piloto

19.3K 634 206
                                    

New York City, Manhattan, Central Park.

Courtney Lauren's POV

Era noite de sexta-feira treze, as luzes do parque estavam um pouco fracas e o vento tipicamente frio.

Fui caminhando em passos lentos, não quero chamar atenção e ser presa novamente, a última vez não foi muito agradável.

estava prestes a dar a voz de assalto quando um idiota qualquer me puxou pra trás de uma árvore tampando minha boca em seguida.


- qual é a tua, idiota?- gritei.

- não iria deixar você, uma amadora, assaltar aquele casal! - disse ele com ar superior.

- ata - debochei - escuta: você não me conhece, não sabe quem eu sou. não se mete na minha vida. - eu disse entredentes e quando me virei para sair dali, ele me puxou pelo braço me fazendo girar os calcanhares.

- me solta! - ele me prendeu na árvore segurando-me forte pelos braços.
seu rosto estava muito próximo do meu, eu conseguía sentir seu hálito quente em meu rosto.


- dá pra você ficar quieta? - ele me olhou de lado. mesmo à luz da lua, aqueles olhos eram impossíveis de serem despercebidos. era um perfeito par de olhos castanho mel.

- não, não dá! - gritei - agora me solta! estou perdendo a paciência, seu idiota! - me debati em seus braços fechados em tatuagem, mas ele foi mais forte.

- cala a boca, vadia! você não seria capaz de fazer mal a uma mosca, imagi... - calei-o com uma facada de leve na perna. não foi nada de mais.

- eu disse pra você me soltar. - eu disse debochado da cara dele e saí de lá sem ao menos olhar pra trás. subi em minha moto e fui direto pra casa.

minha moto é roubada, antes que perguntem.
fui abandonada pelo meus pais quando tinha dez anos. tive que aprender na marra a me virar sozinha todo esse tempo, já que agora tenho dezenove.

tenho um trabalho de garçonete em uma pizzaria que só serve pra manter a fachada de boa garota mesmo. o salário não é grande coisa, só dá pra pagar o aluguel do quartinho e sobra um pouco para a comida. nas horas vagas estou assaltando, tenho uma dívida à pagar.

estou devendo uma grana para um mafioso inglês. fazer o quê? ainda não tenho como pagar.
meus roubos não chegam nem metade de um milhão de dólares. eu morava em Los Angeles, fugi de lá para ele não me encontrar porque ainda não tenho toda a grana.

cheguei em casa, tomei um banho demorado, saí e me vesti com uma calça de moletom e um top.
fui até a cozinha procurar algo para comer.

as únicas coisas que encontrei naquela geladeira foram uma fatia de pizza de ontem e uma garrafa de água. se continuar nesse ritmo, vou morrer de fome.

coloquei a fatia de pizza no microondas que o pessoal da pizzaria me deu. odeio depender dos outros, mas o que posso fazer? parei de estudar quando meus pais me abandonaram, não tenho ensino médio, e agora estou aqui, sentada no sofá assistindo uma merda de programa na Tv.

ouvi umas batidas na porta, peguei um pedaço de madeira de trás do sofá e perguntei:

- quem é? - não obtive resposta - não vou abrir a porta, se você não responder! - eu disse firme. a pessoa do outro lado começou a esmurrar a porta até que ela cedeu e abriu.

me deparei com três brutamontes com o dobro do meu tamanho. me preparei para bater neles com meu pedaço de madeira. em vão, eram três homens contra uma mulher. covardia.

- quem são vocês e o que estão fazendo aqui? - perguntei.

- o senhor Blake Edwards - estremeci ao ouvir aquele nome. eu o odeio com todas as minhas forças - nos mandou buscar o dinheiro que você o deve junto com os juros, é claro. e então, onde está? - perguntou firme. puta que pariu! como eles me encontraram aqui?

- eu resolvo com ele depois. agora saiam da minha casa! - eu disse com a voz um pouco estremecida.

- que pena. ordens são ordens e nós somos pagos para cumprí-las! - disse ele se aproximando. fui recuando alguns passos até minhas costas darem de encontro com a parede.

- do que você tá falando? - perguntei. o lado esquerdo do meu rosto ardeu.

foi rápido para ele me dar um puxão nos cabelos e uma rasteira me fazendo ir ao chão. ele montou em cima de mim, me debati para sair dali, mas foi tudo em vão. ele havia me imobilizado. enquanto ele me esmurrava, os outros dois me chutavam sem piedade alguma.

achei que morreria ali, naquele quartinho, sendo espancada por três caras desconhecidos, mas meu ódio foi maior que tudo naquele momento. agora tudo o que mais desejo na vida é me vingar do Blake!

quando terminaram, saíram da minha casa me deixando ali sozinha, sangrando no chão com meus planos de vingança. logo após isso não vi mais nada.


Justin Drew Bieber's POV

uma vadia! isso que ela é! agora minha mãe está fazendo um curativo em minha perna enquanto me enche de perguntas.

- filho, como isso aconteceu? me conta. sou sua mãe e me preocupo com o seu bem estar! - disse ela. acho que é a milésima vez que ela diz isso.

- eu já falei, mãe! me meti em uma briga com um cara e a coisa ficou um pouco feia. foi só isso. - eu disse. ela apenas assentiu com a cabeça.

ladra filha da puta! eu juro que quando pôr minhas mãos nessa vagabunda eu...

- pronto. não foi nada de mais, teve sorte de ter sido um corte raso. tem que mudar o curativo daqui dois dias. - minha mãe disse, pegou a maleta de primeiros socorros e quando foi saindo, a chamei.

- mãe, desculpa se fui rude com a senhora. não gosto de muitas perguntas e a senhora não colabora. - eu disse sem olhá-la.

- tudo bem, meu filho. agora vá descansar. - ela disse e finalmente saiu.

tomei o lugar do meu velho nos negócios e agora quem manda nessa porra sou eu. meu pai foi assassinado em uma briga entre sua gangue e a de seu pior inimigo, Blake Edwards.
meu pai era líder da máfia americana e o Blake da inglesa.

nunca vou esquecer o nome desse desgraçado, ele tirou a vida do meu pai e eu quero vingança.
quero ver esse merdinha implorar pra ficar vivo.

continua...

A CriminosaOnde histórias criam vida. Descubra agora