ONZE

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-Mãe, tira a Lacey de lá—falei colocando as mãos no rosto.

-Deixa a sua tia se divertir—minha mãe falou rindo, ao ver seus passos de dança.

-Aquilo nem é dançar, é passar vergonha, mãe—comentei sem conseguir controlar o riso, ao ver ela dançando.

-Jean, vem cá—Lacey gritou o nome dela fazendo sinais, para que ela fosse até ela.

E no momento, todos colocaram os olhos em nós. Jean, levantou e foi que nem uma louca até ela, e começou a dançar junto. No final das contas, vários jovens e adultos ocuparam a suposta pista de dança, acompanhando a maluca da Lacey, e seus passos de dança.

Uma música mais calma começou a tocar, e os pares foram se formando. Mais pessoas foram se aproximando do meio do salão para dançar. Até que, a festa tinha ficado mais animada, depois da vergonha da Lacey.

Um senhor se aproximou, aos poucos, de onde eu e minha mãe estávamos sentadas.

-Quer dançar?—o senhor perguntou meio sem jeito, o que era até fofo.

-Eu não sei dançar—minha mãe disse, o que era verdade, mas ela desenrascava.

-Vai mãe, você dança muito bem, vai—insisti para que ela fosse e ela se rendeu se levantando e indo.

O senhor parecia ter seus 40 e poucos anos, e dançava muito bem. Ele e minha mãe pareciam estar se divertindo, assim como todos na pista de dança.

Fiquei observando todos até sentir alguém se sentar do meu lado. Virei meu rosto vendo Allan olhando para as pessoas dançando, então voltei a virar meu rosto, novamente.

Ele tinha essa mania, de ficar do meu lado e não voltar o rosto, para mim.

-Não vai se divertir, com sua família?—ele perguntou apontando para as três mulheres dançando.

-Estou bem aqui—falei sorrindo, observando-as.

Ele se levantou e me estendeu a mão. Olhei para sua mão e depois para ele, e neguei com a cabeça.

-Vem, vamos dançar—ele disse sorrindo de lado, sem mostrar os dentes.

-Eu sou péssima dançando—informei-o rindo e ele pegou na minha mão, me levantando—Allan é sério, eu sou muito desastrada, isso não vai prestar.—falei ainda rindo e sendo levada por ele.

-Não vai mesmo—ele falou baixo, mas, eu meio que ouvi.

-Quê?—perguntei em dúvida e ele negou com a cabeça rindo.

-Eu também não sei dançar, Ruby—ele colocou minha mão no seu ombro, e colocou suas mãos na minha cintura.

Senti minha pele arrepiar, e até arregalei os olhos com a sensação, ainda bem que ele nem tinha percebido.

Começamos a dançar no ritmo da música, e ele me levava tranquilamente, me fazendo notar, que ele sabia dançar sim, pelo menos, mil vezes melhor que eu.

Sem querer acabei pisando o pé dele e senti minha pele esquentar de vergonha e ele rir.

-Eu disse que, eu era péssima—comentei rindo, ainda envergonhada.

-Você é mesmo, mas está indo muito bem—ele constatou, rindo.

-Com esse troço no meu pé, complica muito mais—comentei perdendo o ritmo, mais uma vez.

-Você está linda—ele elogiou me olhando e acabei pisando no pé dele, de novo, sem querer, fazendo-o rir.

Não lido muito bem com elogios, isso já está comprovado.

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