A Criminosa

eu te amo

Atlanta, Geórgia.

Courtney Lauren's POV

Blake e seus capangas estavam fazendo Justin e eu de reféns. pus o meu corpo na frente do Justin, não quero que nada de ruim o aconteça. não sei o por que, mas ele está começando a ser muito importante pra mim. depois de anos, eu estou começando a me importar com mais alguém além de mim.

Blake estava soltando seu veneno em mim e no Justin, sendo irônico e insuportável como sempre. já disse que odeio esse cara?

- olha só, a ladrazinha está defendendo o namorado mafioso! que bonitinho! - Blake disse num tom de deboche no nível máximo.

- ele não é meu namorado! você é insuportável demais, caralho! odeio você. - eu disse com um sorrisinho debochado no canto dos lábios - e outra coisa, defendo mesmo, você queria estar no lugar dele. acha que não sei que você se sente atraído por mim? - cuspi as palavras. acho que desde de sempre o Blake tem uma queda por mim. por isso não me matou até hoje. você não teria coragem.

- você não sabe o que está falando, vadia! - esbravejou - vou matar vocês dois! você porque me deve e é muito petulante e ele porque é meu arqui-inimigo. olha só, dois coelhos em uma cajadada só! - disse ele exalando raiva.

- ah, você gosta de ser engraçadinho? vamos ver quem ri por último. - eu disse sorrindo maliciosamente.

Justin, que até o momento estava calado, me colocou pra trás de seu corpo e foi se aproximando de Blake aos poucos. não estava entendendo o que ele queria fazer, mas tudo bem, eu confio nele.

Justin Drew Bieber's POV

fui me aproximando do Blake em passos curtos, parei à uma distância confortável pra mim.

- o que está fazendo, Bieber? - perguntou ele com um tom um tanto preocupado.

- estou fazendo o que eu já deveria ter feito a muito, muito tempo! - eu disse.

mirei a arma e quando ía atirar, um de seus capangas foi mais rápido e atirou primeiro. fechei os olhos esperando algo acontecer e nada, foi quando ouvi o som de um corpo caindo no chão.

Courtney havia levado o tiro em meu lugar. eu não sabia o que fazer, muito menos o que pensar. naquele momento a minha raiva falou alto, mas vendo a Courtney ali, gemendo de dor as teias de aranha que existiam em meu coração sumiram. o meu lado humano estava voltando e graças a ela, graças a Courtney.

- Courtney! - me abaixei ficando perto de seu corpo mole, pálido e fraco. - Courtney, por favor, fica comigo! não fecha os olhos! - eu estava desesperado.

o tiro havia pêgo perto de seu peito. ela estava perdendo muito sangue e eu não sabia o que fazer.

-  você não têm mira, seu idiota? não era pra atirar nela! - Blake esbravejou com seu capanga.

- ela pulou na frente, chefe. não tenho culpa! - disse o cara se explicando.

- está satisfeito, filho da puta? você atirou nela! a sua briga é comigo, não se mete com ela! - gritei - você vai me pagar muito caro por isso!

Blake deu uma última olhada no corpo mole da Courtney e fugiu dali. chamei os garotos pelo rádio e saímos daquele lugar com a Courtney nos braços. ela estava morrendo. coloquei-a no carro e Ryan foi dirigindo. sentei no banco de trás com ela e coloquei sua cabeça em meu colo.

- Courtney, Courtney está me ouvindo? não me deixa, por favor! você não pode me deixar! - eu falava repetidamente.

- Jus-Justin. - ela disse entre algumas tossidas - eu vou morrer, Justin. - disse ela.

- não, você não vai morrer! você é forte, não é?

- não, eu não sou. - disse ela com a respiração ofegante e tão baixo que quase não escutei. - eu vou morrer, Justin. me ajuda.

- fica calma, estamos indo para o hospital. não me deixa, você não pode fazer isso!

- e por que não? - perguntou ela.

- porque... eu te amo.

Courtney Lauren's POV

- porque... eu te amo. - ao ouvir Justin dizer aquilo, uma corrente elétrica passou por todo o meu corpo me dando a melhor sensação do mundo. nenhum orgasmo seria capaz de superar aquilo. esqueci a dor que estava sentindo por uma fração de segundo, eu não podia acreditar. meus ouvidos ouviram, mas meu cérebro recusava. era como se eu não acreditasse e acreditasse ao mesmo tempo.

- o que disse? - perguntei ofegante pra ter certeza de que não era um surto meu por causa da dor que estava sentindo.

- eu disse que te amo. - ele repetiu. fiquei estática.

ninguém nunca havia me dito isso. pode até ser mentira do Justin, ele pode estar dizendo isso por pena, por saber que eu talvez morreria, mas pela primeira vez na minha vida, me senti amada, me senti desejada de verdade.

- eu também te amo. - disse em um sussurro, mas ele ouviu. ainda deu tempo de ver seu sorriso fraco e preocupado. tentei sorri também, mas foi em vão. a visão de seu rosto suado e sorrindo foi a última coisa que me recordo ter visto. apaguei.

continua...