XXI: entre kicks it e punches

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  Flores estavam por todo canto, e em todos os tipos e variedades, certo que era uma floricultura, mas tinha flor até onde devia ser as lâmpadas, e mesmo com aquele excesso o local estava lindo e parcialmente chique? Talvez fosse pelo fato do proprietário ter um pouco mais de dinheiro.

  Mark caminhava perto das janelas, essas que tinham vários girassóis por ali, era como um campo florido, pensou por um momento em levar uma para Hyuck se nada saisse do controle claro, afinal não queria chamar a atenção do menor para que esteve naquela inauguração, ele o bombardiaria de perguntas se soubesse, ja que Mark tinha dito uma vez que não gostava muito de "festas" ou locais lotados com pessoas desconhecidas.

  De fininho, Taeyong se juntou aos outros garotos em um canto qualquer enquanto fingiam discutir sobre flores, o maior havia mandado os três se separarem para averiguar melhor, a floricultura era dividida em duas áreas uma para flores e outra para cactos e algumas plantas medicinais, no começo Taeyong até brincou falando que so faltava vender erva da boa - se é que vocês me entendem - naquela floricultura, todos riram não pela piada do maior e sim por ele ter feito uma careta quando confirmaram que não havia tal coisa ali. Lucas foi mandado para a parte de cima do primeiro andar onde estavam os cactos, la era um pouco menor ja que pegava so metade do tamanho de baixo, Taeyong e Mark ficaram no térreo cada um em um canto para manter o equilíbrio.

  Em baixo ficava quase todas as pessoas, onde uma música calma de fundo era ouvida, e o perfume distinto de varias flores bonitas eram sentidos. Ja em cima contava com a presença de algumas poucas pessoas, ou que passavam para conhecer e depois desciam de volta ou para irem ao banheiro masculino que ficava no final do corredor.

  Bebeu, bebeu o terceiro copo de chá gelado que um moço passava dando em sua bandeja, estava com sede e ao contrario de Mark que era viciado em café, Lucas podia ser considerado quase viciado em chá gelado, e não ter comido nada de manhã so aumentava o desejo de ter algo em sua boca mesmo que fosse liquido. Terminou de tomar e então se dirigiu ao lixo abrindo o cesto e o jogando ali, mal tinha terminando de fechar a lixeira quando sentiu alguem esbarrar em si e logo um líquido vim de encontro a sua camisa.

  Uma mulher que estava se dirigindo ao lixo enquanto bebia seu chá acabou esbarrando em Lucas, o liquido molhou mais xuxi do que a própria causadora da pequena tragédia, essa que pediu desculpas tantas vezes seguidas que o fez se sentir como se estivesse pagando detenção igual nós filmes quando se escreve a mesma palavra várias vezes na lousa. Tentou a acalmar dizendo que estava tudo bem e se dirigiu ao banheiro para limpar aquela sujeira.

  Adentrou o banheiro e seguiu diretamente para a piá, precisava ao menos tirar o excessos dali antes que podesse pensar em manchar. Pegou alguns papéis e passou na região molhada, Lucas olhava para aquilo e so pensava que chá gelado era otimo quando estava em seu estômago e não em sua roupa, continou passando o papel ali e depois molhou um outro para passar no local e tentar amenizar ainda mais. Estava se virando nos trinta.

  Ouviu uma porta se abrir levando um pequeno susto, pensava que estava sozinho no banheiro, olhou pelo espelho podendo ver um homem quase que da sua altura, tinha cabelos claros e uma aparência bonita misturada com cansaço estampada em seu rosto, estava saindo de dentro de uma das cabines. O viu se dirigir para a piá e começar a lavar as mãos, estava ainda concentrado em limpar sua camisa mais não o suficiente para se dar conta do que se encontrava na mão direita do tal homem, o simbolo estava la.

  Engoliu em seco, levou sua mão esquerda levemente até o cós da calça enquanto mantinha o olhar baixo, estava ao máximo tentando não chamar atenção e manter a aparência  de estar apenas limpando sua camisa. Assim que alcançou a segurou e subiu seu olhar, era nesse momento que ele iria apontar a arma e o prender, era nesse momento que o bandido devia se render ou era isso que deviria ter acontecido. Porém quando Lucas subiu seu olhar a única coisa que pode ver foi um punho fechado vindo em sua direção, segurou por puro reflexo e agradeceu por ter treinado tantos ataques surpressas com Taeyong.

  Segurou a arma mais forte e a puxou sendo impedido dessa vez por um chute quase na altura de sua costela, a arma foi parar do outro lado do banheiro e seu corpo fraquejou por um momento mode o chute forte que tinha recebido. Tentou se recuperar o mais rápido possível, outro soco, outra defesa. O cara a sua frente deu um pequeno sorriso ao ser bloqueado novamente, e então dessa vez deu uma cotovelada forte no queixo de Lucas que recuou um passo sentindo uma gota de sangue sair de sua boca.

- Desgraçado - balbuciou baixo limpando o sangue.

  Partiu para cima do desconhecido desferido um soco em seu estômago e um chute rápido em seu rosto, o viu cambalear para dentro de uma das cabines. Tentou achar sua arma que havia sido atirada para algum canto longe de si e logo que a encontrou tentou caminhar até ela.

- Ei, eu estou aqui - O homem falou ao dar uma rasteira em Lucas e o fazer cair no chão.

  Xuxi sentiu seu corpo doer com o impacto e antes que podesse reagir sentiu uma sola de sapato pisar em seu rosto, o ato se repetiu novamente porém dessa vez empurrando o rosto alheio forte contra o chão, era como se estivesse podendo ver nitidamente o sorriso daquele desgraçado de novo mesmo que agora se encontrasse com o rosto para o lado, tentou alcançar a arma com a mão enquanto seu rosto ardia e quando finalmente conseguiu atirou para cima, não importando se o acertaria ou não.

  Ouviu um grunido e alguns xingamento, olhou para o mesmo que agora corria porta fora com o braço sangrando, se levantou ainda sentindo seu rosto doer por ter sido pisado tão forte, o banheiro girrava, era como se tivessem duas coisas de cada ali. Correu atrás do culpado cambaleando um pouco pela tortura, passou pelas poucas pessoas assustadas que se encontravam no andar se cima, o rastro de sangue deixado não levava a escada que era a única saida adequada do primeiro andar para o térreo, e sim a uma janela que estava aberta, janela essa que ficava de encontro para um beco feito entre a floricultcura e a loja de roupas do outro lado.

  Sua cabeça não parava de girar, ouviu a voz de Mark ao longe e talvez essa fora a ultima coisa que ele ouviu antes de apagar.

Jopping: AmestOnde histórias criam vida. Descubra agora