escada abaixo

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Courtney Lauren's POV

voltamos pra casa depois de receber aquele bilhete. Blake sabe como estragar a minha vida.

- você está bem? tá com uma cara nada boa. - Justin disse. saí correndo até o banheiro dele, aproveitei já que estávamos em seu quarto.

tô começando a achar a ideia de estar grávida desagradável. eu estou engordando e não me faça falar dos enjôos. Justin merece um tiro por ter feito isso comigo.

- sai de perto de mim que a culpa é sua! - disse o afastando de mim.

- o que eu fiz agora?

- me engravidou, seu viado!

- se eu fosse viado, não tinha te engravidado, maluca. e não fala assim do nosso filho!

- nosso não, seu. - dei ênfase no "seu". eu amo crianças, mas não é nada legal estar grávida. eu gosto dos filhos dos outros, não dos meus.

- não fiz esse filho sozinho, Courtney, pare com isso. - saí do quarto deixando Justin sozinho. era noite e a casa estava escura, um breu total. não havia nenhum sinal de luz ou de pessoas ali.

- nossa, que escuridão. tem alguém aí? dona Pattie? - não obtive resposta. fui andando pelas beiradas até sentir o corrimão da escada.

- tudo bem, vadia? - uma voz enjoada de mulher ecoou. logo depois fui empurrada escada abaixo.

- ai! - eu disse colocando a mão na minha barriga. - Justin! - gritei, doía muito. - Justin, socorro! - gritei, logo as luzes se ascenderam e Justin surgiu no topo da escada.

- Courtney, o que houve? - olhei pra baixo e só então pude enxergar a poça de sangue que estava formada embaixo de mim.

- me ajuda! eu tô perdendo o nosso filho.

Justin Drew Bieber's POV

Courtney está meio estranha. ela dá a impressão de que não quer ter o nosso filho. saiu feito louca do meu quarto, me deixando falando sozinho. escutei seus gritos pedindo socorro, corri e a encontrei rodeada por uma poça de sangue. Courtney estava em prantos.

- me ajuda! eu tô perdendo o nosso filho. - foram as únicas palavras que ficaram ecoando pela minha cabeça me deixando atordoado, sem saber o que fazer.

- Brad! Brad!

- que foi, Jay Bee? - o imprestável entrou perguntando.

- Sseu filho da puta, inútil! você viu se entrou alguém aqui? - perguntei.

tenho que pensar na hipótese dela ter sido empurrada, mas é impossível alguém entrar aqui com meus homens fazendo a segurança.

- claro que não! você sabe, nós estamos em alerta a qualquer movimento, seja ele suspeito ou não.

- hum. me ajuda a levá-la até o carro, depois conversamos. - ele assentiu e me ajudou a carregar a Courtney que gritava de dor.

☆☆☆

no hospital...

- emergência! tragam uma maca! - uma enfermeira que estava na recepção me viu entrando com a Courtney nos braços e logo resolveu o problema chamando por alguém para atendê-la - o que aconteceu? - perguntou enquanto colocavam a Courtney na maca e levavam para a maldita sala na qual eu não posso entrar. odeio hospitais.

- ela está grávida. caiu da escada.

- meu Deus! - ela levou uma das mãos até a boca - parece grave. vou entrar e qualquer novidade venho lhe dizer. - disse e sumiu da minha frente. peguei o celular e disquei o número do Ryan.

ligação on:

- Ryan, preciso que acione os garotos e vão até o galpão. - disse frio e rápido, nem dei tempo para ele falar.

- pra quê, cara? - perguntou.

- preciso que mande o Chaz raquear o sistema de câmeras de segurança da mansão e olhar se entrou alguém lá entre 19:00 e 20:00 da noite de hoje.

- por que não pede pro Brad fazer isso? ele é o seu segurança. - ele disse tentando se livrar do trabalho.

- eu mandei você! Brad anda meio estranho. depois vou ligar pra saber das novidades. - desliguei sem ouvir resposta.

ligação off

fiquei alguns minutos sentado com as mãos pousadas na cabeça esperando alguma notícia da Courtney.

- senhor Bieber? - a mesma enfermeira de minutos atrás me chamou. levantei por impulso.

- e aí? - perguntei aflito.

- sinto muito, o bebê não resistiu. estava mal formado ainda e infelizmente a pancada foi muito forte. - ela disse e abaixou a cabeça.

- posso vê-la?

- sim, por aqui. - ela me guiou até o quarto 233. entrei e Courtney estava tomando soro, estava mais pálida que o normal.

- Justin.

- oi. - eu disse seco.

eu sei que ela não tem culpa, mas vou confessar que eu fiquei triste com a notícia, queria muito esse filho.

- você já sabe, né? - ela pegou em minha mão. assenti.

- para, Justin, não fica assim. a vida continua. - ela disse fria. olhei em seus olhos, ela estava estranha.

- a vida continua? você não está triste? - ela deu de ombros.

- para com isso! - respirei fundo.

- como aconteceu? - perguntei me referindo a sua queda.

- estava um breu horrível e eu fui procurar o interruptor quando escutei a voz de uma mulher e aí ela me empurrou. - disse ela olhando para o nada.

- sabia que alguém havia entrado lá!

continua...

A CriminosaOnde histórias criam vida. Descubra agora