impossível ela ficar ainda mais bonita que aquilo.
- És linda. – Elogiei e vi o seu rosto ficar ainda mais rosado.
- Obrigada. – Hesitou e levantou-se. – Vou começar o almoço.
Lucy saiu daquela sala o mais rápido que pode.
- Merda! – Falei sozinho ainda a olhar para a porta por onde ela tinha acabado de sair.
Depois de fazer os 250 abdominais segui para a minha casa de banho, o cheiro que vinha da cozinha era incluível e só me apercebi que estava com fome quando vi o almoço que a luso descendente havia feito já posto nós partos.
- Cheira bem! – Contei e vi o seu sorriso aparecer nos seus lábios.
- Obrigada! - Agradeceu orgulhosa.
Ajudem-me a não cair na tentação de saber qual é o saber dos seus lábios porque estou prestes a dar em maluco para poder beijá-la o problema é que sabia que se o fizesse ela iria afastar-se de mim e não queria isso.
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Rescue Me || André Silva
Teen Fiction"Tu vais-me usar como usas todas, e no final disto vai so ser mais uma dor para juntar a muitas outras" - Lucy Guimarães "Eu quero-te resgatar só preciso que me deixes faze-lo! Preciso que confies em mim!" - André Silva ESTA HISTÓRIA ABORDA: - MUTI...