Capítulo 17 - Pensamentos e lembranças

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- Bom dia, crianças. Sim Noah, eu sei que vocês não são crianças. Eu vim aqui parabenizar Finn e Millie mais uma vez e desejar sorte na próxima a Kenzie e ao Gaten - Joe disse quando entrou na sala.

- Eu também sinto muito, Joe, não queríamos decepcionar você... - Gaten disse.

- Tudo culpa sua! - Kenzie afirmou.

- Calma, meninos, vocês deram seu melhor, tenho certeza. - Joe completou. - e os parabéns ao casal vencedor da rodada não é? Estão de parabéns, eu sempre soube da combinação de vocês - Sadie e Millie se olharam.

[...]

Todos começaram a sair da sala, Millie antes de sair ficou pra amarrar seu cadarço, o pretexto perfeito pra Finn em dois passos trancar a porta e guardar a chave em seu bolso.

- Ei! Eu preciso sair. - ela disse.

- Não sem falar comigo. - ele a encarou - poha Millie, a gente tava se dando bem, aí do nada você fica estranha e beija o Jaeden?

- Eu... eu... não fiquei estranha, gosto dele. - a menina disse tentando convencer até a si mesma daquela frase.

Finn se aproximou, a garota estava de cabeça baixa, ele segurou em seu queixo e levantou, mas ela puxou o rosto e o virou pro lado.

- Olha pra mim, Millie. - ela evitou, mas olhou. - Se você disser, agora, olhando nos meus olhos que não quer me beijar agora mesmo eu saio pela aquela porta e nunca mais olho na sua cara se você quiser.

Millie ficou em silêncio o olhando, seus olhos começaram a encher d'água, foi inevitável, e por um segundo, a garota se odiou por completo, sempre tivera sido sensível, qualquer coisa a fazia chorar, não era a toa que choraria agora. Quando as lágrimas finalmente vieram com força a menina baixou a cabeça e secou suas lágrimas.

- Fala pra mim oque tá acontecendo... - ele disse segurando as mãos da menina.

- Eu não posso - mais lágrimas vieram - me desculpa, eu só não posso estar com você...

- Então me desculpa por isso também - o cacheado selou seus lábios nos da menina em um beijo salgado pelas lágrimas envolvidas ali e caloroso também por todos os sentimentos.

Desta vez tratava-se de Millie, Ela mesma estava no centro do seu mundo, com medo, mas se permitiu sentir. Era a vida, acontecendo com ela.
Era incrível, porque aquilo parecia algo tão importante, tão transformador. E ainda assim era só um simples beijo suave, apenas um roçar de lábios, tão leve que quase fazia cócegas. Millie sentiu um calor, um arrepio, uma leveza no peito. Seu corpo parecia ter ganhado vida e, ao mesmo tempo, ficado paralisado, como se tivesse receio de que o movimento errado pudesse fazer tudo desaparecer.
Mas ela não queria que desaparecesse. Santo Deus, Millie  queria aquilo. Aquele momento, aquela lembrança, aquele...
Ela só queria.
Por ar, ou melhor, pela falta dele o beijo foi encerrado, Millie abraçou Finn e ele retribuiu assim a deixando chorar em seu peito.

[...]

- Millie, onde você tava, tá tudo bem? - Sadie questiona da entrada da empresa.

- Tá, tá tudo bem... eu não sabia onde tinha deixado o celular.

- tudo bem, então, tá a fim de tomar um sorvete?

- hoje não, Sadds, desculpa...

- ainda encucada com o problema dos Wolfhard? - a ruiva cochichou a última parte.

- Um pouco...

- Olha, eu vou atrás desse homem e vou arrancar o... - foi interrompida.

- Sadds, eu te agradeço muito por isso, mas por hora, eu só quero ficar um pouco sozinha.

- Eu te entendo, eu acho... vem cá - a ruiva abraçou a menina - te amo tá?  Qualquer coisa liga. E não se preocupa, eu falo pra as meninas que você ficou com dor de cabeça e preferiu ir pra casa.

- Eu também te amo, demais, fala que eu amo elas também.

[...]

A menina foi pra sua casa a pé, mais uma vez, pensando em tudo que havia acontecido momentos atrás. No caminho de volta pra casa havia uma praça, a garota resolveu sentar-se em um dos bancos e ficou admirando as crianças brincando nos brinquedos que haviam ali, era tão fofo.

Uma mulher chegou ao seu lado com um carrinho e um bebê dentro dele, ela sentou-se ao lado de Millie, a garota olhou aquela coisinha fofa brincando com um mordedor ali e seus olhos brilharam.

- O nome dele é Davi - a mulher disse percebendo o encanto da menina ao olhar para o garoto.

- oh... - Millie sorriu e colocou seu cabelo atrás da orelha. - ele é lindo. Tem quantos meses?

- Ele tem 7, vai fazer oito amanhã.

- você vai completar mais um mês amanhã, pequeno? - ela segurou a mãozinha do bebê e fez a famosa voz "retardada" - é? Você é um doce - o bebê brincava com os dedos de Millie e ela se encantava cada minuto mais. - posso? - Millie apontou páramo garotinho e olhou para a mãe dele.

- Claro! - Millie pegou o garotinho no colo.

A menina começou a balançar o menino que fazia bolhinhas de baba com a boca, o garoto acabou por dormir em seus braços, então ela o devolveu pro carrinho.

- Qual seu nome, menina?

- é Millie, e o seu?

- me chamo Joana, prazer Millie. Davi gostou de você, ele não pega intimidade assim tão fácil. - ela sorriu sem mostrar os dentes.

- prazer, Joana, ele é um garoto muito bonzinho - ela passou a mão em sua cabecinha.

- eu tenho que ir agora, nos vemos por aí.

- foi um prazer.

- digo o mesmo.

A mulher foi embora e Millie finalmente resolveu ir pra casa, ficou mais tranquila com aquele pequeno momento, mas logo as lembranças voltaram e tudo veio à tona mais uma vez.

Top Model - Fillie Onde histórias criam vida. Descubra agora